Exatamente…acontece que até cerca de 60 anos ou mais o protestantismo no Brasil era representado majoritariamente pelas igrejas Metodista, Presbiteriana e Cristã, que tinham missionários americanos e ingleses e faziam lá o seu serviço social junto aos mais pobres, mas eram frequentadas pela classe média, as igrejas ditas neopentecostais surgiram com força nos últimos 50 anos para cá, principalmente depois que os “pastores” descobriram que eram uma verdadeira mina de ouro; e hoje tem PODER!!

O fato de que tantas pessoas, a maioria pobres, pague para cartomantes, sensitivos, pastores e padres desperta curiosidade. Mas parece mais um campo para pesquisa acadêmica (como faz o colunista) que um simples trabalho jornalístico. Esse último é superficial, e foca evidentemente no que é notícia, como fraudes e escândalos.

Neopentecostalismo não é protestantismo, é uma leitura tosca e enviesada da Bíblia, ao pé da letra. Se dizem cristãos e pregam ideias que Cristo superou, em vez de seguir ideias positivas da Bíblia, defendem o modo de vida daquele tempo. O evangélico médio passa longe do bolsonarismo, esse deseja o bem comum a todos, sinto isso nos conhecidos. Gosto quando me destinam orações, é sincero. Fazer arminha em igreja não é cristão. Olho por olho dente por dente não é cristianismo.

A religião é ambivalente como sempre. O mundo evangélico sobretudo. Ao mesmo tempo que sofrem preconceito e intolerância, são em grande parte preconceituosos e intolerantes com quem pensa diferente. Na prática, pertencem a um mundo arcaico, não captam os sinais dos tempos. Passarão juntos com seu mundo ultrapassado, mesmo sendo hoje 30% da população. Sou evangélico tradicional e digo com todas as letras que deste universo dos evangélicos não sobram 5% de sérios, o resto é interesseiro.

Sofrendo preconceito, cara-pálida? Vcs estão até querendo um Ministério p chamar de seu como o nobre articulista pediu dia desses no jornal, aliás, essa parte não entendi. Por que evangélicos precisariam de um Ministério? Por que a sua igreja deveria receber meus impostos?

Neopentecostais, muito diferentes dos protestantes cujas origens são Lutero, Calvino, etc. Incomparáveis, diria.

Sofrendo preconceito, cara-pálida? Vcs estão até querendo um Ministério p chamar de seu como o nobre articulista pediu dia desses no jornal, aliás, essa parte não entendi. Por que evangélicos precisariam de um Ministério? Por que a sua igreja deveria receber meus impostos?

Quando vejo políticos evangélicos, não sinto religiosos, mas espertinhos que usam a fé de seu rebanho para se darem bem.Muitos pastores, sobretudo dessas igrejas novatas também passam essa impressão, mas há muita diferença entre o protestantismo.Igrejas tradicionais como luteranos, anglicanos,batistas, presbiterianos etc. estão teológicamente muito mais perto do catolicismo do que de seus "irmãos" pentecostais.Acho que deve-se separar o joio do trigo, sem medo de melindrar a ou b.

Ontem a Folha noticiou um episódio no interior da Bahia em que moradores cercaram, apedrejaram e tentaram invadir uma casa de família para linchar um adolescente transexual que quis ter o nome social reconhecido pela escola, tudo isso instigados por um pastor, que não quis comentar. É por isso que pessoas escolarizadas não estão interessadas na lógica evangélica e tratam esse movimento como um epifenômeno da pobreza, ignorância e abandono estatal que abrem espaço para a atuação de trapaceiros.

Minha geração foi testemunha ocular desse assalto dos pastores evangélicos ao bolso dos mais humildes.

Como sempre, o Spyer apresenta os evangélicos como coitadinhos vítimas de preconceito... Mas eu concordo que a imprensa falhou em acompanhar o crescimento avassalador das seitas neopentecostais e o resultado foi a surpresa com a eleição do Bozo. Mas o Spyer pode ficar tranquilo: os alegados coitadinhos estão dominando geral, em breve não haverá espaço para a "opressão das elites intelectuais", principalmente se o Bozo conseguir completar o golpe que já está em curso.

Ninguém tem coragem de abordar o fenômeno das religiões como instrumentos de controle social.