Luiz Felipe Pondé > Como reconhecer um idiota digital falando de livros clássicos? Voltar
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só em citar Nietzsche, já valeu a leitura mesmo ele sendo misógino, não tira seu brilhantismo, pois sua misoginia é mera dor de cotovelo ou complexo por ter sido rejeitado pela mulher que ele amava, é aquela máxima da melhor defesa ser o ataque.
A condição extramoral de Nietzsche é problemática. Ele ataca o valor moral do Cristianismo, a caridade e a humildade; mas prega um imperativo moral: "Haja para obter o poder independentemente da facilidade". Moralidade de um militarista. A ilusão de Nietzsche que o poder é um bem absoluto indica o caráter não crÃtico de seu pensamento.
Caro Thiago B, obrigado por notar o erro. Saiu "Haja" mas o correto é Aja. Ao digitar o corretor altera. Culpa toda minha.
Haja?
Uma dos efeitos colaterais dos regimes democráticos é o nivelamento geral. Claro que funciona melhor no mercado de ideias que nas riquezas e rendas. Como disse aquela jovem num curso de filosofia: 'o Nietzsche tem as ideias dele e eu tenho as minhas. Empatou!'
- Sensacional.
Quisera escrever um texto como este, mas além do "engenho e arte", me falta o conhecimento. Parabéns.
Excelente, Pondé! Temos vários colunistas na FSP que se acham na vanguarda moral e intelectual sem a menor estofa para discutir, sequer, gibis da Turma da Mônica. A modinha se deve a critérios (teorias? Rá) tais como lugar de fala, por exemplo.
Como reconhecer um idiota colunista falando de idiotas que falam de livros clássicos? É muita idiotice junta e misturada. Mr. Pondé se superando! Aff...
Idiotas ou imbecis são mais numerosos na internet e nas igrejas[faltou apontar]. Há tb idiotas digitais nas escolas, faculdades e universidades do Brasil. Há professores de filosofia que recusam ler lNietzsche, nem Marx, nem Freud, nem Paulo Freire, mas dão pitacos, para enganar alunos. O meio educacional está autorizando idiotas evangélicos, doutrinadores da “palavra”,inserida na aula para desprezar ciência.Ou coloca uma frase bÃblica na lousa, como epÃgrafe.
O homem contemporâneo recusa ideias que venham de encontro à s suas certezas. Dúvidas e ambiguidades incomodam e provocam o ferimento narcÃsico.
Esse tipo de ignorância que leva a pessoa a julgar moralmente o passado com valores do presente tem até um nome: anacronismo. Aqui no Brasil ele fez suas vÃtimas, como José de Alencar e Monteiro Lobato. Mas o caso mais escandaloso de anacronismo está fora da literatura e veio da Inglaterra: manifestantes antifascistas picharam a estátua de Churchill.
Texto espetacular, irretocável, que, por óbvio, não será entendido pelos idiotas, digitais ou não. Parabéns.
Sr Maurizio. Os idiotas sempre foram os outros. Nunca foi diferente. Exceto, quando diante do espelho.
E um texto feito para aqueles que acham que os idiotas são os outros. Eles o leem e saem contentes. É um texto desonesto, não percebe?
Quanta gente ressentida nesse espaço de comentários.
Ele não é idiota somente digital. É id em todos os sentidos.
Mais uma vez o Pondé cria um inimigo imaginário e começa a brigar com ele. Ele pega um ou dois casos isolados e cria toda uma categoria metafórica de pessoas. Isso sim é idiotia digital em busca de engajamento.
Disse o inteligentinho mais inteligente: "ler é chato e dá sono".
Mesma retórica daquele outro Leandro da Folha. Fazem uma caricatura de uma situação, um pouquinho de verdade empacotada numa grande mentira, pois cheia de omissões e fora de contexto. Pronto, tá prontaa es%tupidez da hora. Mas colunista...quem faz sempre o papel de ressentido mesmo?
Há aqueles 'indiotas" que tiveram todas as oportunidades, leem, escrevem e falam muito, mas nunca produziram nada. Uns se venderam e tranformaram-se em personagens patéticos, outros reinterpretam a história baseados em exceções, e outros muito "istupidos" aprenderam a insultar para manter espaço e emprego. Não é difÃcil reconhecer nenhum deles.
Ao fim e ao cabo, o motto dos sábios reclusos nos clássicos seria o mesmo do aristocrata decadente e ressentido de Poe, que empareda vivo o burguês nés cio: Nemo me impune lacessit (ninguém me fere impunemente). Nietzsche explica.
Idiotas digitais militam, não perdem tempo lendo clássicos. Só a leitura engajada interessada a eles. O importante é a leitura que pode proporcionar likes e sinalização de virtude
Concordo com o Pondé de que há um revisionismo estúpido, rancoroso e ignorante, como nós ataques primários a Lobato. O que me incomoda no Pondé é a necessidade recorrente de, como o ex ministro Marco Aurélio do Supremo, se pontuar como enfant terrible ancien.
