Djamila Ribeiro > Cobrar mensalidades em universidades públicas deve gerar novas injustiças Voltar
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Essa discussão é só a ponta do iceberg pois, após a futura possÃvel cobrança, seja que modelo for, pode crer, já está engatilhada a privatização das universidades públicas. Nossa constituição está sendo dilapidada a olhos vistos.
Geralmente os que estudam de graça nas federais fizeram o segundo grau em escolas particulares sem a necessidade de trabalhar, e chegam bem mais preparados para o vestibular do que os alunos com menos recursos e que precisam trabalhar para custear seus estudos já a partir do segundo grau. Esses continuarão tendo que trabalhar para pagar os estudos, enquanto aqueles que poderiam pagar seguirão estudando de graça.
Seria ótimo que os mais ricos ajudassem a financiar as universidades públicas. Os estudantes pobres podem ser beneficiados por pro-uni. Os recursos do programa seriam dirigidos as universidades públicas ao invés de beneficiar donos de faculdades particulares.
Uma boa ideia. Na verdade a noção de uma universidade paga com impostos (que no fundo vem da classe trabalhadora) já era questionada por Marx na 'crÃtica ao programa de Gotha'. E por motivos semelhantes: a esmagadora maioria dos que pagam não vai usufruir do benefÃcio.
Muito triste em ver que ainda, alguns, não admitem que os mais pobres tenham acesso a educação! Pessoa que tiveram educação graças ao ensino público!
Todos sabemos da aversão do Estado brasileiro ao progresso da ciência, ao florescimento no campo das artes, ao papel da universidade pública na democratização do conhecimento. Essa a cultura subliminar à reserva de domÃnio para poucos. Brasil colônia ainda em processo de ruptura.
Ai, Djamila, querida, é tão duro e triste ter que argumentar acerca do óbvio... Como você o fez tão bem, só me resta subscrever seu texto, se me permite. E lamentar o ramerrão himbecilóide, que desconsidera a civilidade do direito constitucional à educação, a responsa do Estado e a concidadania básica. É um saco.
Sou absolutamente a favor de que , aqueles que tiverem condições, paguem pela escola pública. As universidades sempre foram um dos fatores da casta sempre se manter, com raras exceções das camadas mais humildes. Conseguem se preparar melhor, não precisam trabalhar para ajudar no sustento da famÃlia. É justo que paguem, afinal somos todos nós trabalhando para manter privilégios de uns poucos.
Tem que reduzir o número de senador, deputados federais, estaduais, distritais e de vereadores! Muitos polÃticos! Tem que reduzir o número de assessores! Para quê um deputado estadual ter mais de quinze assessores? E partidos polÃticos? Fundão de quase seis bilhões? DesperdÃcios ! Deixe a Universidade como está! Ah, estudei em faculdade particular, mas sou contra a cobrança!
Não seria mais fácil cobrar mais impostos dos mais ricos e manter a universidade gratuita para todos?
O correto seria construir mais universidades públicas pra mais pessoas ingressarem em cursos superiores, mas querem apenas um grupo seleto de formandos. Faculdade é privilégio e filho de porteiro fazer faculdade é absurdo para nossos "ilustres" ministros. Tempo de trevas.
Djamila erra ao avaliar a renda do esdudante, não a famÃliar, ao justificar a gratuidade. Obviamente quem ainda estuda tende a ter renda baixa. É preciso avaliar a renda familiar. Não obstante, é possÃvel se estabelecer critérios para gratuidade e para financiamento (pagamento após a formatura). O fato é que a universidade não deveria ser custeada pelo dinheiro público. Esse dinheiro deveria servir à educação básica e à saúde.
É justo que as famÃlias com maior poder aquisitivo paguem pela formação superior de seus rebentos. O fato é que 70% dos alunos de universidades públicas são egressos de escolas particulares, logo, embora não tenham renda como estudantes que são, as famÃlias podem custear seus estudos. Ao Estado cabe oferecer educação básica da melhor qualidade para que essa proporção se inverta ou pelo menos diminua. E, pagar pela educação que recebeu depois de formado é justÃssimo, ocorre em muitos paÃses.
Cara vc perdeu a oportunidade de continuar anônimo
A formação humanÃstica, cientÃfica e tecnológica dos estudantes das universidades públicas usa uma parte muito pequena do seu orçamento. A Universidade pública brasileira é onde se faz a pesquisa de nÃvel internacional e se fundamenta programas de interesse essencial para o desenvolvimento econômico e social. O paÃs depende diretamente das universidades públicas, e deve sustenta-las para garantir nosso desenvolvimento. Seus alunos se beneficiam, apenas, deste ambiente de excelência.
E porque não custear as Universidades com o orçamento secreto?
Contra qualquer cobrança de mensalidade no ensino público superior.
... geram alguns vÃcios e um total descompromisso social, sobretudo para aqueles que carregam o paÃs nas costas e que, proporcionalmente, que mais tributos pagam. Tributos que por sua vez qdo bem utilizados vão para a Educação. A se pensar...
Assim, para aqueles que tivessem recursos poderiam pagar as mensalidades em espécie (e quites estariam) e os que não pudessem pagar (a maioria) fariam um Contrato Social, em que ao longo de suas atividades trabalhasse nas áreas mais carentes pra populações que pouco ou nenhum acesso têm à bons profissionais de saúde, assistência jurÃdica e assim por diante. Infelizmente percebo que o sistema atual é muito pouco solidário com os que realmente levam esse paÃs nas costas. E geram alguns vÃcios de
Djamila, excelente texto e serve para refletir. Para alguns cursos como medicina, odontologia, direito e afins fica pergunta: É justo um aluno(a) ter seu curso custeado pela Sociedade (sobretudo a sua parte mais pobre) e ao final não precisar sequer retribuir aos mais carentes pelo menos parte do que foi investido?? Não seria mais justo socialmente que houvesse uma espécie de Contrato Social?? Isto é que uma vez formado(a) (e já recebendo por isso) pudesse auxiliar os mais carentes?
Esse é o tipo de ideia que poderia ser objeto discussão honesta (não nesta legislatura, rs). No caso do Direito, é triste que alguns egressos de Univ. Pública saiam diretamente pra escritórios que formulam táticas de evasão fiscal. Dá pra pensar em modelos tipo uma residência de medicina no âmbito do Mais Médicos, ou um estágio pós-formatura em núcleo de contabilistas para microempresários. As possibilidades são muitas.
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