Juliana de Albuquerque > Devemos privilegiar o contexto ou o conteúdo ao interpretar obras históricas? Voltar

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  1. Roberto Sant Anna Filho

    À pergunta do título, o artigo insinua que ambos devem ser privilegiados para demonstrar que o antissemitismo sobrevive alheio ao tempo. Mas a importância de um texto clássico também se deve por sua capacidade de influenciar as gerações futuras. Até hoje, essa obra é discutida em salas de graduação, evocando princípios que ainda vigoram, a exemplo da "Pacta sunt servanda", por isso importa definir seu papel crítico ao preconceito registrado no desabafo de Shylock

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    1. Roberto Sant Anna Filho

      Shakespeare denuncia toda crueldade do antissemitismo

  2. Gilberto P Santos

    Por que reler os clássicos (plagiando Italo Calvino): há um universo de nuances que as obras primas oferecem a cada leitura, a cada época, a cada cultura. Shakespeare tem mostrado estas possibilidades há quatro séculos.

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  3. JOSE FRANCISCO DE PAULA SALLES

    Em um texto, o contexto da época é tão importante quanto o conteúdo. É impossível identificar precisamente a motivação interna do autor, mas a compreensão do contexto mostra como o texto seria assimilado na época, seu impacto e suas consequências. E nos permite abstrair de eventuais vieses da época passada para assim visualizarmos a essência do conteúdo.

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  4. rita gandolpho

    Este comentário é uma dúvida e um pedido à autora (dúvida que decorre de minha ignorância e pedido que se apoia na confiança que o texto de Juliana Albuquerque inspira): em que medida a mesma questão se aplica à obra de Monteiro Lobato?

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  5. Carlos Pinheiro

    Derrida desconstruiu o que denominou de significado transcendental que revelaria a verdade de um texto. Não há como desvendar a intenção do autor. Esta é inextricável. Assim como conteúdo e contexto se imbricam em um todo inseparável. Cada leitura se efetua a partir do repertório intelectual de cada um. Daí os desvirtuamentos ideológicos em narrativas que buscam impor falseamentos. Se não vigora um núcleo da verdade de um texto, cada leitura será uma aposta em um jogo sem vencedor definitivo.

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    1. RAYMUNDO DE LIMA

      Carlos: além do repertório intelectual de cada um, a interpretação de um texto também é influenciado pelo grau de afetividade e identificação [empatia?] do leitor; mais ainda, como cada leitor vive numa determinada época e cultura, então cada um lê conforme estes filtros. Neste sentido, Italo Calvino, observa a importância dos clássicos, que tem algo-mais, que ultrapassa o tempo, intelectualidade, cultura. Busca a essencia de ser humano.

  6. Marcelo Santana

    Classicos são atemporais, Isso nos traz humanidade

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