Ruy Castro > Bola na bochecha da rede Voltar
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O futebol é um mundo mágico, que se reinventa e se transforma ao passo que a sociedade se reinventa e se transforma, a melhor definição de metamorfose ambulante, de Raul, talvez seja o esporte bretão.
Tem também “essa bola”, que é grama na boca dos comentaristas.
Ruy Castro, mais uma vez, comprovando que é craque "jogando nas onze". Eu só acrescentaria uma lacuna. na péssima tradução de "passe pro gol" em "assistência", numa versão colonizada que tenta transferir linguagem da NBA para o futebol
Falava.Tiro de canto para escanteio; esporte bretão.Ouvia o tal do esporte bretão e pensava: mas, estou vendo o jogo do Santos. Hoje? Não perco meu tempo em ouvir quem sabe menos do que eu em futebol. na televisão tiro o som. No rádio? A última vez que ouvi , jogo do Santos, no trânsito, ao passar numa rua, com o carro, e o caminhão não encolheu a sua baita barrigona, e deu uma ranhadona em meu carro.
Na década de 60 fui ver um jogo em Maringá entre Grêmio de Maringá e Santos de Pelé! Primeiro tempo 1 a 1, jogo morno e a torcida ofendeu Pelé com frases racistas: segundo tempo 11 a 1 para o Santos. Cinco gols de Toninho e Cinco de Pelé! Torcida calada!!!
Santos onze Botafogo 0. Fui pesquisar. Botafogo de RP em sessenta e quatro. E assim nasce mais uma fake news.
Os onze a zero? Lembro como se fosse hoje! Morava na rua sete, oitenta e cinco, Vila Moreira, em Cornélio Procópio, e a mãe mandou olhas os biscoito de polvilho que fazia no forno que ficava no quintal. ... ! O jogo estava mais interessante e larguei os biscoitos para lá: fiquei ouvindo o jogo pelo rádio. Queimaram os biscoitos! E o locutor do rádio: vai faltar número para o placar.
Ótimo como sempre, Ruy Castro.. E mais algumas sugestões. que tal (ou tais): Fulano joga flutuando em frente à zaga, (ele é um drone?); o xerifão, apenas os velhos Pinheiro e Brito; center half, o speaker (Ari Barroso), o geraldino (torcedor da abolida geral), Leiteria (goleiro de muita sorte, o grande Castilho), aliás, não goleiro, mas arqueiro, que jogava sob o arco, traves. Que os mais antigos enviem também suas lembranças, é o que resta do Brasil.
Na transmissão de Flu x Coritiba ontem, o comentarista Pedrinho disse pelo menos duas vezes q tal jogador "não entregava" determinada função. Me senti numa reunião de planejamento estratégico.
A matéria me lembrou dos jogos que eu assistia junto com meu pai, que nasceu em 1911, e chegou a jogar amadorÃsticamente no interior de São Paulo, no tempo em que jogador usava gorro. Imaginem os termos que ele usava para comentar. 'Time' para ele era 'quadro'. "O São Paulo está com um ótimo quadro".
Golquiper, beque, corner, centeralfe, alfes direito e esquerdo, friquique. Estão em algum lugar do passado
Jogador bom virou “jogador de qualidade”; time reforçado agora é mais “qualificado”. O estádio deu lugar à arena. Há zagueiros que jogam na sobra e os que sabem sair jogando. Existe um tal de “fazer o facão”, que ainda não descobri o que é. E não vá o incauto dezer que houve bola centrada, o certo é alçada
Ah, Ruy, queridão, nada mais inútil pr'eu do que um vocabulário futebolÃstico, um "vocaboleiro": não vejo, não acompanho, não me interesso e parei no "ooolho no lancee!" - que, a bem dizer, é bordão, não um termo bolista. Mas, confesso, é muito melhor ler esse seu texto, mesmo sendo um esperdÃço, do que, tipo assim, entrevista do Jjjeegues: desperdiçar coisa boa é sempre melhor. Vamo que vamo!
meu avô falava quiper, beque, corner, offside. Obrigado por resgatar boas lembranças.
"A emoção é aqui" - com os narradores, não é no campo! O que você vê é muito inferior ao que ouve. Loucura braba.
Por que os comentaristas insistem em dizer "essa bola" e não "a bola" ou ,"aquela bola"?. A cada minuto é "pega essa bola", "joga essa bola" . São mil "essa bola" durante um jogo. Esquisito.
Assistia ou ouvia partidas no rádio, p.ex., santos 11 x botafogo 0, mas acho que estou nesse caso seu, não lembro de ter ouvido nada no rádio desde esse ano (não é possÃvel escrevê-lo para evitar o robot de censura). Caso volte vou me preparar com o glossário.
Acho estranho dizerem "confronto" direto para um jogo entre times que estejam próximos na pontuação. Para mim, qualquer confronto entre dois times é direto, pois ambos entram em campo para o jogo, não há terceirização ou outra forma indireta de decidir a peleja.
"confronto direto"
Prezado Ruy ! Tens toda a razão. O “ filosofo Nenem Prancha dizia “ Futebol é simples: quem tem a bola ataca; quem não tem defende”.. E um técnico de um time de futebol de salão vitorioso no interior do RS que foi sogro dó craque Valdo , do Grêmio dava a seguinte orientação para o seu time: “ marcação cerrada na defesa, bola para as pontas e clareou pareou .” InfalÃvel , segundoÂ…
Pênalti.
Neném Prancha não é aquele que dizia aquela besteira de que o pênauti era tão importante que devia ser cobrado pelo presidente do clube? :-)
DifÃcil mesmo é ouvir ex-jogadores comentando. A maioria dando uma surra no português.
As piores são: “fatiar a bola” e “atacante negociou o espaço com o zagueiro”.
Sói. Boa!
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