Cida Bento > Fortalecer, ampliar e aprimorar os sistema de cotas Voltar
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Cota social para estudantes de escolas públicas é questão de justiça social, defensável sob todos os aspectos, defender racializar relações sociais é outra coisa, os pobres e explorados não o são por sua cor ou gênero, são porque vivem no capitalismo e nesse sistema a polarização é regra, racializar é engodo de quem quer dividir a classe trabalhadora e manter o sistema do capital, por isso a Fundação Ford foi pioneira em financiar racialização no Brasil!
Seus argumentos são racionais, porém trabalhei em uma instituição pública federal, comprovamos á época que mais de 80% dos nossos estudantes vinham de famÃlias com rendimentos entre um e três salários mÃnimos, por isso entendo que a cota social é relevante, melhor mesmo é termos uma educação pública de qualidade para todos, quaisquer cotas são paliativos!
O critério para cota jamais deveria ser ter estudado em colégio público: há colégios privados baratos, há estudantes pobres que são bolsistas em colégios privados e há pessoas de alta renda em colégios militares, técnicos e federais (são esses os que preenchem a maior parte das vagas para Cotistas em universidades públicas) só pessoas ingênuas acham que gente pobre entra em universidade pública. Temos Cotistas de iPhone!
Aqui na USP os resultados são: a maior parte dos Cotistas vêm de escolas técnicas e institutos federais (há mais gente de classe A entre Cotistas do que entre os que não são), alunos pobres da periferia de escolas estaduais sequer terminam o ensino médio muitas vezes. Pobre, quando faz faculdade, geralmente paga uma Unip ou Anhanguera, as universidades públicas continuam elitistas, atendem só 25% dos universitários. Quem fala pelo resto que trabalha o dia inteiro pra pagar faculdade?
Cotas, sistema de benefÃcios desigual para desiguais. Não se discute na base, no inÃcio do problema. Assim, resolve se chamar de oportunidade aquilo que é apenas paliativo. E ainda se pretende ver ele fortalecido ao invés de ser extinto. E lá vai o Brasil descendo a ladeiraÂ…Â…
Pois é, e o ensino básico? Quem liga?
Que beleza, dona Cida, que beleza. Já faz um tempinho que a análise dos resultados do programa de cotas são alvissareiras, mas o estudo da UFRJ foi muito veemente. Me surpreende especialmente o dado da permanência, uma vez que a fragilidade econômica poderia ser relevante pro abandono, mas não o foi. Viva o pessoal cotista!
Discriminar entre pobres é desumano.
Se você precisa de uma resposta complementar, Marcus, talvez esteja se tornando o que tanto detesta.
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