Opinião > Cassação de Arthur do Val não mostra compromisso com as mulheres Voltar
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Acho interessante perceber que dificilmente Du Val iria a um paÃs africano em guerra para oferecer ajuda humanitária. Eu enxerguei na fala de Du Val um tipo de mentalidade em relação à s mulheres que pode levar, ao extremo, à violência sexual. Estamos falando de mulheres em tempo de guerra, mais vulneráveis a crimes desse tipo. Talvez não tenha havido o entendimento de que Isa Penna apalpada é um caso que também expressa um coletivo de mulheres importunadas sexualmente (nos ônibus, ruas...).
Marcos: está perdoado... sempre! Agora, imperdoável é o critério de julgamento dos nobres deputados: falto mais grave pena pÃfia.
Desculpe "poluir" seu comentário, Paloma. Neli, prezada, se me fiz entender mal, desculpe-me: acho parte da nossa barbárie que se haja "normalizado" qualquer tipo de assédio, quanto mais sexual e numa situação de defesa difÃcil. Só tenho a deplorar que a excelente Isa Penna e quaisquer outras, mesmo bozofrênicas, possam vir a sofrer tal abuso. Dá vergonha do gênero ao qual pertenço.
Marcos: o senhor já foi importunado num ônibus? pois eu fui quando tinha quinze anos, primeiro emprego. Ainda hoje lembro da cara do cara... ah, se praga, no decorrer desses cinquenta e quatro anos pegarem que seja estendida para seus filhos. Mais tarde, quando em ônibus alguém me importunava, sentava um pisão no pé para quebrar. Fiz isso várias vezes. E minha irmã carregava uma agulha de crochê para dar espetada no homem.
Tem toda razão. É que as ações sobre este coletivo representado pela Isa Penna - isto é, gente normal, ao nosso lado - são "cotidianizadas" pela frequência e pela ausência de impacto fÃsico evidente da violência. Não são "estupro", não deixam marcas, senão no espÃrito de que as vive - e, nos casos mais explÃcitos, nas roupas das passageiras...
Cara Victoria, creio válida sua aguda conclusão, mas não tenho a mesma impressão sobre o impacto de terem sido brancas européias as vÃtimas dos comentários. A mim, parece-me que o machão eixcroto que deseje oprimir deva *cuidar de escolher alvos fora da mÃdia* (mesmo pretas/pobres) ou agir em situações de violência normalizada, como a "encoxada na coleguinha". Nunca, em hipótese alguma, mexer com quem está oprimido sob holofotes. *A punição foi dada ao descuido, não ao crime.*
Lamentável. Ambos deveriam ter sido cassados.
Se os mesmos lamentáveis comentários fossem proferidos por um polÃtico de esquerda a repercussão também teria sido bem menor e provavelmente não geraria uma punição tão desproporcional em relação ao caso do assédio dentro da Assembléia. Há de se lembrar também do recente caso do deputado que afirmou em um podcast que a deputada Isa Penna foi favorecida pela "brincadeira" do seu colega, pois assim favorecerá sua reeleição, um total desrespeito que não teve a denúncia sequer aceita pela casa.
Endosso. Parece que a ucraniana tem mais valor do que a Deputada que teve o seio tocado por um deputado. O deputado cassado fez uma fanfarronice masculina, ao passo que o outro tocou numa Deputada, durante o expediente ,no local de trabalho,foi apenado pifiamente;e ainda teve um Deputado que disse no Painel, antes do Julgamento do Tocador,a deputada(vÃtima) é complicada. A vÃtima era complicada e o tocador foi apenado pifiamente, A Europeia vale uma cassação, a Brasileira Tocada uma suspensão.
Está perdoado, Marcos. Uma coisa é a fanfarronice masculina, como esse Duval falou, outra coisa é o cara tocar, o seio de uma mulher, no local e horário de trabalho. InadmissÃvel essa unanimidade para um e a pena pÃfia para mais grave.
Neli, prezada, respondo aqui ao seu comentário a mim, com licença. Se me fiz entender mal, desculpe-me: acho parte da nossa barbárie que se haja "normalizado" qualquer tipo de assédio, quanto mais sexual e numa situação de defesa difÃcil. Só tenho a deplorar que a excelente Isa Penna e quaisquer outras, mesmo bozofrênicas, possam vir a sofrer tal abuso. Dá vergonha do gênero ao qual pertenço.
Antonio: nunca anulei voto para o Legislativo; agora, por considerar a Ucraniana melhor do que uma mulher brasileira...!Penso em dar a nota que a unanimidade merece . Pela redução do número de deputados estaduais, distritais, federais, vereadores e de senador. Democracia não se faz com quantidade de polÃticos, mas, com qualidade.
Pois é. Concordo, Neli, mas na minha opinião duas coisas contribuÃram para a cassação: a primeira, o isolamento do deputado, ao que parece, incompatibilizado com meio-mundo; a segunda, o fato de estarmos em ano eleitoral. Por isso, digo que não foi a defesa das mulheres o real mote para a cassação.
Mostra sobretudo que o projeto polÃtico dele não para em pé. Evidencia o vazio que é o universo influencer onde o que propagam não serve nem pra eles mesmos.
se você acompanhasse melhor o que aconteceu na trajetória do ex-deputado até a seu mais que infeliz comentário, o absurdo caso de assédio da deputada Isa Penna e a recente declaração de um deputado a respeito do assédio da deputada que nas palavras dele teria a favorecido, você entenderia que o maior problema não está no projeto polÃtico do Artur, mas na hipocrisia dos deputados.
Victoria é do MBL?
Por que, Valdeci? Parece-me que não faz sentido a pergunta, dado que o artigo é crÃtico, e o mbl se sente como uma "vÃtima polÃtica" da situação. Ao invés de, por óbvio, perceber-se vÃtima da própria hidiotia coletiva e individual...
Detesto mbl e concordo com a Jornalista.Fiquei indignada com o tratamento desigual: Tocar o seio de uma Mulher em horário de trabalho, gravado, e na Assembleia, vale menos do que uma fanfarronice machista. Falta de bom senso: ambos deveriam ser cassados ou então, ambos apenados pifiamente. A mulher europeia que foi atingida, se o foi, apenas moralmente, vale mais do que quem foi tocada? Preciso aprender a anular votos para o legislativo.
Arthur não devia ter muitos amigos ali, e Camilinho Cristófaro que se cuide.
Sem dúvida. Não contar com o compadrio dos colegas, numa situação de alta publicidade, foi decisivo. A antipatia cobra seu preço quando da malfeitoria...
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