João Pereira Coutinho > Profusão de gênios sem talento é a expressão da nossa decadência cultural Voltar

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  1. E Tavares

    É do nosso tempo, JPC. Só se pode falar mal de autoridades. Demais, apenas caça ao empaticismo. Veja, ninguém falece no país. Infelizmente perde a vida ou entra em óbito.

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  2. José Flavio

    Excelente, caro João. A mediocridade aqui no Brasil está mais forte do que nunca. Num país recém-saído do analfabetismo extremo, com ainda muitos analfabetos funcionais, acha que pode distribuir cotas para cargos e ofícios intelectuais.

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  3. sergio ribeiro

    Existem críticas e críticas. O fato de uma crítica ser destrutiva não significa necessariamente ser boa. Temos também vários exemplos de filmes e peças de teatro que foram malhadas em seus tempos e depois acabaram celebradas. Um caso clássico é o dramaturgo Nelson Rodrigues, realmente incompreendido em seu tempo.

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  4. Ricardo Valle Aleixo

    Li outro dia artigo em que se abordava o empobrecimento de nosso vocabulário diante da tecnologia. Escrever um blog sem colocar imagens o tornam menos interessante. Pinterest e Instagram redes para divulgar imagens, Youtube, Tik tok e outras redes para divulgar filminhos. As pessoas escrevem cada vez menos, seu vocabulário diminui muito e sua cognição acompanha essa redução devido a impossibilidade de ideias mais apuradas e requintadas serem criadas com menor cultura léxica. Andamos de ré?

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  5. ROBERTO CEZAR BIANCHINI

    Acho que o Coutinho não acompanha o que aconteceu nos EUA. Esta atitude dos policiais de Uvalde gerou um dilúvio de críticas.

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  6. Raimundo Carvalho

    Apesar de concordar com o diagnóstico, acho esse argumento de decadência muito fraco. Essa história de que antigamente era melhor não tem base real. É só uma projeção fantasiosa do passado.

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  7. Raymundo De Lima

    Na esteira da crítica frouxa às peças de teatro mencionada, que tal também investigar as participações de membros de bancas de mestrado e doutorado, em Portugal e Brasil? Ou atualmente temos muitos gênios no meio universitário, que sabem usar muito bem a linguagem escrita, ou vivemos um acovardamento dos Doutores, para criticar os textos medíocres ou ruin?

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  8. Carlos Victor Muzzi Filho

    No Direito, o mesmo mal: hostes de “juristas”, que assinam manifestos a torto e a direito (ou seria à esquerda?). O que não deixa de ser lógico: em um país com milhões de bacharéis em Direito, não é absurda a existência de centenas de milhares de “juristas”…

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  9. José Felipe Ledur

    Câmera de horrores? Sei que o "corretor" apronta para quem escreve. Mas diante dos reiterados erros, jornal deveria submeter textos a bom tevisor dos velhos tempos.

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  10. marcelo duarte

    vc tem razão. a banalização da genialidade é o mal do início deste século.

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  11. RAFAEL VICENTE FERREIRA

    Continuando: No capitalismo e no neoliberalismo o mercado sempre vai vencer a cultura. Ela por sua vez, vai querer se vender. Aí, pra que talento se o consumidor sempre engole o "gênio" que o mercado quer?

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  12. RAFAEL VICENTE FERREIRA

    Onde a indústria cultural coloca seus tentáculos o talento dá lugar aos "gênios" eleitos por ela para vender, às vezes, produtos q se assemelham a cultura. Se assemelham! Na verdade costumam ser apenas artefatos de consumo. Aqui por exemplo: um(a) colunista comenta e indica um livro (vai saber porque!) a um incauto leitor q não se dá conta de q foi eleito pelos algorítimos para consumir este produto "cultural". No jogo onde todos se deixam enganar (editores, críticos, leitores), vence o mercado.

