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  1. Haymone Leal Ferreira Neto

    Não quero justificar os crimes de Putin, mas também não deve ser bacana ser gay em Kiev...

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  2. Nilton Silva

    A hipocrisia nesses casos tem nome e sobrenome: razão de estado. Nem dá pra discutir.

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  3. Luiz Candido Borges

    Esta é a semana do Coutinho louvar os "valores ocidentais" e repetir a cantilena anti-Putin. Desta vez apela para bordões velhos de décadas: 1) Onde você preferiria morar? É uma pergunta totalmente retórica, pois o questionado não tem escolha, está preso a um país colonizado econômica e culturalmente pelos EUA; 2) Os EUA são uma democracia e a Rússia uma autocracia! E o que isto tem a ver conosco? Nós vivemos numa falsa democracia a caminho da ditadura e o Coutinho nunca se preocupou.

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    1. Rafael Marques

      ele falou na semana anterior: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/joaopereiracoutinho/2022/07/uma-vez-destruida-a-democracia-da-um-trabalhao-a-recuperar.shtml

    2. Luiz Candido Borges

      Não, Euzira, não é tão simples assim... Democracia não se resume em votar a cada quatro anos, também é definida pelo quê os tais eleitos fazem e deixam de fazer durante este período, assim como do funcionamento das instituições. Deixe as teorias de lado e olhe em torno de si: não lhe parece que as próximas eleições correm o risco de serem as últimas por muito tempo? Não? É que você não prestou atenção... Em tempo: ter uma visão crítica da guerra na Ucrânia não significa apoio ao Putin.

    3. Elzira Eunice da costa

      A sua cantilena é pro- putin !! O fato de a Russia ser uma autocracia ( Putin no poder a 20 anos ) e os EUA um democracia com eleições de 4 em 4 anos não tem a ver conosco verdade!! Mas sim com as pessoas que vivem na Rússia ! Não vivemos em um falsa democracia , isso não é verdade ! Eu , vc e todo o povo brasileiro poderemos votar em quem quisermos esse ano ! Teremos uma eleição e mudança de rumo de acordo com a vontade do povo ! isso é democracia simples assim !

    4. Luiz Candido Borges

      Complementando, o Coutinho diz "A hipocrisia é imensa e eles não são hipócritas. No meu modesto entendimento, é perfeitamente possível condenar a primeira invasão e condenar também a segunda, ainda que por motivos distintos." É mesmo? Cadê os artigos do ilustre doutor condenando as invasões americanas mundo afora? Os tais "motivos distintos" são do tipo "uma levava a democracia enquanto outra a subtrai?". Quem é o hipócrita? Por favor, não entendam meus posts como apoio à invasão russa.

  4. Carolina Barros

    Acho que em certo ponto, algumas pessoas defendem o Putin, por se incomodar com essa postura ocidental de tratar as ofensas a autodeterminação dos povos dos EUA e países da Europa como defesa da democracia (área de influência econômica) e está de fora desse bloco (China, Russia e etc) como ofensas a soberania dos outros países. Razão pura seria se coisas iguais fossem tratadas com o mesmo rigor.

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  5. Carolina Barros

    Os EUA não invadiu o Iraque por conta dos absurdos de Sadam Hussein. Os mesmos EUA apoiaram Sadam quando interessou. Os EUA invadiram o Iraque porque tinha interesses econômicos no Iraque. Portanto a democracia americana não tem nada que ver com a invasão, ela teve a mesma motivação que a invasão Russa: impedir que a Ucrânia (ou parte dela) deixe de ser área de influência Russa. Respeito, mas discordo. O seu texto está longe de apresentar um argumento de razão pura.

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  6. Vito Algirdas Sukys

    Com relação à razão, Thomas Nagel, em "The Last Word" 1997, disse: "o fato de interrogar o conceito de razão usando a razão pressupõe a validade da razão". A teoria crítica sustenta que a razão, verdade e objetividade são construções sociais que justificam os privilégios de grupos dominantes. Mas Steven Pinker em "Rationality" diz que se você arguir contra a razão você perde. Também ao defender a subjetividade e dizer que tudo é relativo. Dizer que vivemos na era pós-verdade também.Kant sorri

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    1. Luiz Candido Borges

      Ô Vito, você está de gozação? Estamos falando de guerra, destruição, morte, refugiados, fome etc. na Ucrânia, Síria, Iraque, Afeganistão, Líbia, Iêmen, Palestina, Sudão e muitíssimos outros lugares, e você vem abrir o dicionário filosófico? Vai prá Lisboa beber uma ginjinha com o Coutinho!

