Hélio Schwartsman > Lógica religiosa é diferente da política e a atrapalha Voltar
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O Brasil é um paÃs laico. Usar o fanatismo religioso para aproveitamento polÃtico e de enriquecimento dos que dirigem e criam templos para explorar os mais pobres ( pagamento de dÃzimos) é no mÃnimo corrupção Pior que muitos que se dizem cristãos apoiam o discurso de ódio!
Parabéns! Acho que Freud e Marx estavam certos, não é bom misturar fé religiosa e fé polÃtico-partidária, isto acaba levando as igrejas ao descrédito!
Parabéns pelas considerações. Se aceita uma outra de natureza histórica e de longa duração, secular, é importante considerar que nas sociedades ditas ocidentais os interesses clericais e o militarismo foram submetidos inexoravelmente aos interesses burgueses em geral. Deu certo. Ela consegue organizar o trabalho, produzir e realizar negócios e vender mercadorias as mais variadas nesse ambiente que passou lentamente de liberal a democrático.
Será que Freud, Comte e Marx erraram feio quando previram o fim das religiões, assim que o ser humano pudesse exercitar plenamento conhecimento cientÃfico? Parece que avanço tecnológico não implica em avanço de 'esclarecimento' (Kant/ Al.:Aufklärung)
Não diria que erraram. É que as mentalidades mudam muito, muito mais lentamente do que as estruturas. Esses rituais atuais de ressuscitação de Deus, "assassinado por todos nós", passarão. Aliás, a profunda mercadorização da fé religiosa por parte dos segmentos mais dogmáticos não indica uma contradição entre fé e existência numa sociedade de mercado e democrática?
Exatamente, enquanto não tivermos polÃticos sérios, honestos e que cumpram o que prometem, as crenças em forças maiores prevalecerão para serem invocadas como o último recurso para tanta incompetência e egoismo
A lógica religiosa é diferente da polÃtica. Mas sempre há a influência social. Pelo que vemos, nós temos que admitir que há influências extra-polÃticas mas sem recair num completo relativismo. A construção da racionalidade polÃtica precisa levar em conta a evidência histórica dessas influências extra-polÃticas e como se chegou a consensos polÃticos. Uma nova teoria do dissenso polÃtico se faz necessária. Um pragmatismo que fuja de conceitos absolutos.
Ôôô meu caro Hélio, uma das minhas muitas ignorâncias é a religiosa; isso posto, lembrei-me do budismo e do xintoÃsmo, que - salvo engano, como já sugeri - não têm essa figura central, que manda e desmanda, além de não errar nunca - e , se errar, fez de propósito. Quanto à s nossas mais comuns, que têm o pecado e o inferno em sua espinha dorsal, o maior pobrema é criar mentirosos contumazes: trambicam na religião, na polÃtica ou em ambas, recÃproca e exponencialmente. E bota a culpa numa cobra.
Inspirado em você Élio que registrou sua Igreja, brinco sempre que vou criar a minha com um único objetivo: não pagar o IPTU. O meu, dobrou de preço durante a gestão Crivella. Não foi casual.
Aà fica difÃcil. Se fosse de JundiaÃ, que produz uva, entenderia. Mas a produção de Valinhos é figo, certo?
Meu caro, como diria um certo amigo, aliás evangélico Batista, "tem coisa pior na vida": moro periferia de Valinhos, interior de SP; minha rua não tinha asfalto, não havia água ou esgoto, carta não chegava, lixeiro duas vezes por semana, sem coleta seletiva. Mas sempre cobraram IPTU, imposto "Urbano". Tudo isso melhorou, mas uns anos atrás dobrou o imposto. E não é a cidade do Crivella, hein? Aliás, tem um peixão de concreto na entrada, o de se lê "Jesus Cristo, o senhor de Valinhos". Piedoso.
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Não foi censurado. Pelo jeito o censor sibernético tem saudades dos vÃdeos do Olavo de Carvalho.
Se o voto for um problema para a consciência do eleitorado, talvez seja isso que os leva as i-i-gre-jas para pedir per-dão pelo erro cometido ao votar mal! No paÃs em que se vive a busca de mi-la-gres, os po-lÃ-tic-os a-teus deitam e róla explorando a fé...
Caro Hélio, as religiões são instituições semelhantes à s outras instituições como a polÃtica, o poder econômico, o conhecimento cientÃfico e o poder mÃdiatico. Veja sempre nesses poderes há alguém ou grupo que "domina" os seus súditos. Veja vc também se encontra consumidor dentre um desses.
Os valores são usados também na ciência para explicar o consenso e o dissenso. Nos anos 1950/60s os filósofos e sociólogos tinham uma visão consensual e o desvio do consenso era explicado por "preconceito e superstição". A filosofia e a teologia entravam na ciência. Os astrônomos seguindo as mesmas normas , discutiram por 150 anos os méritos de PtolomeuxCopérnico. Os seguidores de Ptolomeu eram homens com pré-conceitos religiosos que seguiam parcialmente as normas cientÃficas segundo essa visão.
Como disse Hebdo em seu cartoon aqui mesmo na Folha: O$ VALORE$ $ÃO OUTRO$ para algumas "religiões" que se dizem "cristãs". Só uma pergunta: em quantos paÃses temos como regime o comunismo que amedronta tanto certos religiosos?
O medo ao comunismo não está calcado nas violações que estes regimes causaram em seus paÃses. Violência nós consideramos legÃtima. Somos uma sociedade violenta. O problema foi confisco de bens. Um dia um guarda defendia o espancamento do governador Pezão. Observei que melhor seria confiscar-lhe os bens. O homem entrou em pânioc. Mata, tortura, mas não toque em propriedade.
Religião é ópio, e como tal enebria a consciência das pessoas.
Não seria "Inebria"?
Religião não é problema, é solução. Problema é o abuso e a perversão dos falsos pastores, que deturpam a fé e dela se aproveitam para benefÃcio próprio.
solução de quê? comandada por homens, com dogmas inventados por narrativas humanas e no final das contas nada de sobrenatural acontece, tudo se realiza no plano material, aquele em que seres humanos, de carne e osso, deveriam resolver com solidariedade e empatia!
Hélio! A religião não é uma assombração mas uma realidade que muitos só descobrem nos fatos da vida que a ciência não conseguem explicar, quando um ente querido está desenganado pelos médicos e consegue a cura. Como explicar isso? As religiões esclarecem e provam. No comunismo tentam extirpar as religiões, nunca conseguiram.
Em tempo: sou cego e descrente.
Será que consegue a cura mesmo por conta da religião? Onde houver fé, que se leve a dúvida?
José! Religiões não esclarecem e muito menos provam qq coisa. Ao contrário, sugerem uma narrativa, não provável e nem discutÃvel (é disso q o Hélio se refere). A ciência utiliza fatos, lógica e está aberta ao escrutÃnio geral, e o que não tem respostas é simplesmente pq não sabe, ainda ou talvez nunca. E tudo bem. Aprenda a conviver com a ignorância e para de ser crente cego, meu amigo.
Provam o quê? Que os crentes servem os interesses dos dominantes como cegos que ganham o céu
o grande problema do Brasil é confundir Igrejas sérias com supermercados da fé .
Ótimo texto, só um pouco pessimista. Pode até demorar, mas será exorcizado.
Não enxergo diferença entre crenças, todas procuram sobreviver às custas de Deus
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