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  13. RODRIGO DORNELLES

    Há tempo não lia uma conclusão tão equivocada.

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  14. Júlio Pedrosa

    A crítica de arte (incluindo-se aqui a literária) está nos estertores e caminha para o fim, que parece ser a segmentação identitária. Recentemente um autor teve seu livro analisado e comentado nesta FSP, e a crítica negativa causou frenesi, acalmado em parte após se ficar sabendo que o crítico é do mesmo grupo identitário do autor e não se viu na obrigação de louvar um romance, que considerou ruim, apenas por ser do mesmo grupo do autor.

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  15. José Costa

    Estamos seduzidos diante desse leque que vai da mediocridade à barbárie.

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  16. Nilton Silva

    Como pode haver crítica, se mesmo neste veículo o que se vê é uma profusão de colunistas escrevendo pra "convertidos" em busca de aplausos fáceis. Assim ficam todos parecendo geniais, tanto os leitores quanto os autores. Por óbvio que não me refiro ao colunista, que ao final ainda toca numa questão que os "convertidos" não gostam muito de encarar.

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  17. Rafael de Carvalho Cardoso

    Pode até ser déficit cognitivo da minha parte, mas não entendi o paralelo que o colunista quis traçar. Que ponto de contato há entre a ausência de uma crítica bem fundamentada e intelectualmente honesta àquela feita à violência policial? No fim, ainda pontuou que o espírito do tempo clama pela abolição da polícia ou por seu sufocamento financeiro. Sinceramente, penso que esse aventado espírito do tempo consagra justamente o oposto, basta ver o discurso do Presidente recém-eleito.

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    1. Celso Augusto Coccaro Filho

      Quanto ao seu comentário sobre o meu comentário, apenas peguei o gancho para levantar uma suposição sobre algum nexo etiológico entre os textos. É claro que a violência profissional deve ser permanentemente reprimida. Concebi a paralisia no âmbito da crítica generalizante às ações policiais. Também há avaliações que não são de bom tom, elogiando invariavelmente o policial agressor. Enfim, mera divagação, desculpe pela desastrada intromissão.

    2. Celso Augusto Coccaro Filho

      Um possível liame talvez repouse na atual retração do pensamento autônomo e crítico, substituído pela platitude padronizada de bom tom. Assim, falar bem de uma obra ruim apenas porque aborda alguma temática identitária equivaleria a não apoiar uma ação policial necessária, porque é cult tripudiar das ações policiais. Algo assim, e o resultado é paralisante nos dois casos, no primeiro da inteligência e no segundo da segurança pública.

    3. sergio marcone da silva santos

      Ele abordou dois assuntos distintos, o 1) e o 2)

  18. Celso Augusto Coccaro Filho

    Ora, e quem reconhece qualidade no que lê (se é que lê)? O que vale hoje em dia é outro tipo de crítica, a exemplo do que se faz com a obra de Monteiro Lobato. A invasão dos bárbaros ocorreu de novo, eles se concentraram nas mídias sociais e vandalizaram a inteligência humana. Vamos ter que esperar um novo Renascimento. Quem custodiará o conhecimento humano por uns mil anos?

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    1. Rafael de Carvalho Cardoso

      Eventuais excessos na atuação policial, severamente criticados e apontados pela imprensa, e, quando possível, coibidos pelo Judiciário, não representam em momento algum "platitudes padronizadas de bom tom", tampouco uma defesa à abolição da atividade policial ou ao seu sufocamento financeiro. Se possível empobrecimento intelectual pode ser imputado à crítica literária ou artística, o mesmo não pode ser feito à atenta fiscalização da atividade policial, tão necessária e importante.

  19. Robson Simões

    Análise perfeita. Como exemplo o " cardápio" de filmes B e ate C que a Netflix disponibiliza e ainda tem supostos entendidos recomendando alguns nas redes sociais.

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    1. Luiz Alberto Brettas

      Pior, Robson...

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