    2. Vito Algirdas Sukys

      Pinker diz que a racionalidade deve ser a estrela guia para tudo o que pensamos e fazemos. Se você discorda, suas objeções são racionais? No entanto a esfera pública está infestada com fake news, curas de charlatães, teorias conspiratórias, e retórica de "pós-verdade". Nós enfrentamos ameaças mortais à nossa saúde, nossa democracia, e a habitalidade em nosso planeta. Vejam, por exemplo, as temperaturas na Europa neste momento. O artigo é uma boa provocação de como encaramos a razão.

    3. Vito Algirdas Sukys

      Nagel comparou seu argumento ao argumento de Descartes de que a nossa existência é uma coisa que você não pode duvidar, pois o fato de duvidar se nós existimos pressupõe a existência de quem dúvida. Interrogar o conceito de razão usando a razão pressupõe a validade da razão. Podemos achar razões para discordar da invasão da Ucrânia como também de outras invasões. Nem tudo é relativo.

  7. Maria Lopes

    Concordo com vc. É possível condenar ambas as invasões. É possível reconhecer os crimes dos americanos e os crimes dos russos. Se fosse gay ou trans obviamente preferiria viver nos EU. Melhor ainda. na Europa. Brasil é um dos mais perigosos de todos.

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  8. eli moura

    Nossa hoje o jornal abusou, pereirinha e joelzinho na mesma edição. Será que ele esqueceram que a demanda pra versão impressa e pequena? Não da mais para "acabou o papel, não faz mal, usa o jornal".

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  9. José Roberto Franco Reis

    Não se trata de defender Putin ou a Rússia de modo algum, mas a democracia americana (que tem grandes "pecados" mas ainda assim muito melhor que a autocracia russa) no que se refere a seus interesses externos não tem nada de democrata. Vê seus objetivos nacionais e geopolíticos e pronto. Fez guerra contra o ditador Sadam não por ser ditador mas por contrariar seus interesses. E por isso apóia e apoiou ditaduras sem o menor pudor.

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    1. Elzira Eunice da costa

      Todas as potencias militares e econômicas agem da mesma forma na política externa.

    2. José Roberto Franco Reis

      Luiz Borges, vc tem toda razão. Tenho posições ideológicas distintas do João Coutinho mas o respeito como intelectual e, em nome da civilidade em tempos tão obscuros, tratei-o com polidez. Mas de fato o argumento que vc ressalta em relação aos EUA ( e Europa) e suas política externa é plenamente correto.

    3. Luiz Candido Borges

      José Roberto, o seu "...reconheço que o espaço reduzido de uma coluna muitas vezes não colabora" é excessivamente generoso. O fato é, como você disse, "a democracia americana no que se refere a seus interesses externos não tem nada de democrata". Para os não-americanos isto é o essencial, todo resto é acessório. Isto inclui os europeus, que passaram a seguir mais a OTAN do que UE e estão se dando muito mal: crise econômica por falta de insumos básicos e a perspectiva de congelar no inverno.

    4. José Roberto Franco Reis

      Tom Jobim dizia que o Brasil não é para principiantes mas pode se estender tal avaliação para o mundo como um todo. Coutinho, um liberal e democrata inteligente e razoável, não é um principiante de modo algum e sabe disso, mas às vezes escorrega ou deixa de tratar certos temas com a complexidade que eles exigem. Repito, ás vezes, já que mesmo discordado dele respeito sua posições e inteligência e reconheco que o espaço reduzido de uma coluna muitas vezes não colabora.

  10. Marco Brava

    Um dia de Hélio Schwartsman por J P Coutinho. Nossa Senhora da Periquita, rogai por nós!

