João Pereira Coutinho > Profusão de gênios sem talento é a expressão da nossa decadência cultural Voltar
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É do nosso tempo, JPC. Só se pode falar mal de autoridades. Demais, apenas caça ao empaticismo. Veja, ninguém falece no paÃs. Infelizmente perde a vida ou entra em óbito.
Excelente, caro João. A mediocridade aqui no Brasil está mais forte do que nunca. Num paÃs recém-saÃdo do analfabetismo extremo, com ainda muitos analfabetos funcionais, acha que pode distribuir cotas para cargos e ofÃcios intelectuais.
Existem crÃticas e crÃticas. O fato de uma crÃtica ser destrutiva não significa necessariamente ser boa. Temos também vários exemplos de filmes e peças de teatro que foram malhadas em seus tempos e depois acabaram celebradas. Um caso clássico é o dramaturgo Nelson Rodrigues, realmente incompreendido em seu tempo.
Li outro dia artigo em que se abordava o empobrecimento de nosso vocabulário diante da tecnologia. Escrever um blog sem colocar imagens o tornam menos interessante. Pinterest e Instagram redes para divulgar imagens, Youtube, Tik tok e outras redes para divulgar filminhos. As pessoas escrevem cada vez menos, seu vocabulário diminui muito e sua cognição acompanha essa redução devido a impossibilidade de ideias mais apuradas e requintadas serem criadas com menor cultura léxica. Andamos de ré?
Acho que o Coutinho não acompanha o que aconteceu nos EUA. Esta atitude dos policiais de Uvalde gerou um dilúvio de crÃticas.
Apesar de concordar com o diagnóstico, acho esse argumento de decadência muito fraco. Essa história de que antigamente era melhor não tem base real. É só uma projeção fantasiosa do passado.
Na esteira da crÃtica frouxa à s peças de teatro mencionada, que tal também investigar as participações de membros de bancas de mestrado e doutorado, em Portugal e Brasil? Ou atualmente temos muitos gênios no meio universitário, que sabem usar muito bem a linguagem escrita, ou vivemos um acovardamento dos Doutores, para criticar os textos medÃocres ou ruin?
No Direito, o mesmo mal: hostes de “juristas”, que assinam manifestos a torto e a direito (ou seria à esquerda?). O que não deixa de ser lógico: em um paÃs com milhões de bacharéis em Direito, não é absurda a existência de centenas de milhares de “juristas”…
Câmera de horrores? Sei que o "corretor" apronta para quem escreve. Mas diante dos reiterados erros, jornal deveria submeter textos a bom tevisor dos velhos tempos.
vc tem razão. a banalização da genialidade é o mal do inÃcio deste século.
Continuando: No capitalismo e no neoliberalismo o mercado sempre vai vencer a cultura. Ela por sua vez, vai querer se vender. AÃ, pra que talento se o consumidor sempre engole o "gênio" que o mercado quer?
Onde a indústria cultural coloca seus tentáculos o talento dá lugar aos "gênios" eleitos por ela para vender, à s vezes, produtos q se assemelham a cultura. Se assemelham! Na verdade costumam ser apenas artefatos de consumo. Aqui por exemplo: um(a) colunista comenta e indica um livro (vai saber porque!) a um incauto leitor q não se dá conta de q foi eleito pelos algorÃtimos para consumir este produto "cultural". No jogo onde todos se deixam enganar (editores, crÃticos, leitores), vence o mercado.
Há tempo não lia uma conclusão tão equivocada.
A crÃtica de arte (incluindo-se aqui a literária) está nos estertores e caminha para o fim, que parece ser a segmentação identitária. Recentemente um autor teve seu livro analisado e comentado nesta FSP, e a crÃtica negativa causou frenesi, acalmado em parte após se ficar sabendo que o crÃtico é do mesmo grupo identitário do autor e não se viu na obrigação de louvar um romance, que considerou ruim, apenas por ser do mesmo grupo do autor.
Estamos seduzidos diante desse leque que vai da mediocridade à barbárie.
Como pode haver crÃtica, se mesmo neste veÃculo o que se vê é uma profusão de colunistas escrevendo pra "convertidos" em busca de aplausos fáceis. Assim ficam todos parecendo geniais, tanto os leitores quanto os autores. Por óbvio que não me refiro ao colunista, que ao final ainda toca numa questão que os "convertidos" não gostam muito de encarar.
Pode até ser déficit cognitivo da minha parte, mas não entendi o paralelo que o colunista quis traçar. Que ponto de contato há entre a ausência de uma crÃtica bem fundamentada e intelectualmente honesta à quela feita à violência policial? No fim, ainda pontuou que o espÃrito do tempo clama pela abolição da polÃcia ou por seu sufocamento financeiro. Sinceramente, penso que esse aventado espÃrito do tempo consagra justamente o oposto, basta ver o discurso do Presidente recém-eleito.
Quanto ao seu comentário sobre o meu comentário, apenas peguei o gancho para levantar uma suposição sobre algum nexo etiológico entre os textos. É claro que a violência profissional deve ser permanentemente reprimida. Concebi a paralisia no âmbito da crÃtica generalizante à s ações policiais. Também há avaliações que não são de bom tom, elogiando invariavelmente o policial agressor. Enfim, mera divagação, desculpe pela desastrada intromissão.
Um possÃvel liame talvez repouse na atual retração do pensamento autônomo e crÃtico, substituÃdo pela platitude padronizada de bom tom. Assim, falar bem de uma obra ruim apenas porque aborda alguma temática identitária equivaleria a não apoiar uma ação policial necessária, porque é cult tripudiar das ações policiais. Algo assim, e o resultado é paralisante nos dois casos, no primeiro da inteligência e no segundo da segurança pública.
Ele abordou dois assuntos distintos, o 1) e o 2)
Ora, e quem reconhece qualidade no que lê (se é que lê)? O que vale hoje em dia é outro tipo de crÃtica, a exemplo do que se faz com a obra de Monteiro Lobato. A invasão dos bárbaros ocorreu de novo, eles se concentraram nas mÃdias sociais e vandalizaram a inteligência humana. Vamos ter que esperar um novo Renascimento. Quem custodiará o conhecimento humano por uns mil anos?
Eventuais excessos na atuação policial, severamente criticados e apontados pela imprensa, e, quando possÃvel, coibidos pelo Judiciário, não representam em momento algum "platitudes padronizadas de bom tom", tampouco uma defesa à abolição da atividade policial ou ao seu sufocamento financeiro. Se possÃvel empobrecimento intelectual pode ser imputado à crÃtica literária ou artÃstica, o mesmo não pode ser feito à atenta fiscalização da atividade policial, tão necessária e importante.
Análise perfeita. Como exemplo o " cardápio" de filmes B e ate C que a Netflix disponibiliza e ainda tem supostos entendidos recomendando alguns nas redes sociais.
Pior, Robson...
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