Ilona, querida, lúcida e combativa, dizer o quê? Seus argumentos são impecáveis. Entretanto, vá lá, um pecadilho tangencial: com eles, acabamos não conversando com os próprios policiais. Veja, há uma coesa lógica interna em criar policiais afeitos à violência, endurecidos pela brutalidade cotidiana - também interna aos quartéis - com um modelo mental exíguo de atuação e papel social. Sobrenadou dia desses a notícia dos suicídios de investigadores: é isso que desejam? Terão, basta continuar.

E os 3 animais continuam em liberdade, certo?

Não gostei do texto: soou como um panfleto, além de ter falado o óbvio ululante. Sim, a Constituição é incompatível com chacinas e câmaras de gás improvisadas. Mas quais as iniciativas que a pesquisadora sugere para que as forças de segurança E a sociedade parem de tolerar o abuso da força bruta? Há um problema de prática e de cultura. Eis o busílis da questão.

Texto muito bom, mas pergunto, onde estava escondida toda esta perspectiva crítica quando foste convidada pelo Moro a fazer parte desse governo? Alguma coisa parece errada, uma pessoa com tal capacidade não ver o "ovo da serpente" sendo chocado na lavajato!!!! Uma parte da intelectualidade deve uma autocrítica ao povo brasileiro.

Que outubro chegue logo e Barba não tenha piedade na reorganização das forças de segurança, inclusive as armadas. Pelo fim das PMs!

O trabalho da polícia é difícil, perigoso, sujeito a erros. Muito grave é ver os líderes glorificarem os erros.

É fácil acabar com salvadores da pátria: basta uma constituinte exclusiva que implante parlamentarismo com voto distrital. Pronto, os políticos agora terão projeção só em seu distrito. Ninguém mais puxará votos nem se cacifará politicamente com o número deles.

Isso. Chega de valentão na política.