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Marcos Benassi
Michael, caríssimo, que bela análise: sem nada de pretensiosa, fez integralmente o circuito psico-sócio-econômico-contextual que marca as diferenças de percursos de quem tem grana na família e de quem não tem. Isso dá pano pra tanta manga de compreensão e intervenção no fenômeno das assimetrias entre gentes, que poderia ser um roteiro pronto. E a música/clipe, mano, que graça: duma singeleza tocante, vou até procurar mais do artista. Valeu, Bro, fiquei feliz de ler - deve ter dado bom debate.
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Adailton Alves Barbosa
- Michael seu texto é fidedigno, como País temos muito o que avançar, me senti representado nesse texto.
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José Cardoso
Aí depende de cada um. Já conheci um filho de taxista, que de gerente passou a diretor da empresa, enquanto um filho de médico rico e sobrinho de político mais rico ainda acabou despedido, depois de pouco tempo num cargo de chefia.
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José Cardoso
Valtair, o texto não cita números. Como muita gente pode lembrar de casos com os que citei, as exceções não são poucas.
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valtair noschang
Meu amigo, o que tu refere são exceções. O texto aborda tendências gerais e não experiências isoladas. Sempre que quiseres avaliar tendências e estatísticas, foque no comumente acontece e não em casos isolados. É má-fé ou pura ingenuidade tentar desacreditar abordagens pensadas sobre tendências gerais com casos isolados.
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carlos cardillo
Fazer uma universidade é uma das poucas chances (não garantia) que o filho do porteiro terá para melhorar um pouco de vida. O filho do filho poderá melhorar um pouquinho mais e assim sucessivamente. É um trabalho para gerações e não creio que algum dia atinja a equiparação plena. Mas o conhecimento adquirido propaga no meio em que se vive. Se não abrir portas pelo menos ajuda a abrir as mentes.
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marcos fernando dauner
hoje, numa reportagem na FSP um empresário do setor de roupas disse que fabricava cinco mil camisas por mês. a preço acessível agora fabrica apenas mil camisas em seis meses, a quinhentos e cinquenta reais cada .
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marcos fernando dauner
nos países escandinavos a filha do porteiro e a filha do executivo da Volvo/Scania/Nokia frequentam a mesma sala de aula no jardim de infância . Na Finlândia a primeira ministra vai ao trabalho de metrô . Aqui o genocida vai de carro blindado e dez batedores de moto
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Marcos Benassi
Caro Marcos, eu advogo a idéia, um tanto quanto arbitrária, mas defensável, de que filho de político com mandato deveria estudar em escola pública, obrigatoriamente. Suspeito que teríamos uma revolução educacional. E o impacto social da convivência, tal como você mencionou acima, também seria, provavelmente, bruto.
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RAFAEL THEODORO DA SILVA
E? O que fazer? Qual a solução? As políticas sociais são um avanço, todavia capital social e cultural deriva de um de história de vida, não tem jeito.
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ROBERTO GENERALI BURGESS
Pra variar, o Michael faz um bom diagnóstico, mas não sugere soluções. É sempre assim.
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Marcos Benassi
Pra bom leitor, o roteiro da solução está todo ali.
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Elizabeth Nunes
Filho de porteiro não tem padrinho, essa é a diferença
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Paulo César Santos
O integrante da base da pirâmide social enfrenta dificuldades para sair de sua classe social e mesmo com graduação e pós-graduação em universidade de ponta, não consegue o sucesso do filho do membro da elite, porque não tem idênticas relações sociais, profissionais e culturais. Outro grave problema é que o ingresso, com a utilização de cotas, para o Mercado Econômico, não constitui mérito, mas auxílio estatal não qualificável. Tudo conspira contra o filho do porteiro! Excelente artigo!
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Jorge Wilson
É evidente que quem tem origem social mais privilegiada tem mais chances de construir um futuro profissional melhor. Contudo, é um erro do autor achar que isso é exclusividade do Brasil. Nos EUA, por exemplo, é muito mais fácil um filho de milionário entrar numa Ivy League do que uma pessoa de classe média, mesmo tendo a mesma educação. Inclusive por causa de indicações, endowements etc, coisas que no Brasil não existem. Até prova em contrário, ninguém consegue entrar na USP por ser rico.
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Luciana Monteiro de Moura
Primeiro, agradeço o carinho em responder meu comentário. Mas discordo neste ponto. Pessoas ricas são maioria por terem estudado em escolas muito melhores do que as que tive acesso. O abismo é enorme e eu senti na pele. Espero que tenha melhorado. Me sentia completamente deslocada e vivi tapando os buracos da educação escolar falha que tive. Nível cultural profundamente diferente. Pra isso banquei minhas viagens e cursos com meu trabalho, o que os filhos da elite não tem fazer. Custou a saúde.
