Thiago Amparo > Não foi descobrimento, foi matança Voltar
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Parabéns! Excelente texto. Vivi em Portugal por quase 5 anos e essa sensação de não se falar de racismo, fosse a diferença de ,raça pela cor, nÃtida com os paÃses africanos com Angola, Moçambique, ou com nós brasileiros, pelo simples fato de termos saÃdo de colônias lusas... Devemos debater temas, faz parte para aprendizados, para crescimento: diferentes perspectivas. Pena que, agora, tudo seja polemizado entre bom e mau.
Alexandre, bastante incoerente sua colocação, pois não é o colunista que busca interditar a discussão, ao contrário, ele trouxe os temas de genocÃdio e escravidão. Em nenhum momento ele afirmou que eram exclusivos de uma cultura, nem propôs q outros casos não mereciam discussão e crÃtica. Quem busca interditar a discussão é vc, q insinua q se outros povos tem ou tiveram práticas q consideramos reprováveis, então o genocÃdio colonial português foi justificado e não se deve falar mais nisso.
Quanta bobagem ressentida...
Bravo, igual ao Cortez no México, dizimaram os astecas com a varÃola.
Fácil julgar nossos antepassados com a régua de hoje. É preciso tomar cuidado com isso, pois como disse slguém, antes do homo sapiens, a terra já tinha gente. Viva Pinta, Ninã e Santa Maria!
Sempre considerei com grande estranheza a divulgação histórica de que poucos europeus tivessem matado milhões de indÃgenas. A pandemia do novo coronavirus neste século XXI demonstra o que doenças para as quais não se tem imunidade podem provocar: milhões de mortes. No caso da época, os europeus trouxeram as seguintes armas letais: gripe, sarampo, varÃola, tifo etc.
Sempre considerei com grande estranheza a divulgação histórica de que poucos europeus tivessem matado milhões de indÃgenas. A pandemia do novo coronavirus neste século XXI demonstra o que doenças para as quais não se tem imunidade pode provocar: milhões de mortes. No caso da época, os europeus trouxeram as seguintes armas letais: gripe, sarampo, varÃola, tifo etc.
É claro que houve violência, imposição cultural-religiosa, etc. - o império português foi o último em nosso planeta a deixar suas colônias do ultramar livres na década de 1970. Mas o fato é que esses relatos hoje são tão enfadonhos...
É preciso também falar no genocÃdio dos celtas frente aos latinos e germânicos, ou dos povos dravÃdicos no continente indiano, com a chegada das populações indo-europeias. Isso para não mencionar o massacre dos neandertais praticada pelo homo sapiens. Que a ONU tome providências e cobre reparações históricas...
Bela lógica a sua Magrao, então se há malfeitos em algum lugar, todos estão liberados para praticar crimes e se orgulhar disso! Segundo vc, os portugueses podiam assassinar, roubar, expulsar, escravizar, torturar e estuprar indÃgenas e africanos pelo fato de que alguns lÃderes desses povos também praticavam atos abjetos. E os portugueses de hoje podem se orgulhar do passado colonial pela mesma razão. Essa lógica vc aprendeu em algum curso pra fascista ou desenvolveu com seu próprio talento?
Este tipo de ironia barata, pseudo-intelectual demonstra a desfaçatez tÃpica da elite brasileira: desconsidera absolutamente o que isso legou e ainda alimenta da desigualdade violenta deste paÃs (e, é claro, a Ãndia é estupendo exemplo...).
Concordo José.somos todos uns b o.ça.i.s.
Perfeito. Faco questao de ler esse autor so para confirmar a monotonia do assunto lacrador, sempre ganhar pontos com a rapaziada. Nao leva a historia nem todo o contexto da epoca. Na America do Sul e Africa so existiam povos pacificos e angelicais vivendo no paraiso hehehe
Seu sarcasmo rasteiro só mostra a sua adesão à história dos vencedores, desprezando genocÃdios, escravidão, estupros e outros crimes hediondos. Não falemos do passado, não é mesmo? Assim ele pode se repetir, sempre q seja conveniente aos novos vencedores, entre os quais vc deve achar q pertence.
Para os europeus foi descobrimento, já que chegaram a terras desconhecidas. Mas foi também matança. Aliás um genocÃdio em toda América. Hank, grande historiador alemão do século XIX, lembrava que a violência da conquista espanhola, denotava sua origem germânica. Ou seja, os futuros nazistas tiveram de que se orgulhar.
Ôôô, meu caro, bota violência nisso. Aliás, dia desses, conversando com meu cunhado, Peruano e curioso, contava-me ele da história do Aguirre (o "cólera de deus" e cólica dos impérios) antes da viagem ao Novo Mundo: o cara já era um Juta sanguinário, caminhou miles quilômetros pra matar um juiz que o havia condenado. Na América, idêntica fúria empregou em nome de sua Majestade e da SantÃssima Madre Igreja. Um amor de pessoa.
