Muito bem retratado o que de fato aconteceu. Ficam aqui duas perguntas: porque jornalistas brasileiros se colocam como servos da elite artística e econômica? Segunda: Seriam esses artistas coronéis disfarçados de democratas? No mínimo a biografia de todos eles piorou bastante com essa tentativa de censura.

Uma rápida observação nos poucos comentários deixa evidente que Alonso conseguiu seu intento: Levantar a bola para reacionários satisfazerem seus desejos secretos de jogarem pedras em artistas que não se aliam ao discurso fascista e expõem sua indignação com a situação que estamos vivendo. Lamentável o oportunismo do autor em seu malabarismo intelectual.

O STF não deixaria existir uma biografia do Gilmar Mendes, contando o fato narrado em Operação Banqueiro. Sintoma de nosso subdesenvolvimento.

Excelente texto Gustavo. Além de você escrever muito bem, ilustrar e argumentar, provoca de uma forma genial.

Não me convencem. Afinal o importante dos autores são suas obras. Quem quiser saber dados biográficos leia o verbete na wikipedia. Esses biógrafos são uma espécie de paparazzi do texto, buscam apenas sensacionalismo e fofocas para faturar um pixuleco em cima do artista. Quanto ao STF, desde que eles próprios não sejam o alvo, a liberdade de expressão é sagrada...

"Uma biografia de qualidade deve ainda tocar aspectos privados sensíveis, mas não se reduz a uma revista de fofoca", escreveu o crítico musical que também escreveu, a respeito de uma cantora recém falecida, "era gordinha e brigava com a balança".

Duvido que Sérgio Farias tenha escrito uma biografia completa de Peter Tork. Aposto que não há uma linha sequer sobre o peso do autor. Fundamental saber se Tork, em algum momento da sua vida, "lutou contra a balança".

Essa censura prévia revela apenas o autoritarismo desses artistas tão rebeldes e libertários. Autoritarismo que adoram apontar nos outros. Enfim, a hipocrisia...

É o padrão "você sabe com quem está falando?" tão natural na sociedade brasileira. Na verdade, nossos artistas, intelectuais e formadores de opinião não passam de bárbaros.

Eles temem que sejam inventadas histórias sensacionalistas sobre a vida deles, só isso. Tem mais o que fazer do que fiscalizar biografias, por isso defenderam a autorização prévia. A crítica à obra deles é livre, mas inventar barbaridades sobre as suas vidas é inadmissível.

Nada mais democrático do que uma autocrítica, para que o exemplo não seja só retórico.

Gustavo, os cantores que você cita, e mesmo nós, precisamos concordar com a ministra do STF ou com a posição norte-americana? É isso?

Essa postura dos baluartes da MPB é totalmente condizente com os regimes políticos que eles defendem em outros países.