O frio não mata os desprezados pelo sistema econômico, político e social, que vegetam nas ruas das principais cidades do Brasil. A homicida é a omissão das autoridades públicas na proteção desses seres, nunca lembrados a não ser em tragédias. Sem o poder do voto, porque não votam, a população de rua fica dependendo de caridade.

Concordo com quase tudo mas uma frente fria desta magnitude sempre irá cobrar seu preço num país onde este frio é totalmente atípico.

Falhamos enquanto sociedade! A burocracia estatal, a lógica positivista e o discurso preconceituoso das elites nos coloca nessa situação, não colocando políticas públicas efetivas para o enfrentamento da questão!

Brasil é um país que se permite socorrer bancos e empresas insolventes, mas tem a mão fechada para aplicar os recursos em políticas sociais. Se não ao Estado, a quem cabe ações de mitigação dos efeitos da concentração de riqueza então. Às vezes a própria população se põe contra políticas de transferência de renda. É sobre os mais vulneráveis que o Estado tem que exercer todo o seu poder para garantia de justiça, direitos humanos, sociais, da vida.

O que o Brasil precisa é de um pouco de comunismo e de Fidel Castro. Em Cuba seres humanos não dormem na rua, crianças não passam fome e tem boas escolas. Mas, a classe média odeia qualquer política pública nesse sentido e ricos não dão a mínima importância desde que seu bolso esteja garantido.

As sociedades capitalistas, são crueis. O frio é vendido como atração e não como uma situação climática de resguardo das populações menos favorecidas. No Brasil, tem 04 estações e todas elas altamente previsiveis... mas nada se faz. Ao capital o que interessa é as pessoas ir ao shopping, para poder comprar a nova coleçao de inverno... Ou divulgar, o ultimo chocolate de gramado, nesta época do ano. O pobre? Ora o pobre!

Quando prefeito, José Serra criou abrigos para moradores de rua e foi acusado de ser higienista pelo padre Lancelloti que defendia o direito de se morar na rua, é bom lembrar.

Quando prefeito, José Serra criou abrigos para moradores de rua e foi acusado se higienista pelo padre Lancelloti que defendia o direito de se morar na rua, é bom lembrar.

Nada a acrescentar ao que foi escrito. Só lembro que o Prefeito disse à Secretária Soninha que tem bastante dinheiro para essa área. O Secretário Bezerra (Assistência Social) falou o mesmo. Então, é só fazer.

Morar na rua nessa época nem no Rio, quanto mais em SP. As cidades do nordeste são mais vantajosas nesse ponto.

Absurdo! Absurdo! Até quando o Pe. Júlio Lancelotti será o único porta voz dessa população sofrida e massacrada pelas autoridades? Onde estão os ricos e endinheirados de SP, q se acham imorriveis e eternos?

Aí, Thiago, que coisa horrível, irmão... Eu fico até envergonhado de mandar cem merréis pro padre Júlio e pro João Gordo, mas se a alternativa é não fazer nada, é isso que faço. Tô longe - e, aliás, aqui em Londrina também tá gélido, deve ter gente acabada também aqui - e não posso fazer mais. É o Horror na nossa fuça. Zeus do Fel...

Cidade mais rica não, menos pobre. Qual é a solução? Dar casa para 100 milhões de brasileiros? Aqui não é Cuba, não existe verba para isso. Óbvio que não desejo a morte de ninguém, mas o buraco é muito mais embaixo!