Juliana de Albuquerque > Devemos privilegiar o contexto ou o conteúdo ao interpretar obras históricas? Voltar
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À pergunta do tÃtulo, o artigo insinua que ambos devem ser privilegiados para demonstrar que o antissemitismo sobrevive alheio ao tempo. Mas a importância de um texto clássico também se deve por sua capacidade de influenciar as gerações futuras. Até hoje, essa obra é discutida em salas de graduação, evocando princÃpios que ainda vigoram, a exemplo da "Pacta sunt servanda", por isso importa definir seu papel crÃtico ao preconceito registrado no desabafo de Shylock
Shakespeare denuncia toda crueldade do antissemitismo
Por que reler os clássicos (plagiando Italo Calvino): há um universo de nuances que as obras primas oferecem a cada leitura, a cada época, a cada cultura. Shakespeare tem mostrado estas possibilidades há quatro séculos.
Em um texto, o contexto da época é tão importante quanto o conteúdo. É impossÃvel identificar precisamente a motivação interna do autor, mas a compreensão do contexto mostra como o texto seria assimilado na época, seu impacto e suas consequências. E nos permite abstrair de eventuais vieses da época passada para assim visualizarmos a essência do conteúdo.
Este comentário é uma dúvida e um pedido à autora (dúvida que decorre de minha ignorância e pedido que se apoia na confiança que o texto de Juliana Albuquerque inspira): em que medida a mesma questão se aplica à obra de Monteiro Lobato?
Derrida desconstruiu o que denominou de significado transcendental que revelaria a verdade de um texto. Não há como desvendar a intenção do autor. Esta é inextricável. Assim como conteúdo e contexto se imbricam em um todo inseparável. Cada leitura se efetua a partir do repertório intelectual de cada um. Daà os desvirtuamentos ideológicos em narrativas que buscam impor falseamentos. Se não vigora um núcleo da verdade de um texto, cada leitura será uma aposta em um jogo sem vencedor definitivo.
Carlos: além do repertório intelectual de cada um, a interpretação de um texto também é influenciado pelo grau de afetividade e identificação [empatia?] do leitor; mais ainda, como cada leitor vive numa determinada época e cultura, então cada um lê conforme estes filtros. Neste sentido, Italo Calvino, observa a importância dos clássicos, que tem algo-mais, que ultrapassa o tempo, intelectualidade, cultura. Busca a essencia de ser humano.
Classicos são atemporais, Isso nos traz humanidade
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