Os planos de saúde são como qualquer empresa de grande porte. O que realmente importa é a rentabilidade. Para renderem, preferem aquele indivíduo saudável que leva anos para ter uma doença, e quando a tem. Mas nesse interin, gasta um absurdo em mensalidades que poderiam dar uma vida melhor à família. Em resumo, pensem bem antes de contratar um.

Seu Luiz, sou meu pulso a medir, e Vosmecê poderá avaliar se é sinal de doença: toda vez que vem um representante das grandes companhias de saúde privadas aqui escrever, pulsa em meu estambo uma desconfiança do baralho. E olha que uso a Unimed e acho as clínicas próprias, os pronto-atendimentos, um primor. Mas dá licença, é tanta treta, tanta incúria e negação evidentemente pppiicaretas, que não há a mínima condição de contar com nossa boa-vontade. Auscultai este paradoxo e vê se aprende algo.

Pulsante já é. Só que pulsa com o dinheiro do povo. No Brasil, devido ao fato de que todos os gastos médicos podem ser descontados do imposto de renda, mais da metade do dinheiro público que vai para a saúde é entregue ao setor privado e não ao SUS. E esse setor atende somente 25% da população, cobrando um preço altíssimo, que remunera hotelaria e espetáculo.