Sou bióloga pela USP. Mesmo não exercendo a profissão tive formação científica adequada. Sugiro ao Dráuzio explicar, em artigos semelhantes, o que vem a ser estudo randomizado e duplo-cego. Vai ajudar àqueles sem formação (inclusive médicos e biólogos que recentemente propagaram a falácia da cloroquina e cia ilimitada...) o que significam estudos verdadeiramente científicos. Parabéns pelo artigo!

Nós seres humanos gostamos de atalhos. Mesmo aqueles que não levam a lugar algum.

E quanto à suplementação de luteína, zeaxantina e zinco para pessoas com degeneração macular? Pergunto isso porque a suplementação é a único *tratamento* oferecido para tentar desacelerar o avanço da doença.

Na 1a metade do século XX a descoberta das vitaminas revelou não só seu papel essencial como também as doenças graves causadas por suas deficiências. Daí a idéia de suplementá-las nas formas medicamentosas. Hoje se sabe que elas estão contidas nos alimentos básicos, mas esse fato ainda é ignorado

A bem da verdade, eu busquei os suplementos depois que fiz um tratamento contra a anemia ferropriva há cinco anos. Eu não queria voltar a ter anemia novamente (é horrível!), e os suplementos pareciam ser um recurso extra para me manter afastada da deficiência de ferro. Eu descobri que, ao tomá-los, estava violentando meu próprio organismo. Nada como comer comida de verdade. (frutas, legumes, verduras, oleaginosas, azeite, carnes etc.).

Drauzio, acrescentaria um motivo a mais para tomar suplementos: sermos mais do que somos, algo como supra-humanos, com desempenhos físicos e intelectuais acima da média, como se fosse possível termos, a todo momento, alto desempenho no que fazemos. Ah, doce ilusão... Da última vez que tomei suplementos, cheguei a ter repulsa em tomá-los, como se meu corpo dissesse: "por que você está tomando se não precisa, se tem se alimentado bem e feito exercícios?"

Boa noite caríssimo, Sou professor, e você ao que estou exposto, tomo vitamina, pergunto, o que fazer? Um abraço!