Blogs Morte Sem Tabu > Câncer: o mal que tenho Voltar
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Tive câncer em dois mil e sete. E o maior milagre nem foi a cura, mas, Alguém, do outro lado do Universo,Céu, não me querendo lá, , ter me avisado, para fazer autoexame. Fiz e detectei o nódulo.Era invasivo. Cirurgia, quimio, radio, tamoxifeno cinco anos, e estou aqui. Gratidão aos profissionais da Saúde, aos cientistas, ao vendedor da farmácia;gratidão ao meu Anjo da Guarda e ao São Padre Pio.Em nenhum momento temi a morte. Preconceito...segue!
Preconceito: fui prejudicada no trabalho em relação a doença. Naquele perÃodo não pedi a Deus a cura, pedi para não tirar nenhum dia de licença médica.Fiz a cirurgia em férias. SaÃa mais cedo para tomar quimioterapia e no outro dia estava trabalhando. os efeitos davam no domingo. Idem nas quase trinta rádios. Em nenhum momento temi o câncer. Abençoados remédios. Gratidão,Deus por me deixar mais uns trinta anos na terra.
Belo diálogo! Afirmar a existência da morte como uma parte fundamental da vida permite a vivência das pequenas mortes diárias. As pequenas mortes são as perdas e a aceitação das nossas vulnerabilidades, o que permite a conexão com o humano, frágil e mortal que nos habita. Quando a Morte é negada ela aparece de outras formas. A cultura atual nega a morte, crê q os recursos naturais são infinitos, vê o envelhecimento como inimigo e atua com um capitalismo sem balizas, que cresce como um câncer.
Excelente texto, grato
Obrigada Cynthia. Obrigada Igor.
Sem palavras! Devorei o texto como há muito não lia um. De cabo a ramo e sem leitura dinâmica.
Minha filha , aos 31 anos de idade foi diagnosticada com câncer de mama . Fez quimioterapia, cirurgia, radioterapia e, conforme os médicos, está bem .É minha esperança. Eu não sou médico para avaliar . Há mais de dois anos que não a vejo . Ela não mora no Brasil Assim como milhares de jovens pesquisadores, mestres, doutores ,ela...foi embora !
Saúde para la. Autoexame sempre. Tive em dois mil e sete, na me e cá estou.
BelÃssima entrevista e matéria.
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