É correto que os ricos financiem a educação dos mais pobres. Filhos dos ricos brasileiros estudam em universidades americanas e europeias. Então, se queremos que eles financiem de fato, só tributar lucros e dividendos, fortuna e herança. O resto é perfumaria.

Acredito ser viável a elaboração de cadastros, baseados no IRPF, demonstrando a incapacidade financeira de arcar com a.mensalidade universitária. Os cadastros bancários procuram demonstrar a capacidade de amortizar financiamentos. Neste caso, o caminho é inverso. Demonstrar a incapacidade de pagamento. Estes não pagariam as suas mensalidades/matrículas. Oa demais pagarão os ônus dos cursos sem privilegiamento algum.

- Eu sou favorável à que os alunos de classe média alta paguem, durante o curso ou depois, claro que isso deve ser discutido por toda à sociedade.

A legislação atual já permite, com uma regulamentação específica, cobrar imposto de quem recebe uma renda sob a forma de serviço (educação gratuita). A sugestão do colunista, então, seria meramente postegar essa cobrança para após a formatura. Creio que seria mais simples e mais justo que a cobrança se fizesse concomitantemente. O valor do serviço seria lançado na declaração anual e submetido à tabela progressiva.

Vou deixar de assinar a Folha, por causa dessa matéria. Ingenuidade não pode ser, então, é só pra "causar"? As matérias não precisam passar por um(a) editor(a)? Pra ler ideia estapafúrdia, basta ir às redes sociais. O que esse texto acrescenta ao assunto? O que o estrategista tributário que redigiu essa fantasia propõe que se faça com o enorme número de desempregados egressos das universidades públicas brasileiras? Francamente... Não é por acaso que não existe imposto parecido em país nenhum.

Enquanto for necessário trabalhar de janeiro até quase o final de maio para pagar os impostos cobrados no país, defender a implantação de qualquer outro imposto não tem explicação racional que convença. O problema está em utilizar corretamente o que já é cobrado. As celeumas citadas no começo do artigo talvez não se resolvam no período de vida de quem está lendo este comentário. Um sistema tributável just provavelmente não vai existir enquanto houver o Brasil.

O IR já é progressivo (embora pudesse ser mais). Mas há brechas como médicos que não dão recibo, ou firmas de advocacia que pagam dividendos isentos a seus sócios. O IR é realmente eficiente sobre os assalariados.

Tudo será honrado como a devolução do FIES.

Fiz o maior sacrifício na vida para estudar. Recomecei a estudar por incentivo de uma colega de trabalho, nunca mais a vi. Gratidão eterna. Fui impedida, de ingressar no Ginásio Castro Alves em Cornélio Procópio, por falta de certidão de nascimento. Fiz supletivo do ginásio e do colegial; faculdade particular .Mas, sou contra a cobrança. Direitos não devem ser suprimidos. Não suprima nenhum direito jamais. Quem se sobressaiu na vida ,estudando em escolas públicas, que retribuam em doações...

Eu entendo seu ponto! Só que propor pagar mais IR em um País no qual renda é sinônimo de salário e lucros e dividendos não são tributados é uma piada de mal gosto. Entretanto há cursos que são de fato muito caros e agregam muito valor aos seus egressos e que mesmo aplicando política de cotas acabam distantes da população de baixa renda. É o caso de medicina. Para este defendo que o egresso de Escola Pública deveria concordar com um serviço civil obrigatório no SUS por pelo menos 03 anos.

Sejamos francos, isso é prioridade, tirar recursos públicos da educação superior que funciona no país? E se sabe que vai excluir muita gente dos bancos universitários. Essa proposta do IR é ridícula, o cidadão paga IR pela tabela progressiva, se a renda é mais alta paga mais, numa tabela congelada com inflação alta. Enquanto isso continua a isenção de IR sobre ganhos auferidos com dividendos.

O ensino tem que ser público, de qualidade e gratuito em todos os níveis. Nas universidades públicas o que se pode desejar é uma contrapartida dos formandos em forma de serviço obrigatório à nação. Um exemplo seria o Projeto Rondon. Se o filho do médico que quer herdar a clinica do papai tiver que servir em Rondônia por 2 ou 3 anos, pode ser que o papai prefira pagar uma escola particular, liberando vagas para quem precisa.

Apoiaria vincular IR com recursos dirigidos a universidades e centros de pesquisa. Incrementar impostos para reembolso discordo também. O que fazem os formados em boas escolas ao longo da vida? Pagam impostos, planos de saúde e ajudam a desenvolver a economia. Em geral, profissionais que promovem ao menos a difusão tecnológica e melhorias na administração. Procurem outras fontes, por exemplo, em grandes fortunas e exploradores extrativistas de recursos e mercados.

Por que então não defender a incidência do imposto de renda sobre o lucro das empresas?

Se declarou a favor das três só para pedir licença de levantar a ultra-liberal bandeira da cobrança nas universidades públicas. Quero ver os artigos sobre os outros dois temas, amanhã e depois, ok?

Hélio, você é um ótimo cronista, mas sua ideia, com o devido respeito, é esdrúxula. Não há viabilidade de acompanhamento e fiscalização desse plus de imposto de renda e, isso você deve saber, se não há como fiscalizar, até as pessoas santas sonegam.

Parabéns Hélio! Vc acabou de inventar a tabela progressiva do Imposto de Renda. Chegou só um pouco atrasado.

As(os) professoras(es) tem perdas salariais históricas e seria justo aumentar o Imposto de Renda pelo aperfeiçoamento acadêmico, como mestrado ou doutorado? Qual o aumento significativo? Eu sou professor e conclui o mestrado acadêmico. Sabe quanto é o "aumento significativo": 10% em cima do salário. Quem guanha R$ 4.000 no total tem um aumento de R$ 400 (Quatrocentos Reais). Quem ganha R$ 5.000 aumenta R$ 500 (Quinhentos Reais). Grau de estudo não aumenta significativamente o nosso salário.

Perfeito, Hélio!

Tributar pessoas físicas que alcançam uma universidade, um absurdo. Se for bem usada. Com transparencia. Não há necessidade de cobrar mensalidade. Mas se político for emprego e poder juntar 2 aposentadorias... vai faltar mesmo cash.

Que haja cobrança sim, mas do ART. 214 da CF ! Cobrar mensalidade pra encher as burras dos gestores políticos, feito balcão de negócios no MEC ... Sugestão rasteira com falso entendimento, que irá resolver um problema que é crônico, o desvio de verbas públicas da educação, saúde ... Cobrar a decência ... a ética no serviço público !

Finalmente uma ideia razoável para essa questão! Parabéns, Hélio!

Aprimorando: seria razoável também cobrar algo do aluno que entra, desiste e queima uma vaga. Sem isso os estudantes que tiveram sucesso subsidiariam os que desperdiçam.

Solução muito simples para questão tão controversa.