O setor privado tem muito a ensinar ao serviço público. Os acidentes de Mariana e Brumadinho não suspenderam o bônus do final do ano do presidente da Vale. A crise de 2008 não subtraiu um dólar sequer dos bônus dos principais CEOs dos bancos causadores da quebradeira. O que manda são as metas, assim vemos gerentes de bancos vendendo aposentadorias a senhoras de 85 anos e médicos internando pacientes para fazer checkups.

Espetacular e bastante esclarecedora essa exposiçao , parabéns ao feitor .

A democracia brasileira permite indicação em serviço público! Só isso já possibilita a incompetência!

Apenas um honesto e competente louco aceitaria exercer cargo público no Brasil. Os órgãos de controle externo foram transformados em fraco-atiradores que abatem quem quer e quando quer. Sem uma lei rigorosa que demita os agentes da lei que fazem da mal prática profissional um ofício, os honestos competentes vão continuar fora da vida pública. Os milicianos justiceiros são como câncer a semear a desconfiança e o medo na sociedade.

E também tem a taxa de maior apoio à democracia entre os brasileiros nos últimos vinte e cinco anos: 55 por cento em dois mil e nove. Note-se que é a mais alta taxa em meio a um histórico de apoio baixo e frágil (Latinobarómetro). Diante desse quadro, creio que não há qualificação técnica que dê conta dos desafios na gestão pública se não houver uma agenda forte do Poder Executivo por maior equidade, a qual é força motriz para o apoio à democracia.

Dona Joice, Prezada, padeço de alguma maldição comuno-vermelhista de alta acidez desconfiativa - deve ser por isso que tenho azias, pra citar a menor de minhas disfunções. Não posso desdizê-la, pelo contrário, mas ainda assim tenho pouca crença no papo de "atrair, selecionar e desenvolver" os profissionais públicos. Ora, os dois primeiros são a função dos concursos; o terceiro, das carreiras. Creio que, ao invés de discutir "o papel" dos servidores, definido de raiz, deveríamos [continua]