(em seguimento a outras 3 partes) Em vez disso, a ideia principal é o desperdício de recursos - meios e instrumentos. Entre a priorização dos fins e a consideração dos meios e instrumentos, há uma inversão completa do modelo.

Os seis pontos listados no artigo têm muito mais a ver com 'meios e instrumentos' do que com 'fins' que interessam aos indivíduos humanos. Vejo isso desde o primeiro parágrafo. Por que não avaliar a situação em termos dos resultados da política publica - esta a razão pela qual o investimento foi feito - e dos imensos prejuízos aos indivíduos e à sociedade decorrentes de não dispor daquilo que estaria disponível se a política tivesse sucesso?

Mundo da técnica definido por duas propriedades: o preparo na discussão dos meios e dos instrumentos requeridos para a consecução de algo, e o total despreparo para a discussão dos fins que interessam aos indivíduos humanos. Os seis pontos listados no artigo têm muito mais a ver com 'meios e instrumentos' do que com 'fins' que interessam aos indivíduos humanos. (segue)

Supondo que seja verdadeiro que o que mais importa, o prioritário, vem em primeiro lugar, o primeiro parágrafo do texto coloca nessa posição o desperdício de recursos econômicos. O não atingimento dos benefícios sociais vislumbrados, que deveriam superar em muito os recursos investidos e perdidos, está em segundo plano. Lembro Martin Heidegger, e com ele, Vilém Flusser, este, professor da USP - Politécnica, de décadas atrás, e do conceito de Mundo da técnica, (segue)