Suzana Herculano-Houzel > A morte é um processo Voltar
Comente este texto
Leia Mais
Professora Suzana, belo e comovente texto. Parabéns.
Descansa, Neguinho
Bonito, mas tão triste! Esse ano tive que me despedir do Zico, meu gato de 18 anos e meu cão Pingo, mestiço de pastor alemão com 14 anos. DifÃcil demais tomar essa decisão, mas necessária para que não sofram. Penso que deverÃamos poder fazer isso com os humanos também.
Temos que falar mais sobre o assunto. A morte precisa ser desmistificada.
Eu diria que a vida também é um equilÃbrio, só que instável, como ficar de pé e andar. Já a morte só é estável na aparência. Um monte de vermes, que também são seres vivos são beneficiados, grande parte da matéria orgânica é reciclada em outras formas de vida.
Texto lindo, emocionante...
Quero o mesmo para mim quando meu processo precisar de um ponto final...
Lindo o texto, também porque não omite nada, não lhe falta nenhuma informação. O entendimento da morte como um processo natural, eventualmente doloroso. Como alguém disse noutro comentário, "muito amor". Verdade encarada serenamente.
Lembrei da minha amada gata BillieÂ…
Pensei na minha Duda,15 anos, e me comovi e, também me confortei pois acredito que o sofrimento é desnecessário a quem compartilhou alegrias e tristezas . Ela está bem e me preparo para o momento do equilÃbrio! Muito amor no seu texto.
No mÃnimo, foi o ridÃculo da sençura folho'tomática que bloqueou minha mensagem "Nnneeguinho", seja o cão, seja o beija-flor, é anátema. Tá bão... Saco.
Ah, que lindo, dona Suzana, que bom que o Neguinho teve a senhora por ali. Eu, dezembro passado, sacrifiquei a Diana: vira-lata amada, 21 anos de vida, sete comigo aqui na chácara. Ah, que dor... Mas não dava: no dia em que não comeu nem pizza, nem sorvete, postos na fuça, fui com ela à veterinária que mais amo, e pedi sua ajuda. Só acompanhei o propofol, não a morte, num güentei, tava triste demais. Eu, quero poder definir minha morte, lutarei antes pra fazê-lo: ficar degenerescendo? Tô fora.
Concordo geral. Sou gateira, duas gatas minhas foram assim, uma com 18, outra com 20 anos, bem velhinhas. Gostaria que, na hora adequada, alguém pudesse me dar o mesmo destino.
Caiu um cisco no meu olho, ao terminar de ler o texto...obrigado pelo mix de ciência e poesia.
Essa concepção biológica e humana da morte me agrada, sobretudo quando não há dor para quem está no processo. Se houver presença de queridos de carÃcia nessa travessia, tanto melhor.
Muito lindo e comovente! Precisamos criar o hábito de falar sobre a morte!
A vida é um mistério. É um lapso entre dois instantes de equilÃbrio. Lindo o texto da Professora Suzana! Seus livros e palestras são geniais!
Parabéns pelo pungente cuidado e ternura com a morte do teu cão. Morreu tranquilo sem saber o que era aquilo, mas sabendo que estavas ao lado dele, com amor. Não nada como o afeto que nos une, humanos e caninos.
Tô contigo e não abro.
Não Hà nada…*
Texto pungente e impecável.
Belo texto. Resta saber quando os humanos brasileiros se darão o direito que já concedem aos cachorros brasileiros. Falo da eutanásia mesmo pra quem não entendeu.
Ah, defendo-a com unhas e dentes. Mais do que a eutanásia como um ponto final a uma situação insustentável organicamente, defendo que interromper a própria vida é um direito inalienável, até mesmo antes de chegar a esse limite. Impor sofrimento à pessoa, a troco de quê? Não faz o menor sentido.
Muito bom. Quis fazer o mesmo com o meu Fidel, mas vacilei e ele acabou sofrendo desnecessariamente.
Texto brilhante! Precisamos compreender melhor a morte.
Um processo, e uma certeza!
Emocionante e elucidante. Obrigado Suzana!
Assisti a uma palestra de Suzana Herculano-Houzel, há alguns anos, na UERJ. Um congresso sobre Neurologia. A fala de Suzana foi tão extraordinária e envolvente que saà dali e assinei uma revista de Neurologia. Sou da área de Letras, mas tudo o que ela disse era mais amplo e diverso do que qualquer palestra. Não perco um texto escrito por ela. E ler agora o que escreveu sobre a morte só evoca mais admiração.
Foi uma linda homenagem ao seu cãozinho. Ele teve sorte de ter tido vocês.
A alma dos animais é diferente da alma dos seres humanos, mas é ela que vivifica o corpo. Desde o nascimento, os seres humanos têm um tempo limitado em sua encarnação. Relaxando os cuidados com o próprio corpo e modo de vida, esse tempo pode encurtar, mas não dá para alongar. O que é da terra, à terra será devolvido, mas a alma segue os caminhos que ela mesma traçou em vida.
Busca
De que você precisa?
Fale com o Agora
Tire suas dúvidas, mande sua reclamação e fale com a redação.
Suzana Herculano-Houzel > A morte é um processo Voltar
Comente este texto