Opinião > Alguns porquês de se criar cotas na pós-graduação Voltar
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Temos, ainda, um caminho árduo e longo na busca pela maior democratização no acesso e permanência aos programas de pós-graduação, e à universidade pública como um todo, no Brasil.
Como a pós-graduação não é considerada trabalho no Brasil, é a parcela dos pesquisadores de grupos mais vulneráveis, entre eles as mães, que mais sofre pela falta de assistência social e previdenciária. A pandemia da COVID-19 escancarou a sobrecarga materna em todos os espaços, inclusive dentro dos programas de pós-graduação. Alunas mães, a despeito do trabalho de cuidado que exerceram integralmente durante a quarentena, precisam agora cumprir todos os prazos tal como os demais.
É importante ressaltar, também, as polÃticas de acesso e permanência de mães à pós-graduação. Pesquisas mostram que, apesar da maior entrada de mulheres nas instituições de ensino públicas, nós ainda somos minoria entre os pesquisadores mais relevantes, ou que ocupam cargos de maior envergadura. Isso por conta do trabalho invisÃvel de cuidado que as mulheres exercem diariamente e que, sem dúvidas, interfere em suas produtividades acadêmicas.
Rumo ao sucesso, por meio das cotas para cursos que exigem prévia formação sólida, e sempre nas públicas. Nunca, jamais, um artigo sequer em defesa das cotas no ensino infantil, para as escolas privadas, que atuam por delegação estatal. PolÃtica de viés discutÃvel. Não é social nem transgeneracional. Não ajuda na integração étnica. Como qualquer pauta progressista, nasce do egoÃsmo, do rancor e do desejo de poder. Crianças, virem-se.
quase diariamente escuto pais lamentando : Meu filho(a) foi embora - EUA, Canadá, Europa, Austrália, Ãsia . O cidadão que estava pintando minha casa me disse anteontem - 'Neste final de semana nasceu meu primeiro neto - Em Vancouver-Canadá" Amigos têm filhos nos EUA, Alemanha, Austrália ...
Coloquemos os pingos nos "i" . O aluno estuda - graduação, mestrado , doutorado, pós doc ... e depois : Vai embora do Brasil porque aqui não consegue emprego . Essa é a triste realidade . Minha filha está no perfil acima , e conseguiu emprego num pequeno pais do extremo norte europeu ! Lá já tem a cédula de identidade, carteira de motorista e está aprendendo aquele difÃcil idioma local . Dificilmente volta para cá .
Palmas para a Anna e a Jacqueline por se engajarem nesse debate público. Quando uma opinião leviana sobre um tema sensÃvel é lançada publicamente, é essencial que haja uma resposta de quem conhece. Foi claramente o que aconteceu aqui. Cumprimento também a Folha, por dar espaço ao contraponto.
Senhoras, prezadas, que belo contraponto. Quando do texto do Hélio, fiz uma observação semelhante em relação à seleção, talvez em resposta a algum colega leitor, não me lembro exatamente. Mas, inclusive, à s vezes é necessário já se ter negociado com um possÃvel orientador. De todo modo, eu dava mais importância ao suporte econômico, e vocês me deram alguns motivos pra não supersimplificar a perspectiva de apreciação. Muito grato, e muito boa sorte na luta!
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