Mirian Goldenberg > A 'lei de Gérson' e a cultura do jeitinho brasileiro Voltar
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A lei de Gerson deu lugar à cultura da desonestidade intelectual. E a culpa pode ter sido dos meios de comunicação que criaram uma narrativa falsa que nos levou à manifestações, golpe e crise. O povo só está reproduzindo o que aprendeu...
O "jeitinho brasileiro" ou querer levar vantagem em tudo é o grande "câncer" no Brasil. Resta-nos, especialmente para quem tem filho pequeno (como eu), ensinar um norte diverso.
Muito triste. O que fazer para mudar?
Acho que há uma tendência a prestar muita atenção nos casos negativos. Um exemplo é o trânsito. A esmagadora maioria dos motoristas dirige normalmente, mas prestamos muita atenção naquele maluco que sai costurando na pista.
Sempre observei o que vc disse. Concordo plenamente!
Creio que a resposta à pergunta do último parágrafo tem que ser algum tipo de patologia. Algum psicólogo ou psiquiatra talvez consiga responder.
Será que conseguem responder?
Gérson nunca foi adepto da chamada "lei de Gérson" no sentido de levar de qualquer maneira vantagem sobre os outros, e ficou chateado ao ver que seu nome ficou associado a esse lema. Ele apenas fez um comercial de cigarros (ele era fumante na época) que custavam menos do que seus concorrentes, e no comercial era essa a vantagem que o fumante levaria.
Eu gosto de resumir o problema assim: toda a nossa sociedade não crê em ganha X ganha. Para boa parte das pessoas, se oportunidade houver, o outro vai roubar. Isso gera uma sociedade com muitas regras e mecanismos de controle. Mas quanto mais controles, mais as pessoas precisam "ser flexÃveis" ou "forçar a regra" e mais oportunidade surge pra quem realmente só quer levar vantagem. O próprio jornalismo está sempre "procurando a sacanagem" em qualquer proposta de qualquer governo.
O texto anterior sobre a necessidade de confiar era melhor do que esse texto sobre as muitas razões para sermos desconfiados.
Pô, dona Mirian, e o Gerson era bonitão, hein? Não me lembrava do quanto, não...
Triste...
Querida dona Mirian, eu tenho uma hipófise pro colega seguidor do Hipócrates: esses dezessete porcento que dizem confiar no Bozo na verdade não confiam em ninguém, ao depositar seu precioso sentimento em uma evidente fantasia. Não é à toa que o Bozo desfruta do qualificativo de "mito": não tem jeito de parar em pé sem um monte de fantasia ao redor. Depositar sua energia, seu élan, *sua agência* (estrito senso) no que diz o estrupÃcio é sinal de não gostar de samba: ruim da cabeça ou doente de fé
Esse é justamente o doente de fé: se é a fé num cristianismo precário e tosqueira, ou diretamente a fé na patifaria como solução - a Bozofétida - é difÃcil de separar a olho nu. Mas basta puxar a ficha corrida, os últimos normalmente a têm...
Ou sinal de que não querem enxergar a verdade, como diz o médico?
É por esse motivo entre outros que não vou mais assinar a FSP. Meu texto não tinha absolutamente nada a ser censurado.
Quando eu era menina, nos anos 50/60 (tenho 70 anos) o Brasil era um paÃs pobre, dito cordial, sem alardes da violência e falência de valoes que vivemos hoje. Os jornais notciavam com sensacionalismo oo terrÃvel ladrão que escalava muros e entrava pelas janelas para roubar. As casas não tinham grades. Com o advento da ditadura militar tudo se inverteu. A expulsão do homem do campo inchou as periferias das grandes cidades. Foi assim que tudo começou. É muito deprimente.
Eda, o pior de tudo é a cegueira voluntária, aqueles que, conscientemente e deliberadamente, fingem que não enxergam a realidade e que, portanto, são cúmplices da barbárie
O leitor Galdino não vê relação de causa e efeito entre a ditadura militar e a violência e perda de valores atuais. Veria se estudasse a história do nosso triste paÃs e saberia assim que nossa realidade atual é determinada pelas escolhas do passado como ensina a História. Se tivéssemos escolhido o caminho do respeito à s instituiçõoes terÃamos feito a reforma agrária, mantido o excelente ensino básico que tÃnhamos que formava cidadãos e serÃamos hoje uma grande nação soberana e pacÃfica.
Sem relação do fato com o efeito.
Muito triste
Concordo com o texto e a opinião. DifÃcil ter esperança que isso mude, infelizmente. Mas, me permita deixar aqui uma ressalva em relação ao Gerson. Convivi alguns anos com ele, uma pessoa Ãmpar, maravilhosa, que não merece carregar eternamente o fardo da tal "lei do Gerson". Sei que já é tarde, mas se soubessem o quanto ele se arrepende dessa propaganda. Mesmo em relação ao cigarro. Não poderia imaginar que daria nome a algo tão ruim da nossa sociedade.
Poi Zé, prezado Terence, que azar mêmo. Ademais, se fosse hoje em dia, capitalizava nas redes e ganhava duzentos mil seguidores a mais! Hahahahah!
Foi apenas uma publicidade que está sendo explorada.
Verdade
SÃndrome de Estocolmo.
No cotidiano, desde a pista esburacada, a peça destrocada na troca, a propina no papel higiênico e o achaque direto, a burocracia penetrável a custa das relações, nos dá a sensação de viver numa espécie de "sociedade de ladrões".
Cruel realidade: um paÃs destruÃdo
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