Opinião > Quem paga o piso? Voltar
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Desde 1966 o piso dos engenheiros é de 6 salários mÃnimos (6 horas diarias), 7,5 SM (para 7 horas e meia) e de 9 SM (R$ 10.990,00) para oito horas diárias, e nunca vi ninguém questionar "quem paga esse piso". Agora com os enfermeiros ganhando uma miséria de 3,9 SM de piso (R$ 4.750,00 - menos da metade de um engenheiro com a mesma jornada), tá uma choradeira geral como se tais profissionais não estivessem entre os mais importantes na nossa vida. Já esqueceram a pandemia...
Tornou-se comum eu ficar mais impressionado com os comentários do que com o artigo. É impressionante como criticam sem sequer entenderem... faz sentido o último resultado pÃfio do Brasil no Pisa quando o assunto é leitura!
Pouco mais de três salários mÃnimos e meio. Pouco mais de novecentos dólares.
Ora! Quanto pagam hoje para esses profissionais, essenciais para o funcionamento de clÃnicas e hospitais, se o estabelecimento de um piso de quatro mil e setecentos e cinquenta reais para os(as) enfermeiros(as) vai "quebrar" essas instituições. Vamos lá, Folha, informem-nos os valores pagos ante do piso.
Que editorial mais superficial. O que adianta dizer que se deve conciliar melhor salário com viabilidade orçamentária? Todo mundo gostaria disso: os enfermeiros, quem contrata e quem usufrui do serviço. Criticar o piso apenas dizendo isso é o mesmo que não dizer nada. Por isso, o que a Folha de S. Paulo gostaria de dizer é: não deveria ter sido aprovado o piso. Pronto. Contermos as tergiversações.
Errado. O setor privado tem como adequar seus lucros e pagar dignamente quem merece. Isso é o mÃnimo. O setor público tem como manejar seu orçamento de forma mais justa e ao encontro de uma sociedade menos desigual. Enfermeiros e enfermeiras são essenciais e precisam ser mais bem valorizados.
Infelizmente não há uma polÃtica de valorização do profissional de saúde que é obrigado as vezes ter até 3 empregos para complementar seu orçamento para pagar seus compromissos financeiros . Os polÃticos não estão nem aÃ, pois, possuem planos de saúde generosos, pagos com o dinheiro dos impostos pelos contribuintes e nem importam se os profissionais da saúde estão ganhando bem ou não, fora a tabela do SUS extremamente defasada, mas preferem e encher os cofres das siglas partidárias .
Não, não foi feita "bondade com o chapéu alheio". A valorização dos profissionais da saúde é um mobilização que vem de anos e que se intensificou na pandemia. Oras, vamos falar de custos, é isso mesmo? Então, temos que lembrar do orçamento militar, num paÃs pacifista. Temos também que lembrar do Fundão eleitoral, num paÃs em que, no geral, já sabemos o resultado das eleições. Sem contar o imposto sobre grandes fortunas previsto desde 88 na CF e nunca instituÃdo. Soluções temos, basta pauta-las!
Essa história de de emparedar entes públicos mediante pressão dos usuários virou a marca desse governo - quando anda pra diante. A velha moda de fazer gentileza com o chapéu dos outros, o "depois a gente vê". Nesse caso do piso dos enfermeiros o troco veio rápido, agora falta o caos do ICMS dos combustÃveis.
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