Opinião > Mala sem alça Voltar
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Realmente, como mencionado alhures, a Folha errou neste caso. Sem isenção não houve a prometida melhora nos preços. A situação hoje é a seguinte - tanto faz, como tanto fez. Com bagagem ou sem bagagem, dane-se o passageiro. A idéia a esta altura é mesmo: "quer viajar? sujeite-se". E lá vamos nós, com tudo sempre pior.
No free lunch. Sempre pagamos e pagaremos. Duplamente via custo direto e impostos.
A Folha também vendeu a ideia de cobrar pela bagagem como um benefÃcio aos passageiros porque isso iria reduzir os preços das passagens, o que, é claro, não ocorreu. Os passageiros saÃram perdendo, e agora o jornal volta a ser o "mala sem alça" ao ir contra o retorno da gratuidade. Só faltou defender no editorial mais um aumento nas passagens para "compensar" as companhias aéreas pela perda da grana extra que ganham com a cobrança de bagagens. "Um jornal a serviço de grandes empresas".
Texto não faz nenhuma menção à concentração do mercado nas mãos de apenas 3 empresas. Sem concorrência não há como promover preços mais acessÃveis nas passagens. Quebrem o oligopólio e as coisas poderão melhorar. Caso contrário, é acreditar em falsas promessas de redução de tarifas que nunca vem.
Tudo bem, mas a cobrança das bagagens não reduziu preços, nem estimulou concorrência.
Lembro que, na década de 90, anos FHC, a passagem aérea era muito barata, pude viajar com minha bolsa de iniciação cientÃfica na graduação, para fazer pesquisa no Rio de Janeiro. Para o governo manter alunos da pós-graduação estudando no exterior, também o custo era baixo. Nos anos Lula, o aumento da renda permitiu que a classe C pudesse viajar de avião, inclusive para o exterior. Com a Dilma, alunos de graduação estudaram no exterior. Bons tempos, será que tão cedo retornaremos a esse quadro?
Na teoria tudo lindo, na prática no Brasil as passagens não baixaram um centavo com o fim da obrigação. E agora aumentarão se a nova obrigação for aprovada. Em todos os casos, é sempre o mesmo lado que sai perdendo.
A Folha esqueceu de falar que a proposta da "gratuidade" das bagagens é do PT.
Você bem que podia ter puxado aquilo que notabilizou o seu quase xará.
A proposta contra a gratuidade só pode ter partido das empresas e contou com o apoio de polÃticos de vários partidos (nesses momentos eles deixam de lado suas diferenças e priorizam suas semelhanças), e também foi defendida por este jornal. Se o PT agora é mesmo a favor da gratuidade, menos mal.
Se os kardecistas estiverem corretos os antipetistas reencarnarão petistas extremados: diz a doutrina o que condenamos hoje é aquilo que já fizemos e vice-versa.
Como dizia dona Bela na Escolinha do professor Raimundo: só pensa naquilo...
Ótimo texto. Parabéns à Folha. Em ano eleitoral aparecem propostas surreais .
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