Muniz Sodre > A nova ordem do dia Voltar
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muito bom texto.
Num paÃs com poucos inimigos externos, as forças armadas são a nÃvel nacional o que as milÃcias são a nÃvel local. Elas ganham força com a demanda popular por lei e ordem. Por outro lado sabem manipular essa carência para conseguir poder e vantagens corporativas. Quanto mais os 3 poderes se derem ao respeito, menor é o protagonismo armado.
O verdadeiro “aggiornamento” seria trazer à realidade a tropa antidemocrática que luta contra inimigos imaginários. Convencê-los que a “necrogarantia” sistêmica é discriminatória. Mas como são temas entranhados em suas identidades pulsantes, mesmo que se pusesse seus corações em formol, seria bem capaz que desfilassem post mortem para atormentar a democracia, brindando entre si, vitoriosos, de suas cápsulas de vidro.
Que espetáculo, caro Enir, de necromancia...
A "modernização das mentalidades" dos militares será consequência de irreprimÃvel mobilização popular, tal como aconteceu na Colômbia. Eles existem para reprimi-la com violência. Os generais não têm vexame dos gordos salários vitalÃcios e planos de saúde, extensivos à s viúvas. Os barretes burocráticos que os envaidecem asseguram-lhes a glória nos pijamas.
Óia, sêo Muniz, agora mindeu saudade do que eu não li: vida inteira, vi o "farda, fardão" na prateleira dos meus pais, e não botei nele os olhos. Pena. Vivendo agora na carne, todavia, é um espanto: não era pra gente ter se acostumado? Com a República, digo, sua ordem institucional, seus ditames igualitários etc. Nem penso no reflexivo ao qual o senhor faz menção, mas no mero hábito; mas parece que não, ainda há quem reze na velhÃssima cartilha do império, taà a conserva de dom Pedro pra reafirm
Às vezes parece que o senhor coloca um terno na hora de escrever. E esse último parágrafo, então, foi um gol de placa. No Brasil sempre fazemos a coisa do nosso jeito, não tem jeito. Nem sempre isso é ruim, mas nunca tÃnhamos caÃdo em tamanho atoleiro antes. Tomara que saibamos sair.
Hahahah, também Janio de Freitas: mesmo em casa, de madruga, escreverá de fraque e cartola. Hahahah!
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