Acho interessante essa busca por compreender um outro mundo que não o seu: a pesquisadora se posiciona mais à esquerda e quis desvendar o fenômeno do bolsonarismo, ao menos o mais moderado. O fato é que a gente vive em bolhas: eu morei, estudei e trabalhei em bairro de classe média até me tornar professora em escola de periferia. Mas isso não me tornou uma pessoa periférica, eu continuo na mesma bolha, tentando compreender as outras bolhas.

Só queria entender. Bolsonarismo moderado = fascismo moderado?

Tem um erro de concepção aí, a esquerda não defende nenhum modelo de família, apenas reivindica o direito de todos constituírem a sua família, sem discriminação de gênero. O que é uma família Lgbtq+ senão uma família organizada nos moldes tradicionais com a diferença de que o casal não é formado por um homem e uma mulher? Não há sentido em lutar pela família que restringe essa associação a uma entre um homem e uma mulher se o que se pretende é a liberdade das pessoas se associarem como quiserem.

Resumindo, o objetivo não é dialogar com as mulheres evangélicas , numa base de respeito mútuo, e ,talvez, aprender com elas mas sim como doutriná-las para que sejam "terrivelmente " feministas.

Como pode louvar a família um cara que fala para a nação que tem um ap "para comer gente" e que "minha especialidade é matar e não curar"? Como pode a esposa e a família aceitar tudo isso? Grotesco, ignora que o Brasil tem maioria católica, familiar e avesso às armas e à violência. Fora presidente-fila-do-osso!

Acho que no imaginário de cada brasileira ou brasileiro está a figura da família com o pai e a mãe. É inútil lutar contra isso. Deve-se sim, criar condições econômicas e sociais para que as famílias possam ser, realmente, uma família. "Em casa que falta pão, todo mundo perde a razão".