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Marcos Benedetti
As escolhas políticas dos cariocas dizem muito sobre esse estado de coisas. Infelizmente, tudo é relacionado. O Rio é o melhor exemplo da representação da "brasilidade", que nos condena a essa eterna miséria civilizatória.
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José Cardoso
Como dizia o Ruy Barbosa, fora da lei não há salvação. A moradia na maior parte dessas áreas é ilegal, sendo resultado de invasões. O hábito de fazer gatos, de luz por exemplo, é disseminado. A presença do tráfico ou milícia é apenas o coroamento da ilegalidade, a face mais visível.
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DAVIDSON PISMEL CONDE
olhando para o gato pelo rabo ; moradias resultado d invasoes ocorrem porque o estado e seu acolhido - o mercado - nao atua com politica habitacional e nem d saneamento num longo etcetera: ao gentio cabe a unica alternativa d subir os morros ou se lançar em vaus para se abrigar ate a proxima catastrofe; o *habito* d fazer gatos e outros deriva d desigualdade d renda q nos singulariza; tambem ha invasoes ilegais pelos ricos o q ratifi ca a ausencia /conivencia d estado
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Beckenbauer Simas
Também é imoral os latifúndios, a especulação imobiliária, a falta de políticas públicas de habitação e de distribuição de renda e, principalmente, a imensa desigualdade social em que nossa população vive. Isso tudo contribui para aquilo.
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Marcos Benassi
Eita, sêo Muniz, antes de lôko, o bagúio é servage: manda quem pode, obedecem os de juízo. Contrato social? Xiiiiiii, o próprio governo rasgou, na época em que o morro era analfabeto - agora, que chegou na universidade, já elvis. O Preto Zezé, que não leio porque a folha não admite boquejamento, insiste que a favela é "mercado menosprezado", sem razão: o crime já entendeu isso faz tempo, e monopolizou. O senhor matou no peito: o fisiologismo autofágico vai-nos comer junto, a começar pelo rabo.
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Alexandre Pereira
Some-se a isso as sitiadas pelo tráfico. Entre milicianos, traficantes e o Estado, sofrem os vulneráveis.
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Alexandre Pereira
É Davidson, para quem é massacrado entre esses três males, essas definições fazem toda a diferença. As classes favorecidas (e ajeitadas) consomem e popularizam a droga que alimenta o tráfico, dentro e fora da milícia (acabou por criar essa). O estado, esse necrófilo que construímos, se fantasia de democracia a cada quatro anos, nos consumindo na entressafra. Mas todos têm consciência social, desde que não cause desconforto ou altere a dieta. Segue o tic-toc.
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DAVIDSON PISMEL CONDE
favelas e trafico sao ausencia/omissao do estado na habitaçao e segurança enquanto mili cia é ainda pior porque é o estado atuando fora do expediente e livre de puniçao deste mes mo estado
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Enir Antonio Carradore
Resta acreditar nas revoluções moleculares (Félix Guattari) gestadas nessas comunidades sitiadas.
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Vanderlei Vazelesk Ribeiro
Está aí um lugar complicado de fazer revolução de qualquer espécie. Como disse Freixo, depois do assassinato de Mariele acabaram-se as cirandas.
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Marcos Benassi
Enir, caríssimo, creio que é delas que o mencionado Preto Zezé julga falar e estimular com suas ações. Das quais não desdenho, porque melhoram a vida dos envolvidos. Contudo, não corroem por dentro, senão instituem modos funcionais do modelo asfaltino lá dentro do universo de precariedades. Não que eu saiba como fazê-lo de modo melhor, dada minha mediocridade revolucionária, evidente. Mas me salta aos olhos a insídia contra-revolucionária do "ajustamento", se me expresso inteligivelmente.
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RICARDO BATISTA
Excelente, esse texto valeu por um semestre do curso de Sociologia. E isso não tem nada a ver com comunismo. Precisamos de um Estado forte, dinâmico e atuante. Sem ele é a barbárie, a lei do mais forte.
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Daisy Santos
É o Brasil das veredas mortas, dos estabelecidos e dos outsiders, do subdesenvolvimento como obra engendrada há séculos diante das nossas retinas tão fatigadas.
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