Lygia Maria > Delírios do politicamente correto Voltar
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Adorei o texto, é perfeito para o momento atual em que a loucura da esquerda nessa obsessão identitária torna a vida um problema. Esse tema é perigoso e jornais como esse são arautos dessa irresponsabilidade em criar uma guerra racial desnecessária.
Há controvérsias. O que faz a linguagem é seu uso, e se muita gente entende 'denegrir' como racista ela passa a ser racista. A palavra mulato é similar: parece que sua origem não é ofensiva, não sendo derivado do animal mula, mas o fato é que o termo meio que caiu em desgraça.
O pequeno mas barulhento grupo de paranoicos quer exatamente isso aÃ, parecer ''muita gente''. Você caiu na enganação.
A controvérsia, esta é a questão, á artificial, porque originada do estresse do policiamento. Não havia controvérsia até outro dia, as pessoas ofendiam quando queriam ofender deixando claras estas intenções. O problema é que uma parte das pessoas parece fazer questão de enxergar problemas em sentidos que o uso corrente não as autoriza a ver. Agora já virou uma confusão enorme, pessoas defendem apaixonadamente issos e aquilos, ficou tudo muito chato.
Obrigada por essa coluna, escreveu em meu nome e no de milhões de pessoas que estão cansadas de tanta inutilidade semântica. Fora a sensação de desrespeito profissional, como a que sentimos ao presenciar o comentário do jornalista da Globonews contra uma colega de trabalho.
Excelente comentário. É isso mesmo!!
Imagina o Sérgio Porto tendo que rebatizar a música "Samba do Crioulo Doido" para "Samba do Afro Descendente com Transtornos Mentais". Há uma certa paranoia em relação a algumas situações, como a citada. Sem falar nas bobagens do tipo Presidenta! Nessa toada adolescente vai virar adolescenta, quando se tratar do sexo feminino.
crônica oportuna, por desmascarar um identitarismo de lugar de fala, despolitizador, cujo resultado final é o estiolmanto da do combate à opressão do grande capital sobre o mundo do trabalho. Voto com a relatora
O último parágrafo definiu bem o delÃrio. Enquanto ocorrem chacinas e atrocidades de todas as aberrações possÃveis, a rapaziada 'engajada' acha que a 'raiz' do problema está nas palavras... Se a polÃcia e cia ilimitada usassem apenas essas palavras como forma de racismo, sem violência fÃsica e psicológica, serÃamos uma terra menos desumana, sem dúvida.
Parabéns pelo belo artigo, verdadeiro e realista em cada palavra.
Raça negra não existe pois a raça é humana e essa gafe é frequente nesse jornal racista
Jornal racista que continuas lendo, a propósito.
Concordo com o texto. Não adianta inventar significado racista para as palavras e calar diante do massacre de negros em ações policiais. É como criar o dia internacional das mulheres e deixar o feminicÃdio impune.
O politicamente correto é um saco; uma paranoia mesmo, como diz a articulista. Já ouvi dizer também que não deve usar "judiar", pois remete a judeu...
A colunista chamou de intelectuais pessoas como o jornalista que censurou a outra. Não são intelectuais de verdade, intelectuais devem ficar debruçados em tantos assuntos sérios a se desenvolver nas ciências humanas. É como a tolice de dizer que a música "Com açúcar e com afeto" do Chico Buarque é machista. Se a música retrata o machismo daquele momento, é para mim um documento histórico isso sim. Vão catar coquinho!
Doutora Lygia, o termo "denegrir" não é bem aceito há bastante tempo, não é birra recente do politicamente correto. Não se usa mais nem em conversas informais no cotidiano. Pega mal. Mas é compreensÃvel que uma catarinense de pele clara tenha dificuldade e algum incômodo em entender isso.
Eladio, você não se conforma com que não aceitem que determinados termos são racistas desde muitos anos atrás e, adiante, dá mostras de como ser racista com a maior sem-cerimônia do mundo? É isso mesmo? Catarinense de pele clara tem dificuldade de entender o que é importante para você? Que cara de pau!
A agressividade no comentário é que ela está tentando justamente evitar, parece que não adianta.
Toda atenção nesse terreno é pouca. Com frequência, a de núncia do "politicamente correto" e seus excessos traz embutida a intenção de legitimar a escro tidão moral na fala e na ação em nome da "autenticidade". Exemplo claro no des presidente e seus mentores...
