Hélio Schwartsman > Ricos fugindo da vacina desmoralizam mais o darwinismo social Voltar
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Acrescentaria ao artigo e ao que foi escrito nos comentários, que os menos escolarizados também são os que não tinham escolha de manter o isolamento social. Se as chances de contágio fossem iguais para todos, independente da escolarização/classe social, provavelmente, mesmo levando em conta o aspecto polÃtico deste resultado, as taxas de vacinação seriam equivalentes entre todas as classes sociais.
Muitos associaram a ideologia partidária e religiosa , que acontece também em paÃses do 1° Mundo para não tomarem vacinas, onde alguns acreditam que colocam chips para controlar suas vidas . A ignorância não conhece classe social, basta ir as redes sociais onde as barbaridades contra os esquemas de imunização chega as raias do absurdo .
Talvez muitos abanados, fazem viagens ao exterior e lá tomam vacinas, onde muitos consideram que as de lá são melhores que as daqui.
Ensinar o bê-a-bá do pensamento crÃtico é complicado. Um professor da USP, queria ser diferente dos outros e desejava criar uma escola de cientistas. Achava que usando os mesmos livros que Einstein usara quando era estudante teria sucesso. Criar o pensamento crÃtico e cientÃfico envolve muitas coisas. Envolve a formulação de hipóteses e pensamento hipotético-dedutivo aliado a uma atitude cientÃfica. Teorias, métodos, objetivos e dados empÃricos.No passado a ciência enfrentava dogmas.E agora?
É difÃcil o pensamento crÃtico e cientÃfico combater o pensamento irracional. Nos EUA aparece também 59% os instruÃdos que se vacinaram. O caso de fraude cientÃfica na vacinação Wakefield-autismo de 1998 só em 2010 foi resolvido pela ciência. O público ouviu os rumores e os negacionistas contribuÃram para o declÃnio da vacinação em 30%, com o sarampo, coqueluche e outras doenças voltando. Antes no Brasil as escolas davam todas as vacinas. Agora os pais têm que autorizar. Atraso na vacinação.
Penso q há tb outra forma de explicar: ricos são mais escolarizados, mas confiam mais nos seus sistemas de saúde privados; são mais confiantes em suas próprias avaliações sobre a sobrevivência e futuro; e o coletivo tem prioridade menor. No Brasil, entretanto, a polÃtica foi mais forte, inclusive no meio médico.
Meu caro Hélio, aprendizagem não ocorre somente na escola, e talvez a escolar não seja vista com maior importância relativamente à social. Observando exemplos bem-sucedidos economicamente, pode-se generalizar a eficácia dos comportamentos sociais para outras áreas da vida, como a saúde. A cientificidade, que exige rigor distinto da vida cotidiana, é incômoda; a identidade social, por sua vez, traz conforto afetivo. Pode não ser efeito de uma falha escolar, mas consequência do ambiente circundant
Um adendo é interessante, Hélio: a informação sobre imunização poderia ser complementada pelo Ãndice de mortalidade nesses grupos. Conforme avançou a pandemia e o entendimento sobre a dinâmica do vÃrus, outras providências além de uma primeira ou segunda vacina, puderam ser tomadas. Pode ser que tenham observado, em seu grupo de maior nÃvel socioeconômico e/ou cultural, a somatória de métodos foi suficientemente eficaz. A Bozofrenia é, em si, um paradoxo civilizatório, não somente a vacinação...
De fato mais educação não garante voto melhor, e temos de lembrar, o bolsonarismo vive no mundo paralelo. Já deram uma banana para a realidade tem tempo.
É a seleção natural de Darwin acontecendo. Essa gente que não tomou vacina tem muito mais chance de morrer. E não conseguem juntar seus neurônios para se dar conta que fizeram a opção polÃtica errada. Dá tempo de corrigir em outubro, votando em qq um menos do ser desprezÃvel que tenta a reeleição. E depois descobrindo que tomar vacina é importante.
Marcelo, caro, "tem mais chances de morrer", numas: alimentando-se melhor, usando transporte individual, não se aglomerando, podendo isolar-se em casa - e evitar contato com contaminados, através de testagem privada - etc., essas chances podem vir a se equilibrar.
As escolas não conseguem ensinar o be-a-ba do pensamento crÃtico porque estão mais preocupadas em ensinar os alunos a obedecerem e quando muito , a passarem no vestibular.
Um artigo q serve só para o colunista se dizer espantado com informações já divulgadas. Se lesse os Nobel Kahneman e Tahler, saberia q tal comportamento tem pouco a ver com as escolas, mas com a natureza intuitiva dos seres humanos. O próprio colunista já defendeu teses estúpidas, como julgar a adequação do investimento educacional pela porcentagem do PIB e não pelo investimento por aluno ou dizer q não há mal em clubes racistas, o q não o impediu de escrever o livro Pensando Bem...
Acho que este comportamento dos ricos deveu-se, em grande parte, à falta de senso critico e conhecimento histórico e polÃtico - em uma palavra ignorância mesmo. Mas , também acho que a desinformação impulsionada pelas fake news foi capital no comportamento destas pessoas. Temos hoje uma legião de fanáticos e acrÃticos que vivem em uma realidade paralela.
