Opinião > Há um 'historicídio' em curso no Brasil Voltar
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Diversos comentários expõe de forma cristalina a necessidade do ensino de história, um povo sem história acha que as cores da bandeira representam as riquezas naturais do Brasil, o que o torna mais fácil de ser dominados, como ao ler este jornal, em baixo da matéria está escrito que o jornal não se responsabiliza pela opinião aqui publicada, mas fez editoriais elogiando as polÃticas do governo de SP, e se dá ao luxo de publicar de vez em nunca uma opinião de um catedrático estadual.
A bandeira é boa. A trompa, mal tocada. Fiquei estupefato esses dias, quando soube que os colégios pagos, jamais atribuÃram a meus netos, a leitura de livro algum; enquanto a demais netos, a Escola Pública, ainda que de forma precária o fez. O mesmo em História; livros devem ser dados, em seguida cada capÃtulo discutido em classe. Minha neta aprende mais história no YouTube que na escola. Pode?
No primeiro ano do antigo curso Colegial, minha escola ofereceu a cada aluno, duas opções para ler e debater durante o ano: História Econômica do Brasil do Caio Prado Júnior, ou Formação Econômica do Brasil do Celso Furtado. No segundo ano, História do Conhecimento CientÃfico. Será que alguma escola ainda faz isso?
O governo colocou em prática as teorias de Olavo de Carvalho de "destruir tudo que está aÃ"
exatamente e assim mais facilmente controlar o gado..
O "tudo o que está aÃ" já é a destruição. A esquerda se infiltrou nas universidades, academias, sindicatos de professores e destruiu tudo nas últimas décadas. O Brasil precisa é começar de novo em matéria educacional!
Esse "historicÃdio" tenta legalizar uma prática já utilizada no passado para apagar a memória dos povos negros traficados pelos escravocratas pela qual queimaram-se os registros da sua chegada ao Brasil, das negociações de compra e venda, do destino que tiveram, dos nomes que lhes foram atribuÃdos, das relações de parentesco, além da estigmatização, persistente até hoje, de suas culturas, valores e religiões. Adicionalmente, sempre omitiu-se qualquer destaque a personalidades negras.
Historicamente, os negros no Brasil são tratados como se jamais tivessem existido no decorrer da formação da paÃs, a não ser como escravos, única forma pela qual são aceitos e representados. Até a Ciência, através do eugenismo 'cientÃfico', hoje rebatizado de sociobiologia, é usada para tentar apagar a humanidade dos negros e assim justificar as atrocidades cometidas contra eles.
Triste realidade. Como diz aquele bordão: O povo que não conhece sua história está fadado a repeti-la. Todos os professores de história que conheci eram crÃticos e sábios.
O obscurantismo se junta à ignorância e à má Ãndole de um governante hipócrita que tenta apagar a história humana para recomeçar tudo a partir dos seus equÃvocos e desconhecimento. Temos sorte que o Brasil é quase nulo no contexto de cultura global. Talvez ninguém vai levar este pesadelo que estamos vivendo nestes últimos 4 anos.
Excelente artigo! A elite econômica e polÃtica que saiu do armário com o bozo e se radicalizou mo fascismo, odeia as humanidades e qualquer forma de inteligência e vida intelectual.
Estamos medindo o nÃvel melhor ou pior do nosso sistema de ensino básico centrado apenas nas disciplinas de Português e Matemática, vide as provas que com seus resultados classificam a qualidade de ensino! Essas duas disciplinas são linguagens e têm importância na formação básica dos estudantes, mas não haverá ensino de qualidade e profissionais realmente qualificados em qualquer área sem sólida formação em Humanidades.
Em relação a Português e Literatura, houve também diluição de conteúdos, com pouco espaço para retomadas e aprofundamento. Espero que a Bncc seja amplamente rediscutida e revista.
A quem interessa a negação da História? A História sempre será contada em livros acadêmicos; o problema é saber quem e como serão lidos; ou renegados. Ou melhor: -- o negacionismo vencerá? O que o poder público ganha ao desinformar estudantes? Uma massa de bolsonarianos salivantes?
Nada mais simples, que para governar um povo idiotizado, que não tenha capacidade crÃtica é tudo que eles desejam. Afinal, se temos um elite que se alimenta do atraso por séculos, por que não perpetuar esta situação. Jovens que não recebem formação de base, se tornam mero máquinas que operacionais. Coisas descartáveis, nem gente nem bicho. Coisa que se usa, abusa e descarta.
História é assunto importante e a academia precisa descer do pedestal. Laurentino Gomes é um jornalista. Eduardo Bueno idem, e ambos divulgam História para o povo.
Grande Valdei Araujo, um dos meus professores de graduação. É realmente muito triste o que os autores escreveram. E infelizmente é verdade. Do que me vem na cabeça de imediato, os que mais fizeram estrago foram o Narloch (lamentavelmente colunista deste jornal) com seus livros indecentes e a empresa Brasil Paralelo com seus documentários sem lastro acadêmico no conteúdo, porém muito bem feito para dar um ar de autoridade.
A História merece respeito, mas isso também não se viu durante os governos do PT. Os livros de geografia e de história do Brasil que minha filha usou no primeiro grau eram todos "cumpanhêros".
Meu caro, deixa de escrever bobagens. Você comprova o que os professores escreveram. Eu como historiador vejo seu comentário uma ofensa. Me prove o que os livros de história traziam de "cumpanhêros". Responda meu comentário com trechos dos livros.
..."Com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) homologada em 2018 no ensino médio, a história perdeu seu lugar como disciplina escolar no currÃculo, que ocupava desde a primeira metade do século 19!..." Vale lembrar que o capitão assumiu em 1o. de janeiro de 2019.
Em princÃpio, quanto mais conhecimento os alunos adquirirem, melhor para sua formação. Mas o tempo é limitado, e as escolas devem se concentrar naquilo que eles dificilmente aprenderão fora dela, como alfabetização e matemática por exemplo. Hoje, qualquer criança pode consultar a wikipedia para satisfazer sua curiosidade sobre temas da história do Brasil ou do mundo.
Ninguém vai substitui matemática e alfabetização por ensino de história, lembrando que em 12 anos de ensino fundamental e médio deveria ser suficiente pra educar em várias áreas.. e se sua referência pra história é Wikipédia, mais uma prova da necessidade do ensino de história nas escolas.
Pobre paÃs!! Vivemos tempos onde não basta ser ignorante, se tem orgulho de se-lo.
Ah, este corporativismo.
História é fundamental, tem que constar do currÃculo obrigatório. Mas existem várias interpretações possÃveis sobre os mesmos fatos, não dá pra querer impor uma na marra, isso é ditadura.
É a Folga de SP tentando apagar sua história, Marilza.
Parabéns pela reflexão. Idem, certamente, um processo de "geograficÃdio", "filosocÃdio" e "sociologicÃdio". Jones Dari Goettert, reitor UFGD.
De duas uma, ou teme-se a história, ou ignora-se por confiar q a conhece. Triste ver decisões polÃticas na educação q desprezam formação sólida e crÃtica ao preferirem o apelo da moda.
Retrocedemos à Lei 5692/71 do perÃodo Medici, mais um golpe na democracia brasileira e em seus cidadãos.
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