Há uma associação simbólica entre o par de complementares luz/escuridão(ou ausência de luz) e branco/preto que, por sinal, remonta a milênios, desde de tempos pré-diluvianos, sendo que a escravidão negra na Ãfrica começou no século XV! Ou seja, o "lado negro da força" não tem fundamento histórico com o racismo. Ou será que Homero era racista antes mesmo do tráfico negreiro?
Lygia, obrigado pelo texto! Até que enfim, uma luz nessa discussão!
Eu li todos os comentários. Uma leitora que se identificou como negra discordou do texto. Muitos outros leitores e leitoras, aplaudiram o que foi escrito. Suponho que eram todos/as brancos/as. O que me faz pensar no ditado: pimenta nos olhos alheios é colÃrio.
Uma estupidez do fanatismo do politicamente correto e do identitarismo. Eu não deveria usar "denegrir", mas posso usar o termo "esclarecer" que poderia ser considerado preconceituoso no sentido inverso? Como ficam os "buracos negros"? "Buracos afrodescendentes"?
José. Não me diga! Não se trata de uma aula de fÃsica.
Buraco negro é preto porque absorve a luz.
Com o seu perdão pela loquacidade, caros colegas leitores: Lygia, que tal pugnar pelo fim da sençura 'tomática aqui dos formulários de comentário? Isso é um ridÃculo que perdura há tempos. Como exemplo, "pppiiicareta", instrumento e adjetivo, não passa porque se inicia com um sinônimo de Jeba - e não o é, no xontexto. Teremos que escrever Jebareta até quando? É uma Soda.
Não é por causa das quatro primeiras letras da palavra, mas porque ela é usada como xingamento, mesmo que você esteja a falar do instrumento de escavação. Aà tem que ir pro pessoal da análise, pra alguém de carne e osso ver se você não está falando mal de outro usuário, por exemplo. (Aparentemente eles liberam se verem que é só uma reclamação sobre algum polÃtico...)
Aliás, complementando meu comentário fantasma, porque ainda está retido nós porões sençurotrônicos da folha, muitos termos têm, em sua raiz, origens pouco recomendáveis, e vão que vão. "Coitado" é um deles: "submetido ao coito", passa batido em qualquer situação. Sodidos estamos nós, se tivermos que chegar nas minúcias etimológicas de cada palavra expelida...
Não, o erro é comum, mas coitado não vem de coito, mas do latim coctare, que deu no verbo coitar, que significa atormentar, causar sofrimento. Um coitado é alguém que sofreu "coita", ou seja, passou por uma aflição ou desgraça. Só para registro.
Sugestão: ler um livro sobre linguista chamado “quando dizer é fazer: palavras e ação” de Austin. Quem sabe, assim, a senhora fala menos bes teria. Ao menos se e duca.
A liberal sinhazinha de Santa Catarina, terra onde proliferam reacionários como pragas, se incomoda com a senzala. Esta não deve reivindicar o direito de não ter associada, pejorativamente, sua etnia a um termo negativo. Tudo o que se refira à s reivindicações dos oprimidos, a senhora absoluta da razão acusa como delÃrio. Sua retórica enganosa tenta ludibriar, ao final, com um discurso que desvia o foco para outros problemas como se este não fosse também um. Palavras são armas e mat am.
Ela é uma Narloch light para deleite da Faria Lima. Discurso de liberal, mas non troppo, práxis reacionária.
Pior ainda! Não se trata de preconceito mas de constatação de que os Estados mais reacionários, fascistas, racistas, nazistas e conservadores são esses dois. Ela não nega os seus. Quanto a você, tem procuração da orientadora para defendê-la?
Lygia não é Catarinense, é Paraense. Mas aà fica ruim pra encaixar na sua caixola, né? Preconceito do bem é outra praga
Pra alguns o filtro do politicamente correto é ativo em cada palavra, e com consequências imediatas, pra outros, misoginia, homofobia e racismo, quando se fala de "fraquejadas para mulheres, deixar de ser um paÃs de maricas e citar aroubas pra peso de pessoas" são forças de expressão e autenticidade onde o politicamente correto passa longe. Tem gente que fala o que quer e bem entende e outros que tem que ficar medindo cada palavra. Mundo tá assim
Caro Vinicius, os pesos e medidas Bozolóides são absolutamente desequilibrados de modo geral, não somente com as palavras. Aliás, é método constante, modus bozofrendi, a acusação ao outro daquilo que faz ele próprio, vide a ora flamejante "liberdade de expressão". "De exceção", isso sim.