Os ricos se vacinaram menos porque sentem-se mais seguros em relaçao a covid. Eles tem recursos para remedios, medicos, hospitais, tem casas espaçosas onde cada um pode se distanciar do outro. Acreditavam tambem que no fundo era uma gripe forte, isso sim por ignorancia do quadro geral da situaçao. Os pobres nao tem dinheiro para remedios, hospital, etc e doentes nao poderiam ter renda.
Vamos em direção semelhante, Fernando. E o colega Flávio z abaixo, mencionando o "febrilmente", parece-me ter acertado em cheio: febril e muito febril, daquelas de 4Ograus, de dar delÃrio continuado... Hahahahah!
Em que pese não haver relevância (nem metodologia) estatÃstica, das pessoas que conheço e não se vacinaram, o motivo foi, basicamente, o mesmo: a descrença na vacina pelos motivos expostos febrilmente por bolsonaro.
Por que as escolas não conseguem ensinar o beabá do pensamento crÃtico? Porque estão ocupadas a ensinar as crianças (como meu filho de 11 anos) a definir conceitualmente o que é o pretérito imperfeito e um imensidade de coisas que podiam ser podadas ou deixadas para a hora certa, e que acabam tomando boa parte do tempo e a paciência de todo mundo. É a pressão corporativo-acadêmica defendendo seus m2 de saber, e lasque-se a necessidade de o ensino olhar para as necessidade do mundo contemporâneo.
Prezado Daniel, cabe apontar aqui a noção de "educação integral", uma perspectiva que envolve a lida com os aspectos não acadêmicos da educação como a dimensão laboral, a lida com as coisas concretas do mundo - alimentação e a culinária, a terra, o trabalho em conjunto - e os afetos e convivência, pra ser sucinto. Não somente " questões do mundo contemporâneo ", mas da vida. Fica tudo isso pra trás...
Daniel, pensamento crÃtico e gramática não são mutuamente exclusivos, talvez sejam mesmo complementares. Também acho que há muita coisa "demais" o currÃculo escolar, mas estas devem ser substituÃdas por outras mais pertinentes, não simplesmente eliminadas para tornar a vida dos estudantes mais "facinha". O aprendizado do significado e sentido dos tempos verbais, por exemplo, é algo que já deveria estar consolidado para os garotos de 11 anos.
Na esteira do raciocÃnio, quem mais morreu no auge da pandemia foram os ricos. Não é isso que a própria Folha disse há algum tempo quando mostrou que pobres foram mais castigados pela pandemia. Alguma coisa não bate nessa bobajada que o colunista escreveu
"Mas confesso que esperava que, passando do registro do voto para o da sobrevivência, a análise racional de evidências, que pode ser ensinada nas escolas, prevalecesse sobre os aspectos emocionais que afetam o posicionamento polÃtico. Aparentemente, não é o que ocorre." A tese é de que o instinto de sobrevivência+boa educação falasse mais alto acarretando + vacinação. Mas, como lembrado aqui, eles têm vida boa. Então, qual o sentido de se cobrar vacinação de um grupo que morreu menos? N bate, fi
"Na esteira" dos dados apresentados, isso não está dado nem é decorrência necessária. Vê-se sem grande esforço onde encontrar "bobajada"...
Os pobres foram mais castigados pela pandemia porque não possuÃam os privilégios dos mais ricos. Os ricos tinham condições de ficar em casa, trabalhando remotamente, sem depender de transporte público e com acesso a serviços de saúde melhores. O raciocÃnio do colunista está correto, ao contrário do seu.
Meu caro, se essa vida boa, da qual não tenho a menor dúvida de que gozam, assegurou a sobrevivência dos ricos durante a pandemia, qual o problema em não tomarem a vacina? Diga-se logo que ricos não precisam dela e pronto
Vou tentar lhe explicar, Sérgio. Os mais ricos têm mais acesso aos serviços de saúde, melhores condições de saúde e nutrição. Ademais, puderam, durante a pandemia, expor-se menos. Capice?
Olavo Caveirinha os aguarda.
Outro exemplo da falácia do Darwinismo social são empresários de porcarias, porem ricos, tramando golpe de estado! Além disso, essa teoria só pode ser levada a sério por quem não entende o básico de evolução. A sobrevivência do mais apto se dá no perÃodo evolucional qdo nem todos tem descendentes. Depois de estabelecida a espécie e a maioria absoluta tem descendentes não tem evolução. Que bobagem.
Pensando mais, acho que o darwinismo social não está relacionado a evolução genética. Fazer o que?
Escolas têm dificuldade de ensinar o beabá do pensamento crÃtico, muito a melhorar nesse aspecto mesmo. Entretanto, é preciso considerar que há método no marketing e no impulsionamento digital da desinformação. Trata-se de algo copiado dos EUA, inclusive.
E esse gado diplomado e/ou abastado, não vacinado, teve sua parcela de contribuição na contaminação e morte nas famÃlias, pela covid19! O nome disso é homicÃdio!
Desconfio da ética dos ricos e, portanto, defensores da direita, de que não se vacinaram.
... e, também, Hélio, a desmoralização maior da tal acusação/acusadores da atual "escola com partido" que tanto se agitou para substitui-la. Inclui-se também o alto Ãndice dos bolsonaristas e lideranças polÃticas, militares, religiosas e, sabe-se lá quem mais, encontram-se ativos nas sobras e nas escuridões invisÃveis.
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