É, meu caro, mais um texto calmo e lúcido, a discutir o que é candente e obscuro. Eu apenas reitero que o esforço não é baldado, por serem, essas assimetrias, construções sociais paulatinas: nem caíram prontas do céu, nem são monólitos invulneráveis. Creio ter sido o Schwartzman quem trouxe, dia desses, um pensador africano que indicava que a minoria dos pretos elevados à igualdade com brancos é, em boa parte, cooptada - inadvertidamente ou não - pra emular um esforço igualitário. (Continuo)

O "doutor em economia" calou quanto ao IMPOSTO SOBRE GRANDES FORTUNAS previsto no art. 153, inciso VII, CF/88. De estranhar o silêncio do colunista e professor do INSPER!. Não regulamentado nos últimos 34 (trinta e quatro) anos, já deixou de arrecadar MAIS de UM TRILHÃO; à alíquota moderada de 0,5% a 1%, acima de DEZ MILHÕES. Não dá um pio na distribuição de DEZESSEIS BILHÕES em dividendos a SEIS banqueiros, em 2018, sem pagar um centavo de Imposto de Renda. Tributar herança a 4%? Fala sério!

Muito bem colocado. Mantemos as regras para nos mantermos privilegiados. Não tenho , no entrando, certeza do papel de maior tribulação da herança já que no momento do recebimento, a maioria dos herdeiros já é rica por outros motivos. Outra coisa, o governo PT, excelente em vários aspectos, privilegiou o funcionalismo elite.

Fico espantado com a lógica de raciocínio da esquerda caviar, parece que naturalizou a corrupção como meio lícito de governar, para ela não importa se seus líderes são corruptos desde que sua fatia do butim seja grande.

Quando o Mensalão foi descoberto alguns petistas justificavam o crime dizendo que ela era praticada para o bem dos pobres (a corrupção ajudaria o PT a se perpetuar no poder e isso seria bom para os pobres). A verdade é que não exite corrupção boa e o conceito de corrupção não varia em função da classe social. Corrupção é sempre a mesma e é crime em qualquer lugar do mundo. Querer tergiversar sobre isso significa se juntar ao criminosos (que são altamente nocivos para todas as classes sociais).

Um bom exemplo da corrupção legalizada - melhor seria dizer "apropriação indébita legalizada" - está no procedimento de decisões do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais do Ministério da Fazenda (Carf), em que o empresariado detém praticamente a maioria dos votos. Simplesmente escandaloso. Só existe isso no Brasil - e não é figura de retórica. É o liberalismo à brasileira.

- Texto fiel à nossa realidade, concordo em tudo.

Vai demorar muito para isso melhorar pq a classe média terá de parar de querer parecer rica.

Maravilhoso! Bela síntese da desgraça brasileira pelas mãos da nossa rasa elite. Importante dizer que a elite brasileira representa 1% da população, que é dona dos meios de produção. Tem muita gente só rica e até classe media levadas a acreditar que são elite! O discurso anti corrupção, estratégia histórica da extrema direita, nega todos os privilégios e favorecimentos da elite. Falta compreenderem q enquanto um de nós estiver inseguro e injustiçado, todos estaremos!

Para refletir sobre outros males das elites de todos os tempos leia meu livro Prazer entre Homens.

Que zoeira mental! Quanto malabarismo linguístico, com o único propósito de relativizar, naturalizar, essa degeneração que é a corrupção. Pano rápido!