Todas as grandes ilhas do Caribe tem o mesmo histórico colonial escravista açucareiro. Mas o Haiti se destaca entre elas em sua persistência na pobreza.

vc responde a um comentario com *passou a comerciar normalmente com a Europa. Princi palmente açúcar e café * ; exatamente como o brasil com a diferença da nossa extensao ter ritorial; mas so conseguimos superar este *destino* rural com a substituiçao de importa çoes industrializando o pais em 40/45 senao seriamos hj um enorme H; este é como um gueto de metropole brasileira com status de ...pais

incorreto: a pobreza haitiana é explicada pelo subjugo frances até há pouco tempo ; e justa mente por ser um pais 'de pretos' - alem de ser pequeno e nao ter nenhuma commodity relevante - como outros paises africanos tao cedo nao conseguirá sair da miseria derivada da exploraçao por terceiros brancos ou nao

Sérgio, não é verdade. O Haiti, depois do reconhecimento da independência pela França (onde teve que pagar pesado como o Brasil para Portugal), passou a comerciar normalmente com a Europa. Principalmente açúcar e café.

O Haiti sofreu, como Cuba sofre ainda hoje, um cruel boicote orquestrado pelos europeus. Sem mercados, o açúcar produzido por mãos negras livres não pode ser exportado e contribuir para o desenvolvimento do país. O Haiti passou a ser visto como um pária, após sua independência. Uma nação de negros a mercê do colonialismo europeu!

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Mas o país Haiti é pobre mesmo e consequentemente todo mundo lá é pobre e se fossem brancos nao seria diferente. No Brasil há muita riqueza, que está dividida entre brancos. Negros e mulatos nao pobres também sao discriminados quando estao fora do seu círculo, porque os brancos (e na verdade negros e mulatos também) pensam que eles sao pobres - o racismo estrutural. Nao é necessário esperar séculos nem milênios, basta dar agora a mesma chance de especializaçao a todos, independente de sua cor.

Mas essa classe média aí nem nunca reinou, daí o ressentimento.

Não sei se é ingênua sinceridade ou pura ironia. Se for ironia, foi muito boa!

Continuaçao 2: Vamos ver se agora vai. O novo presidente (esperemos que Lula) deveria criar cotas em todos os setores nessas proproçoes - 56%, 30% e 10%. Isso acabaria com o racismo estrutural. Há algum tempo a Folha estampou fotos de algumas "negras" (de pele bronzeada, cabelos cacheados e sem traços negroides) em posiçao de gerância. Para as melhres de pele preta, cabelos encarapinhados, lábios grossos e nariz chato nao houve espaço.

Cont. 3: E a parte branca de sua família, é descartada? Ninguém deveria ignorar que a identificaçao de uma pessoa com ascendência negra depende se tal ascendência é da parte materna ou paterna. Crianças convivem muito mais com a mae e o seu círculo. E se ela é branca e o pai é mulato, faz muita diferença. Uma pessoa nunca teve contacto com negro e de repente é negra? Isso pode criar um conflito, nao?

Continuaçao: De acordo com o recenseamentos ao longo das décadas, 60% da populaçao brasileira é branca (sem traços negroides), 30% é mulata e 10% é negra. A Folha deveria fazer uso da sua influência e incentivar o novo presidente (esperemos que Lula) a criar cotas nessas proporçoes em todos os setores. Classificar todo mundo com ascendência negra de negro afeta a identidade das pessoas que até algum tempo nao eram negras. Continuaçao.

Só lembrando que Sérgio Camargo também é negro.

O Covas não seria do timeco do Doria e do Aecio Neves... ia fica horrorizado com o BolsoDoria e com o Aecio tratando de 'negocios' com o Joesley

O articulista, por certo, fala do PSDB de Franco Monteiro, Mário Covas, Fernando Henrique Cardoso, um pouco, José Serra, de lá do passado, e outros. Não do atual, de Aécio e Dorias, que é um horror.

O Covas não pode responder pelo que ocorreu após seu falecimento.

Simples camarada Rodrigo. Quem diferencia pobres pela cor e faz discursos meramente para surfar a narrativa.

Quem seria mesmo o hipócrita?

É Luthero, declarar a adesão à banda é fácil, cômodo, assim como distinguir entre pobres baseado em artifícios, usados para uma demonstração de virtuosismo. Cuidado com classificações, o próximo ismo já é seu seu.

Como podem ver, o racismo tem um longo caminho pela frente. Será auxiliado pela ignorância com foros de psicanálise de porta de botequim (Ah, Freud, você não tem culpa) e leves tintas de franciscanismo. Em resumo: Antonio Prata continua um dos melhores colunistas da Folha de S.Paulo.

A interpretação de duas frases pode ser muito difícil hoje em dia camaradas. Releiam algumas vezes.

Pobre de ti irmão que não entendes patavina

O pessoal do “vamos deixar tudo como está, porque é mais cômodo”, nunca decepciona.

Eis uma prova cabal da nossa ignorância e do racismo.

Deselegância não cabe aqui na coluna do Prata.