Parafraseando Samuel Johnson, o revisionismo é o último refúgio dos can alhas.
Johnson disse que o patriotismo é o último refúgio dos canalhas. A frase merece respeito, pois desde sempre populistas e manipuladores usaram o patriotismo hipocritamente para subverter a democracia e obter ganhos pessoais (alguém se lembrou do Bozo?). Já a sua suposta paráfrase é q é canalha, é vergonhoso q vc busque relaciona-la a Johnson. De fato, é preciso coragem para buscar a verdade histórica e contrapo-la à versão dos vencedores, q escreveram a história com tanto orgulho de seus crimes.
Super Johnson, o Moralista, nesta época nadava de braçada traduzindo o que quisesse do jeito que lhe coubesse..." pra quê revisionar?" dizia Samuca bêbado..." - deixa a história quietinha se passar, era Samuca...
É reconfortante ter os portugueses para culpar por nossas próprias mazelas, pela nossa incapacidade de construir uma nação. Tadinhos de nós, chuif...
Ou vc não leu o artigo ou não conseguiu entendê-lo. Não há nenhum comentário sobre a capacidade de, nós brasileiros, construirmos uma nação. Fala-se da responsabilidade dos colonizadores na matança de indÃgenas e africanos e do fato dos portugueses manterem uma leitura positiva do dito perÃodo dos descobrimentos, esquecendo q foram tbém tempos de genocÃdios.
Não se trata de culpar, mas de reconhecer. Do contrário caÃmos num estudante de história, oficial da reserva da marinha, que em plena aula de história, exclamava: "Deixem o passado prá trás!" Não! O passado não deve ser deixado prá trás.
Eita, Thiago, o bagúio é lôko: tenho uma casinha no Mamanguá, entre Parati e Ubatuba; moro na beirada da Anhangüera. Quando recebo algum colega, amigo ou hóspede gringo, e eles ficam com a lÃngua enrolada pra falar as palavras em lÃngua indÃgena, informo-os de que é quase só Isso, aquilo que restou. Pelo menos aqui no sudeste e sul "maras", tal como a mata atlântica, cabou. E já ouvi umas (poucas, mas) boas em Portugal - até abrir a boca, um igual; após fazê-lo, uma pessoa de segunda, da colônia
Aliás, muito curioso: no texto do teu colega articulista "Triplo Tuga" (José, Manuel e Diogo), não se pode comentar, por exceção - assim como nos do Preto Zezé, estes por padrão. Deve ser pra evitar que as diferenças fiquem mais explÃcitas do que as semelhanças. Resta-me lembrá-lo, daqui da vizinhança, que eu vivi, na carne, o preconceito "esporádico" que ele menciona, mas não sou nem preto, nem mulher; adulto instruÃdo, pude devolver em termos de igualdade as grossuras que ouvi. Nada bonito.
Ok, 62% mostraram algum (seja lá o que for essa unidade) racismo, cuja reação pode ser confundida com xenofobia (que braseiros também demonstram), simples antipatia (brasileiros também), 38%, é importante frisar, foram indiferentes, seja lá o que isso represente também. Nenhum deles estava vivo há 500 anos. Culturas atuais mantém 40 milhões de escravos nos lugares de sempre: Ãfrica, Ãsia e Oriente Médio, que também pilharam, mataram e escravizaram. Deixe de hipocrisia.
Desculpe Ricardo, mas a Folhinha fica em outro caderno. Quando você crescer, terei o maior prazer em discutir um assunto sério com a senhoria.
Pois é Alexandre, mais um ataque boçal seu, q já questionou supostos crimes da minha etnia (?) e agora insinua q eu cometi algum crime. É a arte da difamação, mas vc ainda se julga culto e justo. Combina bem com esses tempos bolsonaristas.
Sinto que sua capacidade de argumentação se limite a isso Ricardo. Carregas alguma culpa a ser espiada? Não é culpando culturas alheias que vais espiar isso, muito pelo contrário. Talvez estudar um pouco mais ajude, começando pela história das civilizações mediterrâneas, ou simplesmente olhando no espelho. Boa sorte.
Por fim, Alexandre, deixe de ser mentiroso, ninguém insinuou q os portugueses de hoje são responsáveis pelos erros do passado. São culpados apenas de não reconhecer o genocÃdio de seus antepassados, de glorificar carniceiros como heróis e de não reconhecer sua responsabilidade como nação. A Alemanha pagou indenizações coletivas à s vÃtimas do nazismo e criou instrumentos para mostrar a história do nazismo e manter viva a memória de seus crimes. PaÃses colonizadores deveriam fazer o mesmo.
Vai Alexandre, siga até o limite com sua lógica abjeta. Diga q as criticas aos nazistas são hipócritas e compare esses pobres com suas vÃtimas do Holocausto. Elogie os heróis coloniais portugueses, com suas expedições de extermÃnio e escravização. Diga aos portugueses para se orgulharem de seu passado colonial e tratar indÃgenas e africanos como seus heróis do passado. Diga à s pessoas para ignorar o racismo e os crimes contra a humanidade. Junte-se ao Bozo, q defende tortura e genocÃdio.
