Oscar Vilhena Vieira > Confronto e erosão como método Voltar
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O Brasil nunca passou por um evento civilizatório. Tudo o que temos visto nós últimos 8, 9 anos, é só a manifestação de grupelhos que não sabem viver em democracia e não sabem pensar em uma sociedade onde todos cedem um pouco para um bem maior.
O professor Oscar faz um diagnóstico perfeito embasado no jurista Smitti, cujo pensamento forneceu base ao nazismo.
No âmbito do Estado há uma tendência natural ao corporativismo e a acomodação de interesses. As tentativas de chacoalhar essa liberdade do Estado frente aos cidadãos, o que entre nós gerou os protestos de 2013 e a lava jato, acabou desaguando no Bolsonarismo. De certo modo poderÃamos dizer como Marx: o bolsonarismo é o suspiro da criatura oprimida, o coração de um mundo sem coração, é o espÃrito numa situação social em que ele é excluÃdo. É o ópio do povo.
Sugiro que os leitores (e o autor) procurem saber sobre a Lei de Godwin, que argumenta que qualquer discussão acalorada nas mÃdias sociais inevitavelmente acaba com comparações (infan tis) com Hitler ou os nazistas. As bravatas bolsonaristas estão, erroneamente, levando a interpretações desse tipo. Seria mais interessante uma análise contrapondo os dois lados da moeda: o presidencialismo ilimitado ou o liberalismo anárquico, que levam ao mesmo destino: ao caos.
Ah, que proposição interessante, vou fuçar, Henrique, obrigado. O nosso caos aqui, já já vai virar pilhéria filosófica, porque é a coisa mais entrópica que jamais imaginei: o bozopovo mexe, mexe, e nada sai do lugar - sem desprezo ao dinheiro, que migra pro bolso dos queridos del'Rey. Nem pppiiicaretas conseguimos mover desde o planalto até a papuda! Hahahah!
Putz, seu Oscar, que lembrança preciosa do Schmitt! Eu o havia lido de raspão, décadas atrás, e nem me lembrava dele e de suas conexões com as estratégias contemporâneas de estropiamento democrático. Olha, junto com os últimos de seus colegas de folha, o sêo Muniz e o Celso, esse seu texto deu uma linda desossada na Bozofrenia. Como é bom ler coisas que são reflexos de bons miolos! Grato, gratÃssimo!
Na obra "Como as Democracias Morrem", os autores apontam os sinais identificadores de comportamentos autoritários, que ocorrem quando polÃticos: "1) rejeitam, em palavras ou ações, as regras democráticas do jogo; 2)negam a legitimidade de oponentes; 3) toleram e encorajam a violência; e 4) dão indicações de disposição para restringir liberdades civis de oponentes, inclusive a mÃdia". Os outsiders populistas passam com louvor no teste. Isto lembra alguém conhecido?
O ódio como método. Democracia sob pressão, aqui e alhures. Li por aà que hoje as ditaduras abarcam 70% da população mundial. O constitucionalismo democrático, que prevaleceu no século passado, perdeu força, com as instituições sendo minadas. Tomara que as nossas consigam resistir. Ótimo texto!
Engraçado termos alhures, algures e nenhures, mas não termos "todures", pra designar "todos os lugares", não, Ricardo? Eixcrotidão, há todures. 7O% ditaduras... Barbaritinga, sô!
Exatamente assim! As instituições brasileiras estão enfrentando um enorme desafio frente ao modelo alucinado praticado pelo bolsonarismo. Disto depende a salvação da nossa democracia. Esta erosão tem método. Um dos maiores campos de atuação destas milÃcias são as redes sociais! Ali estão os jogos de palavras, a afirmação e negação pregadas pelo PR e a tÃmida reação dos que não fazem parte da encenação! Jogo altamente perigoso!
Caro Oscar, a sociedade brasileira está firme em não deixar que a erosão consuma o edifÃcio democrático brasileiro. Isto não é um governo, é uma piada de mau gosto imposta ao nosso povo sofrido e maltratado. Outubro nos espera!
Ao ler o texto, lembrei-me de Mussolini - inteligente e culto, ao contrário do homúnculo - e seu Fasci di Combattimento contra as instituições Italianas. Terminou dependurado.
Parabéns, professor Oscar!
O objetivo da extrema direita nazibozoloidiana é avançar sobre as instituições que constituem qualquer tipo de freio à sua ação e assim transformar o sistema num regime totalitário em que só existirá legalidade nos atos praticados por eles. Não à toa a concepção de presidente da esfera bozista sempre foi similar à do absolutismo reivindicando para ele o fim dos entraves à sua ação. O ideal para eles não é que isso seja alcançado por meio de golpe militar mas sim pela captura das instituições.
Finalmente a Folha coloca uma foto do Bozo condizente com o texto ( excelente por sinal ). O Aterrorizado.
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