A Folha precisa tornar claros, aos assinantes comentaristas, seus parâmetros para atribuir, aos textos, a moderação prévia. Evitar termos chulos, agressivos e afins é, certamente, seu escopo (descritos em Termos e Condições de Uso). Mas vai além - e neste ponto não há evidências do que ela pretenda suprimir. Assim, o comentarista busca formas variadas de esquivar-se da censura. O que mais, afinal, este jornal não aceita? Elabore-se o rol completo do que é proibido!

Todo mundo tem o direito e a obrigação de expressar seus pensamentos. O que se observa na imprensa, de um modo geral, é a influência dos donos no pensamento de seus jornalistas e articulistas.

A Folha de SP vende notícias. Ao longo do tempo venho observando que peca por omissão! Em nome do quê? Do Mercado! O apoio da Folha à política ultraliberal de Guedes é evidente e agora que a nossa frágil democracia se destroça, agora que a violência impera, a Folha resolve fazer textinho politicamente correto. A mídia, que só pensa nos próprios interesses se apoia na fraca memória do povo, porém as consequências surgem por diversas vias. Pensem nisso e aprendam: os fins não justificam os meios!

Pobre do pais em que é mais fácil alterar a constituição, do que alterar o regimento interno do condomínio.

Agora todos contra ajudar os mais necessitados num momento de dificuldade mundial. Quanta hipocrisia. O Brasil está arrecadando mais do que nunca e não tem desvios, por isso está dando pra ajudar os pobres nesse momento único. As estatais dando lucro que parecia inimaginável nos governos anteriores. Parece que não enxergam a crise mundial. Eram todas as previsões e não aprendem. Parece que vivemos numa ilha.

Como disse o Luiz Cláudio aí abaixo:- AS URNAS SÃO CONFIÁVEIS, JÁ OS POLÍTICOS ... Por certo, se consultados, diriam que o crime de Foz de Iguaçu não foi político.

Não precisava de nenhuma pec p ser reeleito. Só precisa evitar a mão grande!

Se os ministros do STF, que gozam de vitaliciedade e não pedem voto, deixarem de coibir coisas escabrosas como esta, o Brasil vai entrar em anomia abissal - só nos restando rezar para que não se desencadeie uma guerra civil sangrenta e traumática. O país de Nabuco, Machado, Rondon, Darcy, Betinho, Cecília e Fernanda Montenegro terá fracassado em relação ao mínimo de decência e civismo.

Não adianta trocar o presidente se não mudarmos o congresso. Está na hora de uma campanha de conscientização do voto nas casas legislativas. Os partidos e políticos que estão ajudando o governo a destruir as instituições e o país precisam ser expostos ao público maior.

Eleito para mandato de deputado apenas, Lira passou a governar o Brasil desde que deteve o poder de deflagrar ou não o impeachment de quem efetivamente deveria governar. Está evidente que a Constituição brasileira precisa ser urgentemente revista para que se evitem as ações desmoralizantes que têm sido promovidas pelo Congresso. Mas como fazer isso com o baixo nível de qualidade dos homens públicos brasileiros e com uma população que em sua maioria não entende a importância de seu voto?

Com exceção do partido Novo, que votou contra a PEC, os demais estão perdidos e acabam presas fáceis do populismo bolsonarista. É possível que o financiamento público garantido e farto tenha aberto um fosso entre esses partidos e os eleitores.

Não há oposição - salvo raras exceções de deputados isolados partidariamente. A esmagadora maioria foi, mais uma vez, oportunista às vésperas das eleições. Insisto: as urnas são confiáveis. Os políticos, não. Como diz Ruy Castro, em outras palavras: que país é este?

A PEC é um monstrengo eleitoreiro que lança o país no limbo fiscal e institucional ao destroçar regras que inibiam o uso da máquina pública para criar resultados eleitorais. Ela não reflete - e até nega -- um plano de governo. E desde já está autorizado qualquer governo em apuros eleitorais, criar artifícios temporários pra se remediar. Um governo ruim recorre casuísmo pra vencer a eleição e assim cria condições pra ser pior ainda.

Até Paulo Guedes percebeu que a vaca sagrada dos princípios neoliberais, precisava ser tocada. O Jornal não percebe que é preciso dar um passo a trás, para avançar dois. As privatizações tão defendidas virão com o presidente reeleito.