Alvaro Machado Dias > Quanto tempo tem o futuro? Voltar
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ImpossÃvel prever quanto tempo tem o futuro sem associar o futuro ao sujeito, que podem ser muitos. No caso de um indivÃduo humano, a expectativa de vida nos dá uma noção. Eu penso que a expectativa de vida deve cair, não por conta dos avanços da tecnologia, mas por conta da precarização das condições de vida e trabalho. As gerações que nasceram nós anos 30 a 50 do século xx viveram no auge do estado de bem estar, na medida em que desaparem e as gerações seguintes envelhecem, a tendência é...
... que a expectativa de vida das novas gerações retorne aos nÃveis anteriores ao estado de bem estar. Outro fenômeno que contribui para a precarização das condições sociais é a religião, não todas, mas as mais ligadas ao fanatismo e o fundamentalismo. Essas querem realizar o apocalipse a qualquer custo apenas para provar o improvável.
Finito e infinito são enigmas instigantes. A teoria do Big Bang nunca me convenceu plenamente, na minha cachola tempo e espaço são infinitos, e o que é infinito não conhece começo ou fim. Mas, nesta dimensão não podemos escapar da nossa finitude. Tudo que deixa de existir neste momento passa a existir em outra configuração. Gostei muito do artigo, que venham muitos outros.
O futuro da humanidade pode estar próximo. Entretanto o futuro do tempo é eterno ou simplesmente não existe.
Apenas uma discordância: acho que não dá para comparar o tempo de vida de espécies animais com a de uma espécie com cultura. A espécie humana não é feita apenas de genes mas também de memes de Dawkins, e não sabemos qual a duração de uma Gaia memetica, pois é a primeira na história da Biosfera.
A extinção não é uma possibilidade. É uma realidade fÃsica. Nós dependemos de uma vela acesa que é o nosso Sol. A sua energia é finita. A previsão dos fÃsicos é que esteja apagado em 5 bilhões de anos. Entretanto, os efeitos da diminuição da energia serão sentidos pelos seres vivos da Terra muito antes. Se resolvermos nosso problema ecológico estaremos apenas saindo da frigideira para cair no fogo.
Humanos tem a tendência ( alavancada por propaganda, sempre envolvida interesses) de achar que o fluxo histórico tem um vetor direcionado a um“progresso”. A aceleração tecnológica tende a reforçar essa crença ( não faltam mascates tecnológicos para esse proselitismo). As “próteses” tecnológicas com as quais lidamos com nosso entorno sofisticam-se numa velocidade exponencial que não é a da evolução do pensamento (e sentimento) humano, esses ainda sujeitos à agressividade e pulsão de destruição
Confesso que comecei a ler com um pé atrás, dado o talento da Folha em convidar intelectualoides para sua página. Uma grata surpresa esse moço, estreando com um tema tão espinhoso para se desenvolver com competência.
Que artigo excepcional, Alvaro Machado Dias é extremamente talentoso e seus artigos sempre nos deixam pensativos. Ele tem um jeito único de analisar os problemas e suas soluções e isso nos ajuda a entender melhor o mundo ao nosso redor. Estou muito entusiasmado com os seus novos artigos e espero que eles nos ajudem a entender ainda mais o mundo em que vivemos. Quando ao tema futurismo que ele abordou, és um tanto quanto perturbador, mas extremamente interessante. Obrigado por nos fazer pensar!
Bem vindo Ãlvaro. Curti o artigo. Penso q o digital e "esse tantão de G" é a causa do "fato de sermos mais definitivos que nunca", a sensibilidade e percepção do outro humano foi para as nuvens. Somo a isso o q disse Elisabeth Roudinesco na CULT: "Vivemos a 'arquipelização' das sociedades, onde cada um tem sua reivindicação pessoal, abandonando o domÃnio do coletivo. São coletividades q se opõem umas à s outras", suponho q desse antagonismo autoflagelo sistêmico sobrará pouco tempo para o futuro.
O conceito de reciprocidade destrutiva me pareceu particularmente interessante. Parece-me que estamos vendo um exemplo claro disso na guerra que está ocorrendo na Ucrânia. Putin não se permite sair da guerra sem que possa declarar que foi vitorioso e Zelenski, depois de tudo que passou, não se dará por satisfeito sem liberar a Crimeia do domÃnio russo.
