Artigo perfeito, impecável. Certamente haverá casos nos quais o investimento municipal é correto, pois gera divisas e empregos o suficiente para o custo-benefício se justificar. Fora disso, o investimento deve ser o mínimo para preservação daquilo que não para mais de pé sozinho e para a inovação que não pode depender só do mercado - senão vira puro comércio. Ou seja: gastos de larga escala em eventos únicos precisam dar retorno, e serão poucos os shows caros que se provação minimante adequados.

Os sertanejos bolsonaristas já ficaram ricos "depenando" os cofres de prefeituras interioranas. Em outubro vão votar no PL (Partido Laranja) e tentar eleger o bozo.

Sou do tempo dos cantores caipiras, que com suas canções contavam histórias dos seus rincões e da vida cotidiana, e valiam a pena serem ouvidas e até decoradas como é o meu caso em muitas delas. Hoje os chamados sertanejos com raríssimas exceções descantam. A maioria com dicção de péssima qualidade sem contar as letras das "músicas". Portanto, shows dessa turma para mim não valem uma pataca, bem como os tais rodeios que nada acrescentam. Ainda chamam isso de cultura?

Comenta o articulista que a supressão de privilégios políticos não resolveria o caixa do governo. Certamente que não. Mas nem por isso tais regalias deixam de ser profundamente imorais, embora legais. E ainda mais indecorosas são prefeituras que, sempre com os cofres vazios, dispõem, repentinamente, de milionário orçamento para levar suposta cultura a seus rincões. Trata-se de argumento crível? Ou pretendem que, no país das imoralidades, sejamos todos bufões?

Queria saber se algum artista fez campanha para político nesses shows? Poderia dizer? Poderia dizer se eles foram atrás do show ou se eles foram procurados? Poderiam dizer se o shows deles atraem recursos para a cidade ou não? Enfim, são respostas que interessam a quem quem discutir o Brasil. Mas que pouco interessam quando se quer apenas combater àqueles que não fazem parte da patota. Atribuir a sertanejos serem ou não bolsinarista, é uma estratégia ridícula de estigmatuzar

Melhor do acontecido foi a bela notícia segundo a qual o "cantor" Gustavi Lima ameaçou encerrar sua carreira

Esse eh um esquemao arquitetado pala familicia no poder. Empresas fantasmas agenciam os shows desses pseudo-artistas, cobram uma fortuna pelos espetaculos decadentes. Deve rollar um qualquer ai por debaixo dos panos para os prefeitos, para os caras que se acham cantores, enquanto que a empresa de fachada fica com a parte do leao. Eh por isso que sao contra a lei Rouanett. Ali eles teriam que provar serem artistas, e prover algum retorno para as cidades onde se apresentam. Com esse esquemao nao.

Tanto artista local precisando de apoio, desmascarou quem tem a Lei Rouanet como meme. 1 milhão e 200 mil em Conceição do Mato Dentro? Se fizer show o ano inteiro com pouca gente e artistas locais vai gerar muito mais empregos.

Música de *cornidão, bebida e motel*, como bem disse o Agamenon hoje, pode ser entretenimento (afinal, há gosto para tudo ), mas cultura?

Desde quando show de música sertaneja é cultura? Só se for a cultura da rachadinha, onde prefeitos e secretários abocanham uma parte dessa grana! Cuidem da Saúde, seus idiotas!

Foi espantoso saber que a cidade de Teolândia, na Bahia, vai gastar, em um único evento, quase metade do seu orçamento para a saúde no ano passado. Nada contra apoiar a Cultura, mas certas prioridades precisam ser repensadas.

Li o título rápido demais, pensando, por um segundo, que fosse este: "Entenda quanto vale o show do sertanejo e o gasto das cidades SEM cultura". Equivoquei-me, logo se vê, até porque seria um grave erro de análise, não é? Afinal, conforme as leis da antropologia, todo agrupamento humano possui cultura.

Todos os gastos públicos deveriam ser transparentes, assim como os benefícios fiscais concedidos. Num país pobre como o nosso, Educação e Saúde deveriam ter prioridade absoluta. Nada de cortes, nessas áreas. Ainda que investimentos no setor cultural sejam importantes, Prefeituras de IDH muito baixo deveriam ser proibidas de promover shows de artistas forasteiros. Deveriam ser obrigados a investir o que estiver disponível em eventos de cunho local.

Sentandolar ou sentancorrupto ou ou ou

Poder público não tem que gastar com isso. Se o privado enteder como negócio, ok, se não vai pro buteco e liga a vitrola