Deirdre Nansen McCloskey > Imagens deslumbrantes Voltar
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Ainda bem que só recebi esse artigo dois meses depois de ser publicado, se tivesse recebido mais rápido, comentaria. Imaginem só, conseguir ler e comentar imediatamente um artigo que alguém escreveu? Em que mundo viverÃamos se isso fosse possÃvel? Um mundo de aberrações? Um mundo em que pessoas retrógradas e que só pensam no próprio umbigo teria espaço em veÃculos de projeção nacional, quiçá internacional? Ainda bem que aqui, na idade média, isso ainda não é possÃvel!
Se ciencia, que é o conhecimento e conquista da natureza for despesa - então o bolsocoisa está certo!
Que visão reacionárioa! No limite, então, vamos abortar todas as pesquisas cientÃficas que não tem um retorno tangÃvel a curto prazo.
Verdade. Imagina então aqueles cientistas que passam décadas estudando o DNA no rabo de um.lagarto que viveu 23 milhões de anos.
Estou vendo os achaques de uma nobre senhora da aristocracia lisboeta, na corte de Dom Manoel - O Venturoso, ressentida com os gastos exorbitantes da coroa na construção das caravelas: "Essas geringonças de madeira que se lançarão ao mar sem fim em busca de um suposto Império Ultramarino, como se fosse possÃvel... Nem retornarão dessa farra deslumbrante, sepultando nosso ouro lusitano nas profundezas do oceano. Que absurdo, ó pá!"
Foi mais ou menos assim que eles dispensaram um certo genovês que antes de oferecer seus serviços aos reis católicos em Madri passara pelas cortes lisboetas na tentativa de vender seu peixe
Hahahahah, Nasemar, grato por não ter escrito essa muito cedo: eu ia acordar gente no prédio com a gargalhada. Muito grato pela risada! Hahahahah!
A tia Deirdre, pra quem não escrevo mais em inglês porque não quero que ela me ouva, não usa panela de Teflon. Nem GPS. Nem as ligas de alumÃnio desenvolvidas no programa Apolo. Nem a tecnologia de carbono-carbono do Columbia. Não pode usar 'terneti, auntie, sóri. Se for ameaçada de bala, esquece colete de Kevlar, nem venha pro Brazil antes de apearmos o Bozo do trono. Pesquisa é muito caro. Próxima crônica, sinhá escreve no Moleskine e manda por snail-mail, tá? Valeu.
Muito interessante! A financeirização da vida. Tudo é monetizado. Não tem lugar para um suspiro no final da tarde a não ser que seja no hotel super caro, mas em uma ultra promoção com diárias na metade do preço. A vida passa a ser aferida e triste. O pior é que isso é feito em nome de uma pseudociência reducionista em busca de uma suposta produtividade. Ainda vamos sofrer muito porque isso se alastrou como uma praga e todo idiota carente se agarra para dar um sentido à sua vida vazia.
Tudo vale a pena quando a alma cabe num Mastercard. Ou Amex. Se não couber, tenta no visa Black, aà vai.
Quanto do dinheiro gasto para construir esse telescópio foi gasto na própria economia americana? Quantas novas tecnologias foram desenvolvidas? Investir em conhecimento, mesmo nesse que em primeira vista parece inútil, sempre traz benefÃcios. Talvez seja esse um das causas que faz dos Estados Unidos o maioral da vez.
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