Transportando para o presente Ricardo? Sinto, essa culpa não cola. As barbáries do passado devem ser atribuÃdas à cultura do passado. HorrÃveis como foram, não pertecem aos dias atuais e usá-las para apontar para as culturas atuais é um despropósito pois portugueses de então não são os de hoje em dia. Para ressaltar a barbárie passada desse grupo, temos que analisar os demais e achar um inocente, nesse caso, nem saindo pelo mundo com uma lanterna.
Alexandre, na resposta ao Magrao vc bateu no fundo. Defender os algozes do genocÃdio colonial português ao mesmo tempo que os compara à s vÃtimas do Holocausto e do Holomodor é de uma baixeza inominável. Uns são algozes, os outros são vÃtimas! É evidente que criticar o passado colonial português não vai desumanizar os portugueses de hoje e nem teria o poder de causar-lhes nenhum mal, mas importa q se reconheça q a colonização é uma vergonha histórica. Muita hipocrisia sua.
Ricardo, africanos traficaram africanos, comprados pelos escravagistas árabes, africanos e europeus, incluindo aà ibéricos, holandeses, ingleses e assim vai. Portugueses se associaram a Ãndios em suas guerras e fizeram as mesmas coisas que os demais. A menos que você seja alienÃgena, com certeza sua etnia esteve envolvida em algo do gênero. No entanto, sugerir que as pessoas de hoje sejam responsáveis pelo que aconteceu há 500 anos é somente replicar preconceito.
Magrao, qual é a pertinência da sua questão e visa o que? Considerar atrocidade e uma vergonha histórica o fato dos colonizadores portugueses terem assassinado, roubado, expulsado, escravizado, torturado e estuprado indÃgenas e africanos depende da resposta à essa pergunta? E o fato de indÃgenas e africanos não serem anjos por acaso justifica as atrocidades contra eles? Qual a escola de lógica fascista vc frequentou?
Magrão, entendo sua colocação, mas não devemos tratar a questão com ironia. Advogo fortemente parar de apontar para esse ou aquele grupo como responsável pelos pecados passados do mundo, pois estarÃamos reproduzindo práticas que foram usadas nas maiores selvagerias do século XX: holocausto, holodomor e outras barbáries, nas quais alguns grupos foram moralmente linchados para então seguir ao extermÃnio. Desumanizar é o primeiro passo, temos que ser melhores que isso.
É Ricardo, uma inferência fácil, mas completamente errada. Entendo que é simples aderir à narrativa, principalmente como sinal de virtude e sair apontando dedos (vide 1917 e 1939). Buscar entender a questão para além da polarização, bem mais complicado. Admitir que todas as nações exploraram os vulneráveis, e algumas delas ainda o fazem, mais ainda. Detestável em todas as circunstâncias, a escravidão não pode ser atribuÃda a uma única cultura. Mas interditar a discussão é bem mais simples, né?
O bicho papao colonizador hehehe, ao senhor Ricardo fica a pergunta, por qual motivo foram os europeus a colonizar e nao o contrario? Eram os mauzinhos e os outros os anjinhos, certeza.
Alexandre, é como eu disse, vc não quer q se fale de nenhum crime de genocÃdio, escravidão etc., quer normalizar tudo. Pq é evidente q ninguém pode falar de tudo, nem se dedicar a todas as causas. Mas para vc, se não se falar de tudo, não se pode falar de nada. E como vc se identifica com os colonizadores, busca desqualificar o discurso de quem se identifica com as vÃtimas. Essa estratégia é antiga - desviar o foco, apontar eventos desconectados, desqualificar o interlocutor etc.
Justificativa, camarada, não, pois é uma face horrÃvel da humanidade. Ressaltar uma única cultura em meio as demais, que praticavam e praticam ações abomináveis com os próprios irmãos tem nome: má fé. Em outras palavras, hipocrisia.
Soa abjeto vc pretender justificar os crimes dos colonizadores pelo fato de haver violências hoje na Ãfrica e em outros continentes. Desde quando a impunidade por crimes atuais deveria impedir o reconhecimento de crimes passados? Note q seu raciocÃnio abjeto tem duas mãos, se não se deve criticar os colonizadores q cometeram crimes no passado, pq criticar os crimes de hoje? Parece-me q vc deseja é normalizar tudo, q não se faça ou diga nada sobre crimes atuais e passados.
Hipocrisia me parece o seu caso, q busca desconstruir o artigo com comparações descabidas. Sim, no Brasil tbém existe preconceito e continuamos o genocÃdio indÃgena e com a escravidão. Seguimos com o modelo português. O que não diminui a responsabilidade dos colonizadores, só aumenta a nossa vergonha. É evidente o orgulho q portugueses tem de seu passado colonial, razão talvez da ausência de programas compensatórios ao desastre q provocaram.
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