Ilustríssima > Única tradutora de 'Ulisses' no Brasil é ignorada em centenário do livro Voltar
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Estou terminando de ler as três traduções e o original em inglês ao mesmo tempo. Uma estrada cheia de buracos em que o livro auxiliar de Galindo ajuda muito, assim como as notas de “Ulysses anotated” de Gifford. Cada uma das traduções tem suas qualidades. A de Bernardina tem a vantagem de no mesmo volume ter o paralelo com a Odisseia mais anotações. O capÃtulo de “Penélope” parece que tem um ar mais “feminino” na tradução dela. Todas se complementam. Um livro maravilhoso de explorar.
Sou tradutora profissional, escrevi um livro sobre Ulysses e também estou sendo ignorada no centenário, hahaha. Meu livro -- LÃngua, o gozo de Ulysses -- ao contrário de todos os "scholars", mostra que a leitura de Ulysses é muito divertida e não requer nenhum PhD. Quem quiser ver o "tijolão" sob esse outro ponto de vista pode conferir conferir na Amazon. Meu livro, aliás, como o Ulysses, também é intraduzÃvel! Para outras lÃnguas que não sejam o nosso adorado português!
Lerei.
Invejo quem leu "Ulisses" e afirma que o compreendeu. Não foi o meu caso. “Quem em lugar algum jamais lerá estas escritas palavras?”: tal pergunta é do porta-voz de Joyce, Stephen Dedalus, que estudou em colégio jesuÃta com vocação a santo. Talvez isso explique Joyce requerer devotos à vida inteira e não simples leitores. “Introibo ad altare Dei”; ele de fato conseguiu. Não menos dificÃlimo, "O Homem sem qualidades" de Robert Musil.
Acompanho-te caro Alberto, mas não é inveja, sim é admiração que temos por que leu e entendeu Ulisses. abç
A primeira palavra em inglês de Ulysses é stately e Bernardina traduz como majestoso, enquanto Houaiss prefere sobranceiro e Galindo solene, ambas com s. O original começa com a letra S e o romance termina com a palavra Yes, que Houaiss traduziu como sims, enquanto Galindo e ela como sim. Há uma ideia de circularidade no romance que é desfeita em português. As três partes do romance se iniciam em maiúsculas de três letras: S,M,P. Houaiss e Galindo obedecem à estrutura.
Ainda prefiro a de Houaiss, embora o tom seja um pouco elevado e Galindo o aproxima mais do coloquial. Talvez seja decorrente do fato de Houaiss ter sido um erudito filólogo. Mas ele é o mais fiel à s invenções vocabulares joycianas como os neologismos à la Lewis Carroll, aliterações, paronomásias, etc. Galindo tem um livro para iniciantes: Sim, eu digo sim. Uma visita guiada ao Ulysses. A tradução da Bernardina é a mais acessÃvel, se é possÃvel usar essa palavra para o livro.
Interessante essa observação. Você tem preferência por alguma das três traduções?
Gostei muito da tradução dela. Já tinha lido há anos a do Houaiss, e que reli após a da Bernardina, o que me fez aprecia-la ainda mais. Comprei também a do Galindo, que apenas folheei por enquanto, mas me pareceu que se preocupou muito em diferenciar-se das demais.
Esquecer essa tradutora que, pelo feito é por demais importante, expõe a pior época cultural vive. A essência das pessoas deu espaço a assuntos sobre polÃtica.. ebó Brasil deixou de ser um paÃs, para virar um amontoado de gente.
... ' Paloma Hechicera'!!!... ole, ole, ... , ole!!!...
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