Deirdre Nansen McCloskey > O Estado, o capital privado e as grandes obras Voltar
Comente este texto
Leia Mais
Na época do império brasileiro, Teófilo Otoni com seu espirito empreendedor e liberal, construiu um ferrovia ligando Canavieiras no litoral sul baiano à Araçuaà no vale do Jequitinhonha em Minas, e fundou até uma cidade Filadélfia , hoje Teófilo Otoni, a empresa quebrou, foi estatizada e depois seu leito ferroviário foi substituÃdo por uma rodovia asfaltada. Mostrando muitas vezes sem apoio estatal muitas inciativas privadas não prosperam.
O canal do Panama foi obra do estado. Ferrovias Norte-Sul no Brasil e Union e Central Pacific, nos EUA, foram tocadas por empresas privadas, mas financiadas pelo estado. A transposicao do Rio Sao Francisco, obra fundamental para o NE Brasileiro, tambem foi tocada pelo estado. Isso sem falar no projeto Apolo, tocado pelo estado, que gerou tecnologia sendo utilizada ate hoje. Isso sem falar no desenvolvimento acelerado promovido pelo estado Chines.
O problema é que há estados e estados. O nosso é corrupto e perdulário. Fale um pouco de Abreu e Lima, Belo Monte e Pasadena.
Não que a construção de BrasÃlia não tenha sido um monumento à ineficiência e ao desperdÃcio, mas é preciso reconhecer que a interiorização do poder e da economia representaram a descoberta e “anexação “ de um outro Brasil. Não fosse por ela provavelmente terÃamos hoje ainda mais super população litorânea, caos e deseconomia em contraste com a manutenção de um sertão inculto e bravio, demandando, e vez de criar, recursos das demais regiões.
Deirdre e seus pares jamais foram capazes de produzir uma linha sequer, inclusive Hayek e Friedman, a respeito do que levou à ascensão de Hitler e Mussolini, nem sobre o que fazer com o mundo depois do Tratado de Versalhes e com os destroços das principais economias do mundo após o "crash" de outubro de 1929. A erudição demonstrada por Nansen em reduzir a genialidade de Lord Keynes a "cavar buracos" remete ao raciocÃnio lógico dos sÃmios de Madagascar ou quadrúpedes solÃpedes da Mongólia.
Enquanto lia pensava exatamente em BrasÃlia, citada no final da coluna. E o JK ainda hoje é visto como um grande presidente. Num paÃs atolado em mais de 50% de analfabetos e com a maior parte da população sem esgoto, ele seleciona como prioridade nacional construir uma nova capital do zero. O que não quer dizer que grandes obras públicas sejam sempre desperdÃcio. A hidrelétrica de Paulo Afonso, a refinaria Landulfo Alves e a CSN foram feitas antes de JK.
Lógica de liberal: se eu vejo um passarinho verde, posso concluir que todos os animais que têm essa cor voam. Ao invés de pegar um exemplo aleatório sobre obscuros canais suecos, por que a senhora não analisa como o investimento público foi desnecessário para reconstrução da Europa depois da Primeira e da Segunda Guerra Mundial?
"Foram obras do Estado e, por isso, a procura da glória habitualmente passava à frente do bom senso" Obras do estado buscam a glória, obras da iniciativa privada buscam o lucro. Ambas passam à frente do bom senso para conseguirem o objetivo.
" se a p.f. põe o dinheiro em um projeto sem sentido ela perde e o dinheiro eh direcionado a outra coisa.." então eh esse o argumento para não se ter um estado investindo?! Ela , como todo liberal, eh superficial, e generalisa a partir do nada. Vazia. Negacionista. Anti ciência. TÃpico de liberais.
Se a crÃtica ao estatismo exacerbado é pertinente e merece cuidados, também o é o antiestatismo vazio. O ser humano é diverso e plural. A vida não é útil, como disse Ailton Krenak. Chega de fórmulas e pensamentos discretos. Viva o sinal analógico.
Ôôô dona Deirdre, nem viu mindar ao trabalho de escrever na vossa lÃngua - até porque, acho um desrespeito ficar rabiscando a lÃngua alheia, de uma senhora de respeito. Mas cansei de ler platitudes neo-velho conservadoras, tenho mais o que fazer. Agradeço, por boa educação, o "esforço civilizatório", informando, contudo, já tê-lo atingido por caminhos mais humanizados. Ademã.
Dogmática.
Para compensar uma esposa economista, sugiro uma amante que aprecie Arte e adore champanhe. A vida fica mais leveÂ…..
Xiiiiiii, já tá leve pacaramba, Marcus, prezado: escrever cartinha para público de outro paÃs, dando pinta de civilizada pairando acima do solo? Isso, até eu, daqui do subterrâneo do Filhadaputistão...
Busca
De que você precisa?
Fale com o Agora
Tire suas dúvidas, mande sua reclamação e fale com a redação.
Deirdre Nansen McCloskey > O Estado, o capital privado e as grandes obras Voltar
Comente este texto