Alvaro Costa e Silva > Luiz Carlos Maciel era o anti-influencer Voltar
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O Maciel era uma figura, hein, sêo Ãrvo? Eu só o li mais extensamente numa edição completa d'O Pasquim, e adorei. Vi-o algumas vezes na TV, li alguns escritos esparsos contemporâneos a mim, sempre cabeção, sempre instigante. Mas creio que essa estorieta de "influencer" é tão descabida que até desmerece: uai, "influência" até uma vela acesa exerce, um pedaço de cristal, um baralho de tarô. Esse povo aà é que nem "socialite": quer dizer coisa nenhuma, mais ou menos como o conteúdo da cabeça.
Quando adolescente, aguardava ansioso a hora de ler O Pasquim, onde Luiz Carlos Maciel tinha uma coluna fixa. Não curtia seus escritos, achava-os herméticos e destinados para iniciados naquilo que era rotulado de contracultura. Tempos atrás assisti a um documentário onde Tarso de Castro, aflito pela falta de material para completar uma edição, argumentou para um censor que liberasse a publicação de uma poesia de LCM, pq ninguém ia entender mesmo. E o próprio LCM foi quem narrou o episódio.
Hahahahah, excelente, essa!
Era um ótimo sujeito. Meio avoado, vivia em outra dimensão. Fomos colegas em uma turma de aikidô. Era aficcionado pelo Carlos Castaneda. Era casado com uma linda atriz que perdeu a voz, Maria Claudia. No fim da vida, sofreu muito, fisicamente e materialmente, reclamou de um bom emprego que não tinha e teve que se mudar de um confortável apartamento na Joao Lira, na quadra da praia, no Leblon. Não merecia o que sofreu.
Luiz Carlos Maciel, Ana Maria Bahiana e Ezequiel Neves eram três bons motivos para se ler O Pasquim. Tudo o mais que vinha junto era brinde.
Ôôô, Valter, tantas vezes discordo do Hermes aqui na Ãgora, mas faço um unÃssono: tinha tanta coisa excelente... A quem interessar, mais simples e delicioso do que a Hemeroteca, creio que deve dar pra encontrar uma edição em três volumes do Todo o Pasquim, em formatão, na estante virtual, por um valor que não arranca o couro.
Millôr Fernandes, Paulo Francis, Ivan Lessa, Sérgio Augusto e tantos outros eram só brinde??? Quem quiser conhecê-los (ou relembrá-los) é só consultar a Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional.
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