Tom Farias > O racismo é um fantasma da escravidão que ainda assombra o povo brasileiro Voltar
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Concordo integralmente mas um estudo mais profundo sobre a gênese da escravidão, desde tempos imemoriais, nos passa a ideia de que a escravidão sempre se deu contra pobres e menos fortes, brancos ou negros. Durante séculos, escravos eram, acredite, na sua maioria, brancos e de olhos claros. Já entre os negros, escravos vinham de tribos perdedoras nas guerras . E vendidos, pelos vencedores negros, aos Ãrabes, até fins do século XIV. Só depois venderam aos navios negreiros.
É um desafio para as Américas, decorrente do tráfico atlântico durante séculos. A cultura africana foi forte o suficiente para não colapsar como as amerÃndias, mas não tão forte que impedisse uma inserção subordinada na cultura europeia. Certamente quando paÃses como a Nigéria, o Congo e Angola decolarem como a China de hoje, o preconceito vai desaparecer como vai desaparecendo o preconceito aos produtos 'ching-ling'.
De fato a luta contra o racismo patina, apesar das ações afirmativas. Parte do problema é domÃnio da mÃdia por elites brancas e naturalizam certas “opiniões”. Na Folha, por ex., o colunista principal, Hélio Schwartsman, defende a existência de clubes racistas. Magnanimamente, diz que valeria para clubes só de brancos ou só de negros. Considerando q o racismo é de brancos contra negros, é fácil ver quem seria prejudicado. Mas a Folha diz q isso diversidade de opinião, qdo é só racismo disfarçado.
O paÃs ainda é refém do projeto de branqueamento.
Não se trata de esconder o papel do trabalho escravo, cuja importancia foi imensa, mas se trata de esconder todo o trabalho intelectual, cultural artÃstico. No Brasil se esconde engenheiros negros médicos negros poetas e literatos negros para restringir e minizar o papel do negro. Em primeiro lugar tentam esconder e destruir a história do paÃs. Mas não pensem que com isto estou querendo criminalizar o imigrante. Afinal fugindo de seus problemas apenas serviram aos interesses da oligarquia.
Quem negar que houve um projeto de branqueamento no paÃs, não entenderá a si próprio. Não se trata de culpabilizar todo o branco assim como tentaram e tentam culpabilizar todo negro. quando se busca apenas individualizar o racismo se cai na armadilha. O paÃs instituiu uma polÃtica de branqueamento não apenas buscando uma imigração européia mas também destruindo a sua própria história e a história do papel do negro na construção do paÃs.
Impressiona-me a capacidade de generalização da crÃtica. O avanço no debate é apenas na margem. E mesmo assim, somente dentro e para a propria bolha social a qual pertencem os crÃticos. Alem disso, "branquitude" é ofensivo tanto quanto alguns termos e palavras utilizados para caracterizar pessoas afrodescendentes. Por fim, em que pese termos uma elite medieval, nem toda ela age como se houvesse uma teoria da conspiração. Texto lamentável.
O termo branquitude é o exato paralelo de negritude, termo q é usado correntemente sem sentido pejorativo para designar um coletivo de pessoas negras ou a afirmação da identidade negra. Em dicionários, o primeiro aparece como a condição do q é branco e o segundo como condição do que é negro. Qual a razão de vc alegar que é ofensivo? Pq vc se ofenderia com esse termo?
Óbvio que apoio a causa negra. Sou branco. Mas não dá para aceitar essa culpabilização generalizada dos branquelos, não né? Criar ampliar sustentar uma guerra não me parece o melhor caminho, perderão apoio. MLK não apoiava isso, queria igualdade, não culpava brancos, erguia os negros exigindo igualdade. Prefiro esse caminho
O artigo é incisivo, mas não propõe uma guerra, nem sequer se aproxima disso. MLK fazia o discurso q era possÃvel naquele momento histórico, de racismo radical e violento. Mas 60 anos após, o que se viu é q o discurso de igualdade se limitou à s leis, o racismo estrutural permanece nos USA. Culpar é a sua escolha de verbo, mas há uma responsabilidade a ser assumida, q deve se refletir em ações concretas, pois a constatação é de q o preconceito sempre foi de brancos contra negros, não o oposto.
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