Pode ser anacronismo da minha parte mas essa me parece uma das guerras mais insensatas da história. Não importa o tamanho do padeço da Ucrânia que a Rússia adquirisse em um eventual vitória, isso jamais iria valer o preço das sansões econômicas. Mas, ainda assim vemos uma guerra que pode potencialmente durar anos e que não parece ter nenhuma motivação racional.
A hipótese de extinção menos esquisita é, na minha opinião, a da proliferação dos transumanos. Só de pensar nesses seres eu já fico me sentindo uma fita K7 Scotch Dynarange transparente rebobinável a caneta.
Valiosa reflexão que pode nos atentar para aqueles grupos de seres humanos essencialmente materialistas e imediatistas, que colocam a vida de todos os seres vivos em risco, levando a um colapso civilizatório que impactará principalmente os seres humanos mais vulneráveis.
O que me deixa furiosa é que são poucas indústrias, nominalmente a do petróleo e agrotóxicos (uma só facção) que introduz a maior parte do risco e destruição. A GENTE TEM QUE PARAR ESSES INSANOS.
Muito bom artigo, interessante e instigante, grato.
A primeira grande extinção da vida foi a das cianobacterias: fabricaram tanto oxigênio que as poucas restantes foram se refugiar onde dava. A humanidade se esforça igualmente, pra morrer no próprio lixo. Tanto o biológico e o quÃmico, plásticos e etc. Tem igualmente o lixo da intolerância, que pode vir a ser globalmente fatal antes mesmo dos anteriores.
Muito interessante o ponto de vista trazido pelo Ãlvaro. A distância entre a realidade e a ficção já não é mais tão grande assim, porém é necessária uma leitura como essa pra dar inÃcio a esse entendimento. O despertar geral está próximo. O próximo passo é agir e garantir o futuro das próximas gerações. Grande reflexão!
Reflexão interessantÃssima! Adoro gastar pensamentos nesses temas que potencialmente podem ter qualquer desfecho. Gosto de acreditar sempre na perspectiva otimista e esperançosa, então acredito que nosso futuro caminhe em direção à primeira alternativa dada, da silenciosa evolução ao "transumano". Eventualmente, superaremos os agentes egoÃstas e os que só desejam o fim absoluto, ou pelo menos é o que gosto de acreditar. Texto incrÃvel!
Simples, complexo, polÃtico, filosófico, abstrato, concreto, essencial, humanista. Tudo e mais.'Nosso grande compromisso ético é com os humanos do futuro'.
Se eu tivesse que apostar diria que a gente não passa duns trezentos anos. Isso sendo otimista. Gaia está pronta para apertar eject.
A nota de estreia do colunista diz que ele não iria falar sobre polÃtica, mas esse é um assunto polÃtico, que não teria tanta relevância se o bozolino não tivesse tão empenhado em botar fogo na Amazônia e no coreto como um todo, mas para essa polÃtica tem o meu aval. Bricandeiras a parte, achei muito estimulante. Confesso que nunca havia pensado sobre o fim da humanidade, só o fim da minha vida mesmo.
Artigo necessário para refletir sobre o futuro da humanidade. Temos que falar sobre a extinção da raça humana e as teorias trazidas pelo professor Ãlvaro nos ajuda a confrontar ideias feitas e expandir os horizontes. Vale a pena a leitura.
"O que caracteriza a excepcionalidade da nossa era não são os avanços técnicos e conflitos pontuais, mas o fato de sermos mais definitivos que nunca para as pessoas que virão." Exato!
É muito louco pensar que nossas ações hoje para prolongar nossas vidas (ou dos nossos) são potenciais gatilhos para a extinção futura do ser humano. Essa reflexão de uma extinção sem dor também me parece um alerta para um contexto até mais perigoso.
O tema sobre nosso fim tratado de maneira tão profunda e cuidadosa fez este domingo começar com mais reflexão. As possÃveis formas de extinção, que eu até então desconhecia, e a maneira como o artigo se encerra mostra que o momento pela vida, em seu sentido mais profundo, é agora. E é urgente!
Enquanto falamos da próxima meia hora, a humanidade vai preparando o seu colapso. Me surpreendeu essa ideia de fabricar doença. Discussão essencial, artigo muito bom.
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