Lygia Maria > Sete anos de prisão por doze punhaladas no coração Voltar
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Eu, que mal lembrava da vÃtima, chorei, mais de uma vez, ao ver a dor dos familiares. Então é claro que 7 anos é pouco para a progressão da pena nesses casos. Mas, antes de cobrarmos penas altas, temos que lembrar que, na maioria dos estados, a cada 10 assassinatos apenas 4 são esclarecidos e, em 10 deles, os dados sequer são divulgados. Depois, temos que pensar na ressocialização de nossas prisões. Então, discutirmos o quantum da pena para cada crime.
30 anos de cadeia seriam suficientes para reparar a dor de quem perde seu ente querido? Não há que se falar de “pena ideal” nesses casos. Afinal, o que é Justiça?
Melhor do que 7 com certeza
Pois é...o mundo civilizado é assim, de direita, de esquerda, de centro. Porém, chimpanzés, com todo respeito a esses animais, continuam tentando compreender o que seja um mundo racional.
Admiro muito os Estados Unidos da America nessa área, alguns estados mantêm a pena de morte e a maioria aplica a prisão perpétua, dependendo do caso. Esse casal demonstrou possuir uma Ãndole violenta e deveria ficar afastado da sociedade pelo menos uns quarenta anos.
Entendo que é pouco tempo de privação de liberdade para um crime cruel e covarde. Imagino que existe centenas de casos similares que desconfortam e entristecem o coração de mães e pais.
E agora ? Livres leves e soltos. Tem solução. Basta ter coragem ou indignação.
Dois psicopatas, a lei deveria ser: tranca e joga a chave fora. Não tem jeito, vão fazer novamente.
Luiz és igual ao teu patrão lulaladrãodasilva, defensor de ladrões, traficantes e assassinos.
Até agora não fizeram.
Creio que tem uma pena melhor: passar a ajudar outras pessoas que tiveram a perda de seus e suas filhas. Cuidar dos desamparados por alguns dias da semana por um longo prazo de vida, que pode ser de 12 anos. Isso pode fazer alguém repensar a sua estadia na terra.
Dá pra defender isso fácil, caro André. Daria trabalho pra fazer, e creio que não mais oneroso, senão mais barato, ao final. Evidente, desde que o intuito fosse reintegrar: isso não resolve vingança.
É desonestidade pura criticar o instituto da progressão da pena diante de um caso concreto, mais ainda o das doze punhaladas no coração de Daniela Perez. A autora saiba disso.
'pedreja não, seu Pedrosa. É só miolo pensando.
Dr. Jove, vossa senhoria deve ser advogado ou polÃtico. São as duas únicas espécies que remam contra a maré neste tema. Advogam em causa própria?
Sabê-lo, caro Jove, é a hipótese benigna. Pior será não saber do escorregão, pelo menos do ponto de vista intelectual.
*sabe
Excelente artigo. A pergunta que deverÃamos fazer é : quanto vale a vida humana? Sou contra a pena de morte bem como a prisão perpétua. Mas para certos crimes a progressão da pena não deveria ser aplicada. Pois , para muitos, tudo se resume a uma relação de custo/benefÃcio.
É fato, xará. Mas sempre vai depender do tamanho da espiga pendurada na frente, né? Muito ganho sempre valerá muito risco, no pain no gain - versão mafiosa.
Não é porque alguém cometeu um crime bárbaro que nos tornaremos bárbaros com a aplicação de penas desumanas. EvoluÃmos ao longo dos tempos e concluÃmos que essa é e sempre será a melhor solução: acreditar que somos capaz de nos redimir. Se não, o retorno ao presÃdio é certo.
João, porque não foi com a filha ou um familiar desse imbecil. Só doà quando atinge. Essa turma da esquerda só quer quando é com eles.
Deve ser outro advogado ou polÃtico "advogando" em causa própria.
Não se discute o problema em razão de A, B, C, mas de uma forma geral, seja quem for vÃtima ou algoz.
É um tema bastante complexo. O ideal seria evitar a vingança e corrigir o infrator afastando do convÃvio pelo tempo necessário para se corrigir, talvez até o final da vida. Como saber? No crime de corrupção tivemos o Juiz Moro , idealista que puniu os infratores com um tempo de cadeia e o fim dos direitos polÃticos, mas houve um levante contra este justo conceito. O que a sociedade quer?
A parte BÃpede da sociedade, prezado Carlos, quer que esse justo combate dê-se, exclusivamente, através dos meios legÃtimos: nada de passar a perna em nome dos " justos fins". O meio completamente torto não justifica os "fins retos".
