Ilustríssima > Datafolha usa métodos equivocados ao apontar predomínio da esquerda no país Voltar
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Não concordo com o que você estabelece como esquerda e direita no seu texto. Muita gente de esquerda é religiosa, por exemplo. Se for para criticar os métodos de quantização da esquerda e da direita feitos pela Folha, acho que tem que começar a categorizar com a mente mais aberta, do que realmente significa a tendência de um lado ou do outro, num paÃs hÃbrido, multirracial, como o nosso.
Não há dúvida de que a interpretação do Datafolha está errada. Basta ver a composição do congresso, onde os partidos de esquerda tem 1/4 da bancada se tanto.
“A contestação do capitalismo se enfraqueceu na esquerda, que hoje se concentra na inclusão de grupos subalternizados nos marcos da ordem estabelecida”. “A ação cultural básica hoje é garantir a informação correta”.
E esse folclore não passa por mostrar o óbvio. Que qualquer público de qualquer instituição está dentro da sociedade objeto de questionamentos, muitas vezes com exatamente as mesmas caracterÃsticas do público externo em geral.
O terceiro setor – com tudo o que diminui o Estado, que explode no Brasil no mesmo momento que o neoliberalismo - é um campo onde esse processo se dá da forma mais clara possÃvel. Folclóricos salvadores do mundo trabalham cada vez mais – aqui sim talvez coubesse uma quase exclusividade - para os bilionários da Forbes.
Interessante o artigo, e sua conversa com os artigos “Cultura sob Guerra Fria” e “Cultura sob Guerra Quente”. A quem interessa identificar - de forma aparentemente infantil - como sendo exclusivas da esquerda pautas como liberação das drogas ou homo afetividade? Que risco traz essa simplificação e sua tão propagada assimilação por parte de grupos poderosos?
Parabéns à Folha por sempre dar espaço ao contraditório, mesmo isso sendo repudiado pela maioria de seus leitores autoritários e de ideia fixa. E sobre o artigo: parece que há uma ansiedade descontrolada - que não é nada cientÃfica - do DataFolha em forçar uma interpretação em nome de ranços ideológicos, isso é extremamente preocupante.
Eita, VinÃcius e Pedro, isso dava muita prosa, hein? Mas valeu, texto muito claro e preciso, evidenciando de modo respeitoso os limites que pode haver numa pesquisa bem feita como a do Datafolha, por escolhas realizadas a priori pelos pesquisadores e por chaves analÃticas decorrentes. Isso sim é discutir pesquisa polÃtica. Agradeço demais a reflexão!
Jornalistas da Folha chamando os autores do artigo de fascistas/racistas, "como mostra o Datafolha", em 3, 2, 1...
Texto tão “esclarecedor”,quanto as pesquisas.
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