Marcão, não seria essa a sina de todo individuo que de repente se vê com o bolso cheio? Virado Paulista?!?! Ele quer o restaurante da moda, o chef da moda, a maior experiência culinária da última semana. Ele quer, mais que se alimentar, mostrar aos amigos da rede social, aos vizinhos, à família, onde ele foi. Ele chegou lá ! Sai com a barriga vazia, mas a vaidade saciada. Por enquanto, até o anuncio de que há uma nova experiência bombando lá na Vila Tal.

Incrível a experiência de ler os comentários. Fascinante. Como há pessoas inteligentes!

Concordo 100%! Mas como dizia o velho ditado: trouxa raleia mas não acaba nunca! Então sempre existirá demanda para estas experiências.

Marcão sempre acerta na mosca, parabéns. Para que acredita que experiência gastronômica está vinculada a cultura de um povo, desculpe-me, ledo engano. A comida, a forma de fazer uma receita, seus ingredientes sim fazem parte de todas as culturas.

A leitura dessa peça foi uma experiência bem desagradável! Em que pesem os excessos ridículos e marketeiros de certas “experiencias”, o autor esqueceu que comida e gastronomia sao partes essenciais da cultura dos povos, que vão muito além da necessidade de “encher o bucho”.Isso, os animais fazem, enquanto os humanos tendem a elaborar e experimentar, em todas as épocas e contextos sociais. Já que sua postura crítica e verborrágica disfarça uma abordagem pseudo-intelectual, sugiro alguma leituras

Todas as vezes que me ofereceram "experiência e sensações" paguei caro e saí com fome. O lugar quando faz comida boa independe desse marketing (aliás não precisa de marketing nenhum)

Meu filho de 9 faz sua banana amassada no café da manhã e coloca pelo menos uns 10 complementos diferentes, na ordem correta, para depois amassar tudo junto, esquentar e devorar! É sempre uma experiência gastronômica, sensorial, visual, cênica e divertida. E carrega as baterias pelo menos até o lanche na escola. Agora, imagino as peripécias criativas que uma agência diria a respeito... Hahahahah

Eita mundão de “experiência “… e as pessoas estão a fim da “foto”., não de comer alguma coisa.

No geral ainda prefiro as biroscas, costa pra rua. Sem muita enrolação e comida "bruta". Gostei demais da coluna.

Boa Marcão!!! Você extrapolou, no bom sentido, nas duas últimas colunas. No ponto!!!

Haahahahahaa

Ontem vi na TV um programa sobre turismo gastronômico na África. A "experiência" emocionante de almoçar em plena savana africana, com mesa posta ao ar livre, sem proteção de grades a poucos metros de um rinoceronte e seu filhote. Comida local da cultura do país. Jantar sozinho numa plataforma sob as estrelas. Imagino que logo teremos a "experiência" de café da manhã com rinocerontes amigos aqui em nosso país. Uma "experiência" inesquecível de sabores abstratos.

Hahahahah! Marcão, caríssimo, uma amiga era chefe de um restaurante num hotel cinco estrelas aqui de Campinas. Chefa de cardápio e fogão, de alquimia e cotidiano, bem entendido. Cara, eu me borrei de rir um dia em que foi comer lá em casa, chegando esbaforida, querendo um uísque e uma rede: "num güento mais entrevistar 'chef', preciso de Cozinheiro, gente que entenda de panela, dar ponto no molho, saiba não transformar polvo em silicone!" Essa, fazia um Juta de um feijão - mmm, saudades dele.

Marcão,vc me lembrou Michael Douglas em 'Um dia de fúria '. Sei lá por quê. Adorei o texto.

Ótimo texto, reflete exatamente o que estamos vendo na culinária paulista...sempre o mais do mesmo. Difícil encontrar um restaurante que se prove competente pela comida e não pelo perfil no Instagram. Poucos são aqueles que entregam o que ofertam nas fotos e vídeos. Infelizmente, essa culinária das experiências nada mais entrega do que somente uma foto insípida

Muito bom o texto! Como sempre adiado e pontual!