Bonito esse ultimo parágrafo. Já o resto me parece contaminado de ressentimento e futilidade.
Como reconhecer um idiota analógico falando em idiotas digitais em uma coluna na Folha.
Tô contigo, Ciro.
Desista voce não tem essa capacidade.
Deve ser árduo escrever para idiotas digitais. Eles não entenderão o que está escrito. Não reconhecem a idiotia trash do discursinho social norte-americano, porque são idiotas. A idiocracia substituiu a outras cracias neste mundinho limitado. E como é bom continuar a ler os clássicos. Sobrevivem fora do mundo digital, e nele podem ser cancelados à vontade. Não farão falta.
Em primeiro lugar, os idiotas mais falam sobre livros do que os leem (e isso os pouquÃssimos que leem algo). Há uma ansiedade por falar para parecerem "inteligentinhos", como diz o Pondé. Recentemente quase discuti com uma pessoa bastante novo, sem experiência de vida, que quis falar mal de Lolita. Patético.
Dessa vez tenho de concordar com Pondé. Sou assumidamente de esquerda, mas o que estão fazendo com alguns clássicos da literatura é ridÃculo. Grandes escritores como Monteiro Lobato aqui no Brasil , e tantos outros no mundo, como Mark Twain, Agatha Christie, Georges Remi, que estão sendo cancelados sob acusação de racismo, porque em suas obras existem menções negativas aos negros. (continua... isso se a Folha não censurar o restante.....rs)
O que os responsáveis por esses cancelamentos não entendem, ou não querem entender, é que esses clássicos foram escritos num tempo onde não existia o politicamente correto. Tenho certeza que se esses escritores fossem vivos, certamente suas obras teriam o mesmo valor literário, mas engajadas às lutas das minorias. Tentar cancelar clássicos do passado apenas pela ótica da modernidade é o mesmo que queimar livros em praças públicas em nome da ideologia em vigor.
Ser cético de tudo é ser superficial. O religioso é crente em tudo, também é superficial. Isso dá margem a inerrantistas bÃblicos que acham que suas crenças levam a um conhecimento progressivo do mundo, como aquele que nos faz ver a alma do mundo sem véus. Uma nova forma de ressuscitar as ideologias anti-empiricas do passado.
Caro Felipe Vasconcelos, exatamente por acreditar em tudo a respeito do seu conjunto de valores essenciais; sem levar em conta a experiência, que ele é superficial. Não há conhecimento objetivo do mundo fora da ciência. Fora do núcleo , sendo mais cético que o habitual, ele recai no ceticismo radical que é mais superficial ainda. Poincaré já dizia isso no livro Ciência e Hipótese.
O religioso não é crente em tudo, ele é crente a respeito do seu conjunto de valores essenciais. Fora desse núcleo duro ele pode ser até mais cético do que o habitual.
Faltou mencionar o pacote de idiotas que cita versÃculos da "BÃblia" , Marx e Gramsci.
Eis um exemplo de idiota que considera a obra de Marx e Gramsci "Biblia". Mas não considera idiota os fanáticos da própria Biblia lida literalmente e baseado em ignorancia orgulhosa.
Você ?
Seu texto foi removido porque infringe as regras de uso do site.
A mesmice de sempre. E a folha insiste em continuar publicando. Não usou o termo inteligentinho dessa vez. Escamoteou o termo colando como idio tia digital. Nietzsche deve se revirar no túmulo ao ser mal usado por Luizinho. Enfim, um texto falando de idio tia digital por um colunista bastante experimento no tema.
W Magrao, pratica comum essa de Luizinho soltar seus fieis escudeiros para lhe resguardar de comentarista como eu. Esse espaço não tem dono. E por enquanto ainda é livre a manifestação de ideias. Tem sempre uma intenção politica na defesa de Luizinho. Terceira via não se conforma com a polarização. Desconfio que não sabes ao certo o que significa pernóstico, o que é uma grande ironia frente ao comentário alusivo a mim que fazes.
Ta aqui um exemplo de um comentario pernostico , confirmando o texto do autor hehehe.
Mateus, não se trata de quem se usa para citar, mas sim a leitura redutora e sentenciadora de Luizinho a partir daqueles que ele cita. Mas eu entendo que defendas suposto leitor de Nelson Rodrigues e Maquiavel. Sabes certamente que Luizinho não é único brasileiro que já leu (e entendeu) os dois citados né? Eu tb entendo tua defesa, pois a idiotia pernóstica sempre tem seus seguidores.
Sim, o Pondé é "idiota" mesmo, basta ver os autores que ele gosta, começando pelo Nelson Rodrigues e terminando em Maquiavel. @_@
Ué, um idiota digital pode estar se passando de um filósofo, ou um filósofo amador pode estar se passando de um idiota digital. Se fosse Pondé, Karnal ou Cortella ninguém estaria os cancelando, verdade ou mentira?
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