Marcelo Viana > Paradoxo de Polanyi e aprendizagem de máquina Voltar
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Não podemos esquecer que nossa inteligência também está em evolução, assim, nossa capacidade de entender-nos e de explicarmo-nos também. Então, poderÃamos perguntar: Haverá um momento em que as distâncias percorridas pela inteligência artificial e humana poderão se igualar?
" O programa de computador Alpha Go Zero utilizou técnicas de "deep learning" (aprendizagem profunda) para aprender a jogar em apenas algumas horas," não sei o que o colunista considera algumas horas, ou se o "aprender" é aprender o básico, mas para chegar no nÃvel de ganhar do campeão mundial, Alpha Go levou 21 dias, rodando 24 horas por dia, com milhares de partidas simultâneas, o que em escala humana daria centenas de milhões de horas.
Ah, carÃssimo, até que enfim chegou a quarta! Hahahahah! Marcelo, sabe que me intriga mais o momento em que simpatias e antipatias, os afetos, começarão a ser expressos pelas máquinas? Porque têm um correlato com a inteligência: são realidades intangÃveis. E, talqualmente algumas aprendizagens, dificÃlimas de se descrever: um "quentinho no coração", é o quê? "O Bozo Mindá Nojo". Mmmmm, quesquecé esse tal de nojo? Há dimensões fÃsicas, cognitivas, afetivas, uma mistureba. Intrigante esse futuro..
Será que a IA conseguirá produzir boas piadas? Será que a máquina conseguirá alcançar um estado de espÃrito que afeta escolhas, que pode ser uma num dia e outra no dia seguinte, dependendo tanto do afeto quanto da lógica? Apaixonar-se por alguém ou alguma coisa? E será que o humano poderá se transferir para a máquina, tentando a imortalidade? Já que se falou em filosofia.
Justa Lerda, hein? Não pode o matemático especular, que lá vem nóis piorar a situação do dilema... Hahahahah!
Com efeito, Michael Polanyi argumentou que as "regras" da ciência tipicamente não podiam nem mesmo ser articuladas e que muito da ciência consiste de conhecimento tácito que desafia formulação explÃcita. Parece que sua posição está equivocada. Será que a IA pode provar a indução enumerativa como Euler provaria? Alguns matemáticos acham que o intuicionismo na matemática não pode provar a indução enumerativa e assim o intuicionismo, na matemática, precisa ser rejeitado. Isso está correto?
Caro Marcos, parece implausÃvel sustentar, como Polanyi, que todos os padrões compartilhados da comunidade cientÃfica, por exemplo, consistência, generalidade, compatibilidade com a evidência sejam altamente ambÃguos como sustenta Polanyi, Kuhn e outros. Para ensinarmos uma máquina, em linguagem de máquina, a reconhecer uma maçã, precisamos de 2 a 20 milhões de fotos, e a máquina consegue reconhecer fotos de maçãs com mais precisão que humanos. Longo caminho pela frente para a IA.
Opa! Coisa linda a sabiduria de alguns colegas aqui na Ãgora, Vito. Tudo isso ainda me parece tão hermético... E olha que sou um curioso. Vamos ver se dá debate e aprendo algo com vocês.
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