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Mario Edgar Grin Ferreira
Muito boa a análise
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Graça Sette
Escolas públicas e ensino básico de qualidade é um caminho.
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Erick Santos
Excelente a análise que desmistifica o discurso da educação como salvadora das desigualdades.
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Jorge Wilson
Não salva, mas mitiga. Em qualquer país do mundo os filhos das elites serão sempre privilegiados.
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marcos fernando dauner
perguntar não ofende - a mesa é para depositar um prato de comida / um livro ou para depositar a bunda ? Eu nunca sentei em cima de uma mesa . Para isso existe um objeto chamado cadeira . Também nunca deixei meus filhos fazerem isso . E todos nós "terminamos a Universidade "
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Maria Lopes
Ótimo texto. As empresas multinacionais tendem a ser menos preconceituosas em relação a origem social, as conexões familiares que muitas vezes decisivas para obter cargos e promoções pesam menos. Nas grandes bancas de advocacia essa influência do nome e das conexões é claríssima. Se abrirem para os escritórios estrangeiros isso pode melhorar para os que não conseguem lugar no meio dos privilégios.
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Abel Edson miguel
Não é só o problema da origem e consequentemente do capital cultural, estamos no Brasil, onde acham que um médico vale mais que um pedreiro, onde bacharéis e ricos são chamados de doutores. Mas quem sabe um dia estaremos no nível do Dinamarca!
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Jorge Wilson
Na Dinamarca um filho de milionário também tem maiores chances no mercado de trabalho.
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CELSO ACACIOO GALAXE DE ALMEIDA
Você vive numa sociedade capitalista, nesse sistema sempre existirá uma minoria que viverá da exploração do trabalho alheio, a origem não é cultural, é econômica, diferente do Escravismo ou do Feudalismo a mobilidade social existe, o que não significa o fim da exploração do trabalho, ou se luta por um novo Modo de Produção, ou toda queixa vai soar falsa, bem a gosto do subjetivismo identitário/pós moderno!
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CELSO ACACIOO GALAXE DE ALMEIDA
Caro Marcos, tenho apreço pelos seus comentários, sei que os tempos são difíceis, nenhum avanço na direção de um mundo melhor deve ser desprezado, sou crítico do individualismo e também do corporativismo segregacionista, não acredito que tragam algo verdadeiramente novo, suas premissas são antigas e circunscritas no âmbito do sistema!
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Marcos Benassi
Não creio que, necessariamente, caro Celso, o diagnóstico que você fez leve à conclusão à qual chegou. A exploração do trabalho pelo capital, naturalizada, é de fato um problema; mas o diagnóstico crítico e as ações que se pode ter a partir dele, não precisam ser capengas como sua conclusão sugere. Podem ser, verdade, somente epidérmicas, mas podem ter mais densidade, sim.
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CELSO ACACIOO GALAXE DE ALMEIDA
É possível resolver isso quando se organiza de baixo para cima, oportunidades iguais e maior prêmio pelo esforço, tudo isso em prol do coletivo e não de indivíduos (liberalismo) ou de grupos (identitário/ culturalista) os dois últimos são apenas padrões diferentes de uma mesma sociedade, por isso, teremos que voltar ao ponto de partida, jogar fora a água e ficar com a criança !
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Jorge Wilson
No comunismo os privilegiados são os filhos dos líderes partidários.
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Vinicius Lobosco
Muito bacana a análise. A ligação cultural entre os diretores e os alunos de classe econômica privilegiada parece importar porque no favorecimento mútuo o grupo se favorece. Se quisermos ser uma nação rica, temos que ter certeza que todos os talentos são aproveitados. Todos os esforços para deixar a sociedade mais equânime importa. Força, Michael!
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Luciana Monteiro de Moura
Michael França, parabéns pelo texto conciso e cirúrgico. Infelizmente, me sinto profundamente representada por ele. Meu amado pai pedreiro faleceu orgulhoso do meu doutorado que na época se aproximava do fim. Fato é que a gente avança mas o custo/benefício jamais será o mesmo da elite.
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Marcos Benassi
Ah, que lindo, Luciana! Que bom que ele pôde vê-la "Doutora" - ou ali na portinha, quase - que alegria. E sua descendência, se houver, que faça bom proveito do seu talento e trabalho. (Esse artigo do Michael salvou o dia, tanta coisa estropiada....)
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Jorge Wilson
Não desista, seus filhos e netos já não terão as mesmas condições de desvantagem que você teve. Tirando descendentes da nobreza, todos os milionários já tiveram ancestrais pobres.
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