Discordo! As palavras têm o poder de estimular comportamentos, para o bem ou para o mal, portanto a fala não está desconectada da realidade. As palavras, repetidas por anos, banalizam males, sutilmente reproduzem preconceitos, que penetram no inconsciente e nos fazem, até nós mesmos, negros, assumirmos uma postura de inferioridade na s
Pedro, as letras das antigas marchinhas de carnaval são absolutamente vergonhosas. Nunca vi algo tão preconceituoso, homofóbico, misógino e racista como estas letras. Refletem a época em que foram escritas.Não ensinaria meus filhos e netos a cantá-las. Como as músicas são ótimas as letras podem ser reinventadas.
Negativo. Foi um exagero mesmo no exemplo que ela deu. Já vi também um documentário sobre a peste negra no canal Nostalgia do You Tube onde a apresentadora disse para não usarmos o termo "peste negra" por ser racista. O politicamente correto está vendo chifre em cabeça de cavalo! Ou vamos acabar tamém com as marchinhas de carnaval?
Comentário feliz. Vc é minha parente?
(Cont.) na sociedade. Temos que combater, sim, palavras que ensejem preconceito racial, pois é de forma camuflada que o racismos mais se reproduz.
Agora a Folha também tem uma Demétrio Magnoli com um skincare melhorzinho? Espero que o "politicamente correto" não censure este comentário.
Prezada Sra Lygia Maria, discordo do seu posicionamento no artigo. É fato que o excesso do politicamente correto pode ser danoso, contudo no exemplo utilizada pela senhora, a represália quanto ao uso de ''denegrir'' foi correta. Seguindo a etimologia apresentada pela senhora, ''denegrir'' sugere tornar escuro no latim, dessa maneira, se na contemporaneidade ''denegrir'' é algo ruim, de maneira análoga, tornar escuro é algo ruim. Assim, concluo que o exemplo utilizado não justificou sua posição.
Outro dia também, uma pessoa, não lembro quem, falou em “escurecer” uma ideia, em vez de esclarecer, para ser politicamente correta. Entendo que escurecer jamais possa substituir “esclarecer” e que também não tem conotação racial. Esclarecer é deixar claro, jogar luz. Escurecer tem o sentido exatamente contrário, de esconder, camuflar. Nada disso tem a ver com cor de pele. Concordo com o respeito, mas abomino o exagero em que estamos nos metendo!
O oposto de esclarecer poderia ser penumbrar.
Disse tudo. Chega de censura, a lÃngua é livre!
Boa.
Parabéns pela coragem de dizer o óbvio. (Este artigo passou pelo comitê que a Folha criou?)
Não há comitê de censura. O que passa pela sençura são nossos comentários, o comitê avalia propostas e ações internas.
Bom mesmo era na época (há uns 20 ou 30 anos) quando se falava abertamente e se ria sem nenhum medo a respeito de negros, homossexuais, pessoas obesas, pobres e etc. Isso sim que era liberdade! Uma pena o mundo ter chegado a esse ponto que a minha geração e a bolha na qual convivo (brancos e bem sucedidos) terem que se policiar simplesmente porque o mundo evoluiu. Que lástima!
Não esqueça que piada e deboche de religiosos são "liberdade de expressão", e não se enquadram na intolerância religiosa da esquerda, apesar da lei dizer que a intolerância religiosa e similar a homofobia.
O evoluiu (sem aspas) indica que a ideia expressada foi ultrapassada por novas mentalidades. Portanto, é óbvio que o comentário foi uma ironia.
Só posso crer se for ironia, do inÃcio ao fim do seu comentário.
Sinto muito que você não tenha entendido nada do artigo.
Que comentário cretino.
Excelente artigo!
Infelizmente estamos nesse caminho. Sensibilidade excessiva que até parece fraqueza.
Excelente artigo. Parabéns para a autora!
De acordo.
Eu ia comentar sobre. denegrir ,mas me deu um branco .
Hahahahah, excelente. Deve ter sido atacado pelo alemão, Amarildo, que te obscureceu o vocabulário. Haja saco (roxo).
Nota 10.
Perfeito!! Bravo!! Essa doença, alucinação acaba dando pauta e tudo mais pros extrema direita. Ajuda na polarização, na divisão. O que muita gente não entende é que a sociedade, aquela da vida real, da labuta mesmo, condena totalmente essa mania. E encontra no Bozo o seu representante ideal para se opor/acabar com essa patuscada toda. Depois não entendem o que está acontecendo…
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