As prisões no Brasil não são um exatamente um ambiente a que se vai por vontade própria e com prazer. 7 anos são mais que suficientes para a pessoa sair diferente, para melhor ou para pior, até mesmo considerando o dinamismo da vida de hoje, em 7 anos muita coisa da sociedade já mudou e o sujeito acaba tendo que construir novas relações e novo modo de vida, se para melhor ou para pior, é difÃcil prever...
Dr. Orlando, o sr. por acaso mora na SuÃça?
É isso aÃ, Orlando, prezado. É tanta variável...
30? 40 anos nas masmorras brasileiras? 1 dia já é punição suficiente
Além de solto o assassino foi acolhido pelos neopentecostais , como pastor, e pelas hostes bolsonaristas.
Eu sou um desconfiado, caro José: às vezes, um charuto é somente um charuto, sacumé?
Também sou totalmente contra a pena capital. Nos EUA há inúmeros casos de erro de julgamento para comprovar isso. Mas sou a favor de prisão perpétua ou de pelo menos 35 a 40 anos sem progressão de pena conforme o caso, ou com progressão se for avaliado que o criminoso tem condições de voltar à sociedade sem oferecer perigo para os demais. No caso da Daniella é pouco caso liberar estes dois em prazo tão curto.
Isso é argumento, coisa boa. Eu me pergunto sobre esses tantos ou quantos anos e o equilÃbrio disso, tanto em absoluto, quanto em relação a outras penas. E sobre o que a gente espera que aconteça com o preso.
É isso aÃ.Além disso a pena de morte está aà correndo solta contra pequenos delitos e inocentes.
O problema não é o instituto da Progressão de Pena, pois isso existe por ex, nos EUA. O problema é as condições em que isso ocorre, mesmo para crimes hediondos. Para um assassinato, deveria existir uma pena mÃnima em regime fechado. Acho que o mÃnimo do mÃnimo (e já imaginando que é Brasil) deveria ser 20 anos em regime fechado.
20 anos acho exagerado. Nas prisões brasileiras cinco anos são uma eternidade.
Boa, mas devo dizer que as condições são, infalivelmente, péssimas. Muda algo?
Sei que a pena de morte é vedada por cláusula pétrea da constituição. Mas continuo achando que é o correto para crimes violentos. O argumento do erro judiciário não me convence, pois passar anos de cadeia (e nas nossas cadeias!) injustamente é igualmente revoltante. Portanto, nesse raciocÃnio ninguém deveria ser preso, pelo risco de cometer uma grave injustiça.
Também sou a favor de pena de morte, no entando com critério, para criminosos seriais por exemplo.
Os congressistas não têm interesse em endurecer punições; o interesse deles é maior nessas progressões que encurtam a pela do condenado. Deve ser porque muitos deles se preocupam com o futuro deles mesmos e de seus familiares. Graças ao atual sistema penal, Gedeel já está solto; Eduardo Cunha também. Em 2019, o STF condenou o ex-ministro Geddel a 14 anos e dez meses de prisão em regime fechado. Deveria ser solto no mÃnimo em 2033, mas em 2022 o STF deferiu seu pedido de liberdade condicional.
O supérfluo dessa discussão é que existe brasis diferentes. Negro e pobre, podem ficar muitos anos preso, por roubar um pedaço de carne num supermercado, por ser flagrado com uma quantia insignificante de maconha. Agora homicÃdio em nosso paÃs, praticamente não se pune, vide o crime da Marielle. É só prestar atenção e ver que as milÃcias agem impunimente.
O supérfluo dessa discussão é que existe brasis diferentes. Negro e pobre, podem ficar muitos anos preso, por roubar um pedaço de carne num supermercado, por ser flagrado com uma quantia insignificante de maconha. Agora homicÃdio em nosso paÃs, não tem impunidade, vide o crime da Marielle. É só prestar atenção e ver que as milÃcias agem impunimente.
A pena de prisão não dissuade ninguém, nem melhora caráter. Ela ó sé útil para afastar do convÃvio social seres que poderiam a delinquir e por em risco a vida de terceiros. O crime foi bárbaro e por motivo torpe, mas nem por isso credencia a penas duras. Poderiam ter cumprido ao menos metade da pena? Poderiam, se a legislação fosse outra, ou integralmente, e daria no mesmo, e estariam nas ruas e a pena não traria a vÃtima de volta à vida. Foi um crime motivado por fator emocional.
