Suzana Herculano-Houzel > Sem doutorandos, sem ciência Voltar
Comente este texto
Leia Mais
moro numa cidade brasileira 'media' com cerca de 150 mil pessoas; os vereadores recebem 12 mil reais para frequentar duas sessoes semanais na camara - fora pequenas vantagens como combustivel etc etc ; alguns dos representantes eleitos nao tem segundo grau mas tomam decisoes que afetam a vida de todos ; preciso falar dos ganhos dos estaduais ou federais ou senadores ? enquanto isso as escolas ...
Estránhável que a doutora bióloga neurocientista desconheça a gritante diferença entre os sálários - todos eles- pagos a cientistas, aliás, pagos a todos os trabalhadores das periferias e os recebidos pel.os privilegiados das classes nos paÃses de centro, no caso, os EUA são as forças de mercado, professora. A diferença a maior paga nos states são retirados dos que ganham misérrias nas periferias.Como disse, vergonhoso é quem não se manifesta, apenas consente, os que foram faturar bem mais
Artigo cirúrgico. Sem financiamento adequado, o paÃs continuará marionete nas mãos das grandes potências que investem em Ciência e Tecnologia. Os pesquisadores deveriam ser considerados como servidores públicos e receber muito bem para este trabalho.
Interessante, hoje falei com o meu orientador no mestrado que me convidou a prosseguir com a pesquisa em um doutorado. Ao ler esse artigo deparei-me com a realidade! No Brasil você não recebe um certificado de conclusão na pós-graduação, mas sim a indicação para a canonização. É tanta abnegação que tornaram a vocação cientÃfica em caminho para santidade. "O tempora, o mores!".
Fazer doutorado em ciência pra quê? Aqui no Brasil, o cara faz um cursinho de direito por correspondência e já sai exigindo ser chamado de doutor.
Fazendo uma conta de padaria, parece que o valor caiu muito com o tempo. Quando fazia mestrado (não doutorado) no finalzinho dos anos setenta, recebia 14 mil cruzeiros. Usando uma poupança, comprei no mesmo ano um Passat 1.6 com 3 anos de uso por 80 mil. Como um Gol com 3 anos é um pouco mais de 40 mil hoje, a bolsa equivalente seria de 7 mil reais.
Análise consistente e precisa. Eu também recomendo jovens cientistas a trabalharem fora do Brasil, onde a ciência é supervalorizada, há investimentos em laboratórios e bibliotecas, etc. O governo bozofrênico, foi promovido de ignorante a estúpido, mostado na pandemia e na depredação da Amazônia. No mundo, onde cientistas e professores são xingados? Assim se constrói um paÃs de futuro? Jovens cientistas fugam do Brasil. Até população está se lixando pra vocês.
Só me resta agradecer à professora pelo belo e transparente artigo. Fala-se a verdade nua e crua e expõe-se a realidade e a tragédia acadêmica brasileira dentro das universidades públicas, responsáveis por levar a ciência e a pesquisa nas costas. Recebendo menos do que 2 salários mÃnimos - quando se consegue bolsa! - e não tendo a mÃnima valorização, doutorandos, muitas vezes, ficam "na mão" de professores que não costumam , de há muito, colocar e "roçar" a barriga na bancada.
Bom artigo. Faltou mencionar as regras ocultas que existem nos concursos para professores das uni públicas.
Raul conhece bem a realdade das públicas? È do ramo, ou está reproduzindo maledicência para queimar as universidades públicas, que se dedicam à pesquisa cientÃfica? E os oligarcas das particulares, que hoje fazem seleção ideológica de professores?
Se essa senhora saiu do doutorado dela eu também saio! Do contrário ela só quer reduzir concorrência, ao desestimular os outros!
Obrigado, Suzana. Excelente artigo, mais claro, impossÃvel.
A bolsa de doutorado 1 da Fapesp é R$ 3.462,60 e de doutorado 2 é R$ 4.285,50. Valores bastante superiores aos equivalentes federais. Ou seja, o descaso do governo Bolsonaro com respeito à ciência piora a crise no setor, comparado com os Estados Unidos. No Brasil as universidades que ensinam gerando conhecimento (essenciais) são públicas e hoje sujeitas à polÃticas tacanhas realizadas por governantes insensatos (para dizer o mÃnimo).
Aumentar a remuneração de doutorandos por si só não significa necessariamente avanço cientÃfico ou redução do subdesenvolvimento!! Bolsistas são mal remunerados sim. Assim como advogados, engenheiros, arquitetos, etc. uma das principais razões é é o subdesenvolvimento do estado brasileiro. O investimento em ciência é fundamental, mas a forma que os argumentos foram colocados no texto dão a entender que o investimento em bolsistas, por si, é capaz de tirar o Brasil do subdesenvolvimento.
Sim, André. É um investimento importante, sem sombra de dúvidas. Só que a comparação com paÃses desenvolvidos como EUA é um argumento frágil pois coloca quase todas as profissões no Brasil em condição de inferioridade. Veja por exemplo a abissal diferença salarial média de um advogado ou engenheiro brasileiro em relação a um colega dos EUA. Em suma: bolsistas brasileiros são vÃtimas do subdesenvolvimento como todo mundo!
??? Mas investir em ciência é investir em quem faz ciência!!! E como explicado no artigo, são os alunos de doutorado e pós-doutorado que a fazem no Brasil.
Creio que o incentivo deveria ser baseado na própria realeza da ciência, não em moeda. Estou finalizando meu doutorado mês que vem, bolsa por 16 meses, dois filhos e mãe solo. E dedico minha pesquisa ao meu pais. Obrigada aos professores doutores que me orientaram.
OûOûOûOûOûOûOûOûOûOûOûOû
Não dá pra questionar. Como convencer um profissional graduado e mestre a receber o equivalente a 2 salários mÃnimos pra fazer doutorado. Mas acho que isso polÃtica de governo. Esse que tá aà veio pra destruir. Fato 1. Fato 2 mencionado é de que professor no Brasil tem que dar 12 ou mais hs aula por semana. Não é igual nos EUA. Não sobra tempo. Outra coisa, trabalho de laboratório é uma coisa; de campo é outra. Ou seja, sem doutorando nossa pesquisa vai acabar.
Perfeita sua análise.
Busca
De que você precisa?
Fale com o Agora
Tire suas dúvidas, mande sua reclamação e fale com a redação.
Suzana Herculano-Houzel > Sem doutorandos, sem ciência Voltar
Comente este texto