Em tempo de eleição paixões dominam mais do que a razão. Paixões fabricam alucinações e delírios.A razão é frágil p/ dominar as paixões: amor-louco ou do raiva-ódio.Como todos somos um pouco loucos[psicóticos], em certas condições sociais parte da população fica doida, alucina, delira, recusa pensar, acha-se convicta da verdade-caminho-luz-mito-lider salvador, doido ou sociopata. Nunca os humanos alucinaram tanto e deliraram junto, a ponto de acreditar em falsos profetas e fakes news, hoje.

O cérebro não é a mente; erro constante causando a inabilidade de entender que compreender a realidade não e processamento de dados sensoriais por um máquina biológica, mas inclui a faculdade mental da razão, evitando tanto o idealismo subjetivo berkeliano de Seth que nega conhecimento da realidade, porque inexiste, quanto a separação mecanicista de Kant que, embora admite a possibilidade de compreender os fenômenos, mesmo que seja por meio de idéias inatas, o nega isso para o númeno.

Tenho dificuldade de fazer a leitura, mais vamos lá, Lula seria seria percepção sobre as quais todos estamos de acordo, roubou e de deixou o Brasil ser roubado. Já Bolsonaro é o delírio ou a percepção descontrola, veio para colocar a pá de cal , do enterro chamado Brasil.

Isso fica bastante claro na experiência psicodélica: padrões de pensamento, certezas, dogmas, juízos, referências, tudo vai caindo, um por um, até se chegar ao estado de uma consciência recém-nascida extasiada diante de um mistério tremendo e fascinante.

A engrenagem do valor é um bom exemplo de alucinação compartilhada. Todos acreditam no dinheiro porque...todos os outros também acreditam. O recente colapso de algumas cripto-moedas ilustra bem esse fato. O valor das obras de arte é outro exemplo. Há alguns anos perguntei o preço de algumas barras chatas soldadas numa base de aço na feira de arte de SP., tudo com mais ou menos um palmo de tamanho: Era metade do atual cachê do Gustavo Lima. O colecionador paga porque sabe que outros também pagam.

Novamente o Ocidente esplêndidamente situado ao pé de página de Platão.

O modelo de Anil Seth precisa explicar por quê algumas alucinações são controladas e outras não. Qual o poder explicativo de seu modelo? Como as inferências do cérebro de cada pessoa leva a podermos dizer que compartilhamos a mesma realidade. Problema complexo a ser resolvido pelo modelo de Seth.

O estudo foi baseado no zap do Bozo? Lá a gasolina tá barata, a economia tá bombando e o país vai muito bem. Realidade paralela, mas Realidade pra eles.

Grossa besteira. A menininha de quatro anos que levou uma bala perdida na cabeça, levou uma bala perdida na cabeça e está, mesmo em estado gravíssimo no hospital. Claro que podemos desenvolver um milhão de interpretações sobre o caso, mas o fato é que ela, efetivamente levou uma bala na cabeça.

Númeno-fenomeno, não? Excelente caro Hélio! Obrigado!

Um campo fascinante de indagação; mas, nele, afirmações taxativas, simplificadoras como a de que "A realidade nada mais é do que aquelas percepções sobre as quais todos estamos de acordo" deveriam ser evitadas, sob pena de se recair numa espécie de antropomorfismo perceptivo: não mais a Terra no centro do universo, mas o cérebro-mente...

Falta a ciência descobrir que na direção contrário dos sentidos temos a capacidade de construir aspectos conceituais do universo, em outras palavras, o universo. Esse núcleo construído e moldado de acordo com nossa vontade cria tudo em um "design inteligente". Sou da tese do "design inteligente" não sou terraplanista e nem acredito em Deus.

Isto lembra Aldous Huxley e as Portas da Percepção. Vamos distribuir Soma para a população

Nosso mundo é limitado aos nossos sentidos e percepções. Mas a realidade verdadeira ou o mundo real um dia será acessível? Acredito que seja um grande mistério, talvez um dia evoluiremos nossos sentidos e tecnologia a ponto de percebermos outras realidades e dimensões.

Eu me lembrei também dos sábios hebreus que falavam a respeito de um certo "pensamento anantrópico" de Deus, como alegorizado no Livro de Jó, misterioso livro provavelmente escrito por algum sábio, ou seja, alguém com profundos conhecimentos, da passagem da cultura cananeia para israelita. Em resumo, o Livro de Jó ensina que o ser humano tem um pensamento primitivo, que serve a seus afazeres cotidianos e não pode compreender o pensamento de Deus, ou seja, não pode entender a verdade.

De Buda a Clodovil. "Tudo é ilusão", dizia Buda, ao que Clodovil corroborava: "Tudo é um grande mistério, não é mesmo, meu amor?"