Essa percepção de sua primeira frase, Ãlvaro, é contrária a toda a compreensão acerca dos processos de aprendizagem: como consequência do comportamento, ou como observação da consequência do alheio, as punições têm condão dissuasório. MuitÃssimas coisas podem intervir na dissuasão e na reincidência, incluindo o resultado esperado do crime, que pode ser compensador ao risco de punição. Não creio que supersimplificar ajude a elevar o nÃvel das ideias propostas pela articulista.
Se fosse minha filha ja estariam no inferno a muito tempo.
Lygia, prezada, creio que a reflexão de base é "qual o sentido da pena": punir o sujeito? Vingar a sociedade? Proteger-nos? Ou recuperá-lo pra sociedade? Qualquer seja a intenção, ir em cana sempre traz consigo o elemento dissuasório. De toda forma, um tema complexo, candente e passional, que mereceria muito mais do que um artiguete revoltado. Falhamos brutalmente em recuperar o preso e em avaliar e manter preso quem traz risco continuado. Agora, falhamos em ter recato mÃnimo sobre o tema.
Me ocorreu uma ideia. A pena (prisão) para homicÃdio doloso seria de X anos ou até a Data em que a vÃtima atingiria a idade igual à da expectativa de vida. Valeria o maior tempo. Então, o fulano e a siclana da matéria ainda estariam presos, uma vez que a Daniela ainda não teria atingido a idade q corresponde à expectativa de vida das mulheres brasileiras. Razoável. Nem morte e nem perpétua, mas justa com a memória da vÃtima.
O ruim dessa medida é q valeria a pena matar velhinhos e doentes terminais...
Que absurdo, e o demônio me parece estar curtindo a vida. Se fosse num paÃs sério seria condenado à perpétua ou morte.
Depois desse crime, homicÃdio doloso virou crime hediondo, com progressão de pena depois de cumprido. Hoje, crime hediondo, com resultado morte, exige 50% de cumprimento da pena em regime fechado.
7 anos preso. Tá certo?
Texto tão profundo quanto uma poça d’água
Bingo. Não serve nem para aumentar a audiência: a meia-dúzia de leitores de jornal pouco importa para uma emissora de tv do porte da Globo.
Exatamente
Comentário tão raso quanto uma lágrima de crocodilo.
A indignação da articulista procede! Foi um crime bárbaro e os assassinos ficaram livres rapidinho, dando a entender que o crime compensa e prevalece a impunidade. A maior punição aos assassinos têm sido a execração pública e a cada dez anos a mÃdia jogo holofote sobre os autores para lembrar a crueldade do ato! É como se a sociedade nunca esquecesse ou perdoasse!
Que eu saiba, esse homicida não matou mais ninguém. Não confundir justiça, conforme a legislação do paÃs, com vingança. A articulista não apreendeu bem o ensinamento do seu pai.
Será que caberá a misericórdia divina nesse caso?
Que eu saiba um homicÃdio é suficiente para encarcerar por pelo menos 40 anos. Não se trata de vingança ora essa, trata-se de proteger a sociedade.
Então, por que não matou mais ninguém sete anos de cana tá bom?! Claro, concordo que cada caso é um caso é precisa ser minuciosamente analisado. Nesse, por ex, não houve nenhum motivo minimamente justificável para um crime tão cruel e covarde. A propósito, é essa sensação de impunidade que alimenta mais o desejo de fazer justiça pelas próprias mãos. Ou seja, vingança.
Nada a ver! A articulista foi clarÃssima, fala da impunidade à crimes bárbaros, algo recorrente na Justiça brasileira. A pena quase sempre não é proporcional ao tamanho do crime. O caso de Daniela Perez choca pela morte cruel que os assassinos lhe impuseram.
O que confirma o absurdo da liberação em apenas sete anos, é que a pena não cumpriu o seu papel. O assassino não demonstrou arrependimento, continua a impor a versão mutante que lhe apetece em algum momento, e colhe louros midiáticos de sua participação no crime. O documentário serve de expiação social com efeito superior à condenação. Veja a articulista, porém, que corrupção maior é da mÃdia que dá voz e estrelato ao homicida, vilipendiando a memória da vÃtima do crime brutal.
Acabo de ver o documentário e tive a mesma sensação de indignação. Uma vida, jovem, aniquilada, em troca de 6 anos e 9 meses de cadeia. Acho 30 anos pouco. De morte ou perpétua seria o justo. Na impossibilidade, já que concordo com os seus argumentos, 35 a 40 anos sem possibilidade de redução já seria um avanço.
Concordo plenamente.
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