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  11. Raymundo De Lima

    Muito bom texto para refletir. Infelizmente os seres demasiadamente humanos não-pensam, mas agem conforme seu olhar ideológico. Não enxergam Putin como um conservador, direitista, pró-oligarquia e ortodoxia da igreja, saudoso dos tempos da Russia-Grande, aplicador do método de Goebbls, na propaganda politica que engana o povo russo. Não enxergam Estados Unidos racista, pró-evangelismo branco, refém dos lobbys de armas e dos negócios da agropecuária, negacionista, fábrica de psicossocipatas, et

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  12. Said Ahmed

    O texto começa com ''extrema'' esquerda, mas como de costume, acaba generalizando tudo e jogando nas costas da esquerda toda. Muita hipocrisia, a pergunta poderia ser: se você fosse gay preferiria morar em Rhyad ou em Ancara, dois amigos de longa data dos americanos.

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  13. José Cardoso

    O golpe de estado bem sucedido de Lênin infelizmente fossilizou a Rússia e em parte a Europa oriental. Um dos efeitos é nos costumes e até na religião. Há uma espécie de retorno do reprimido.

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  14. Ricardo Lyra

    (Mais) um artigo pra ler e reler: os que criticam, claro, não respondem a pergunta..

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  15. Ricardo Botto

    Coutinho e sua cantilena do menos ruim. Defende o lado do "bem" com argumentos bem ruins. Os Estado Unidos são tão facínoras quanto, mas pelo menos tem um propaganda melhor. Quem conhece um pouco de história sabe disso. No fim e ao cabo o que tem restado a Coutinho, e por extensão a Pondé, é ser hipócrita de uma forma civilizada.

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    1. Joao Massucci

      Marx dizia que a ditadura do proletariado tomaria o lugar da "ditadura da burguesia". Só que no frigir dos ovos ele foi viver sob a "ditadura da burguesia" inglesa em vez da ditadura alemã sem aspas. Relativizar os valores do Iluminismo é ir contra a Razão. Costumam ser as segundas vítimas das revoluções que buscam a justiça...

    2. Raymundo De Lima

      Então, se você ou alguns dos seus, como LGBT, viveria melhor em Moscou ou em Nova York?

    3. Ricardo Botto

      Que relevância tem isso? Cada país tem sua cultura assim como suas mazelas. Prefiro ficar onde estou. Não é questão de geografia mas sim de honestidade cultural. O debate é mais amplo do que ficar relativizando brutalidades. É certo que Putin persegue gays assim como os USA pisam no pescoço dos negros. Proselitismo não é análise.

    4. Lucas Alves dos Santos

      Responda, ora bolas, vc prefere morar em Washington ou em Moscou?

  16. Flávio Taylor

    Moscou jamais. O comunismo sempre ofiou gay, e mesmo a URSS não existindo mais, isso ficou na cultura Russa. Até em ex colônias como a Estonia(membro da Otan e ocidentalizada hoje) é muito difícil ser gay. Tenho amigos lá que dizem que nessa parte é uma barra. Na história recente da humanidade é fácil perceber que é a direita que aceitou os gays, elegendo primeiro ministro na Europa, etc etc etc. Como aqui tudo é ao contrário, dá a impressão que a esquerda adotou essa pauta...mas não acredito.

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    1. Flávio Taylor

      Respondendo o comentário acima, sobre " o que Moscou tem a ver com o comunismo" deixa eu explicar: até 1991 o país e suas "colonias" eram regidas pelo regime comunista. O que falei foi da herança dessa era, no que concerne à aceitação de diferentes orientações sexuais É sabida e estudada a falácia de que a esquerda "apoia e gosta" dos gays. Quem apoiou e incluiu os mesmos foi a direita, em qualquer canto do mundo exceto o Brasil.

    2. Eduardo Luiz De Faria

      O que tem a ver, atualmente, Moscou com comunismo?

    3. Flávio Taylor

      Pra completar, historicamente a esquerda tratou gays como aberrações. Fidel os defenestrava, e Che...nossa vou ser fuzilado aqui...enfim, Che, aquele facínora, achava que eles, os gays mereciam morrer. No fundo, aqui mo Brasil e no mundo latino em geral, há hoje em dia mais tolerância mas é apenas isso, tolerância. Melhor do que na Rússia, e pior que Washington. Uma exceção é a Argentina. Lá os gays são incluídos em tudo, o preconceito é mínimo.