O artigo é preciso. Bolsonaro não é nada mais senão um populista e oportunista de varejo. Não é um conservador. A respeitável tradição militar brasileira deveria rejeita-lo, dado o baixo nível intelectual. Seria bom que o debate público contasse com uma direita de qualidade. Bolsonaro conseguiu estragar e gerar rejeição às ideias conservadoras e aos pontos aproveitáveis do discurso de direita. Estamos mal à esquerda também, diga-se, contaminada pelo identitarismo pueril norte-americano.

Tem passado, presente e sempre terá futuro, salvo se houvesse capacitação política e moral de candidatos ao Congresso. Do jeito que as candidaturas são aceitas, permitindo que concorram condenados por corrupção, sempre teremos um Parlamento venal, representando interesses de quem der mais em troca de aprovação de projetos, mesmo que estes sejam danosos ao trabalhador, ao consumidor e aos aposentados.

Não tem partido, não tem ideias e vive na ilusão de que é um Bonaparte. Depois de ser chutado perderá o palco para aparecer. Se for preso será melhor ainda.

O bolsonarismo sobreviverá sem Bolsonaro. Outros candidatos apresentar-se-ão como herdeiros do bolsonarismo. Portanto a provável derrota do atual presidente não nos livrará da onda de extrema direta, um fenômeno mundial. Além disso, a América Latina não vive uma nova onda rosa. A vitória da esquerda em vários países da região é fruto da insatisfação popular com os governos de turno e esse descontentamento também punirá os novos governos que fracassarem, abrindo caminho para a extrema direita.

A questão da falta de enraizamento do bolsonarismo em comparação com a direita em outros países é mesmo notável. Talvez a base evangélica permita um paralelo com o Antônio Conselheiro. Um segmento da população cujos costumes e crenças não aceitam leis que contrariem sua religião. Não que seja sua única base, mas sem ela seria irrelevante em termos eleitorais.

Desta vez Demetrio tem razão.

Seu Demétrio, prezado, a Barafunda bozofrênica é esse bagulho mesmo aí: o Jjjeegues, pseudo-liberal de escritório fino, se juntar com o Bozo, forma o perfeito Monstro de Frankenstein. Liberais que querem controlar preço de gasolina enquanto privatizam a empresa - e juram que o mundo será melhor; querem o império da lei, mas só pros outros, deixa nossa Rachadinha e comissões em paz. E eticéteras. Claro que isso tem raízes: é o velho império do coroné, na capitania hereditária, onde ele é a lei.

Só importa o bolsonarismo no ostracismo, o demais a gente encara. A força do bem é superior a tudo quanto há. Reacionários sempre serão de um quarto a um terço do Brasil e assim também o são noutras terras. Noutro dia fiquei pensando na frase de Sebastião Salgado. "O bicho homem é igual em todos os lugares". Mas o apreço pela liberdade, pela ordem, e pelo poder que vem das massas é sempre maior. O que conta é que há dois terços ou quase, que abominam as mãos do terror do autoritarismo.

Perfeito. O conservadorismo brasileiro encontra-se tão capenga que abraça o homúnculo e sua política demencial.

"No Brasil, contudo, existe apenas um partido nacional coeso e centralizado, que se chama PT." É tão bom ver o Magnoni ter de admitir isso.

Bolsonarismo mais parece uma oportunidade que alguns tiveram para expressar seus pensamentos retrógrados e com lógica apenas numa hipocrisia pseudo conservadora . Não será extinto, mas votará para a escuridão onde sempre existiu e de onde jamais deveria ter saído . Assim seja.

Tem sim. Basta surgir um novo nome, que receberá a adesão desse colunista. Que depois o abandonará até surgir o próximo.

O Bolsonarismo carece de conteúdo, Bolsonaro é um cara que passou a vida no ócio às custas do dinheiro público, nunca produziu nada que prestasse. Bolsonaro copia o rótulo do trumpismo, mas não é igual. Trump brigava pelos empregos dos americanos, forçava empresas a não migrarem para o México. As forças estão nas ideias e não nas pessoas. Bolsonaro vai desaparecer com o tempo.

Caro Demétrio, o bolsonarismo como imagem está fincada em nosso cotidiano é parte de nossas raízes históricas e "nunca antes neste país" foram combatidas (irrelevância na educação para maior parcela da população, prisão em massa de negros e mestiços, gritante desigualdade econômica, oportunidades sociais, ressentimentos difusos da população em relação aos gestores da política, etc). Só faltava um personagem para encarnar todas essas demandas, e continuará a existir com ou sem Bolsonaro.

A única característica de Bolsonaro que se iguala a Trump é a teimosia de tentar se manter no governo. Trump é um vitorioso no mundo dos negócios, um Shark, enquanto o nosso atual presidente tem uma história de ganhar a vida através do militarismo e desvio de dinheiro público. Foi expulso do militarismo e depois tem participado de muitas falcatruas, como raspadinhas e a compra de imóveis com dinheiro vivo, etc. É um barquinho a remo perto de um Transatlântico. É um páry@ perto do Trump!

Bolsonarismo, lulopetismo, peronismo, chavismo , comunismo cubano e outros "ismos" são pragas que afetam os infelizes países latino-americanos há longo tempo e são os principais culpados pela pobreza e falta de perspectivas na região.

Quais os ganhos democráticos que tivemos desde as eleições para Presidente realizadas juntamente com a queda do Muro de Berlim e fim da URSS. Alguém poderia elencar os ganhos?

*o bolsonarismo é reacionário, não conservador*. Putz, perfeito. Bravo, Magnoli.

Muito bom o texto do Demétrio. Ele nos faz ler ou reler a história moderna e contemporânea, focada basicamente na Europa e en passant pelos EUA com o Trump. Acho que alguém leu para o Bolsonaro alguma coisa sobre o Império Otomano e os olhares saudosistas do atual Presidente da Turquia Erdogan. Aliás, em um evento em que o Presidente brasileiro se encontrou com o turco, o seu olhar e sua conversa foi nessa direção. Mas não nos engnemos, as arruaças podem vir do campo e dos evangélicos.

O Bozolismo despertou uma parcela da população, fascista, preconceituosa, ignorante, valente com mulheres e na internet, mas arregada frente a marmanjos e a justiça devem com certeza voltar ao bueiro com a eminente derrota do lorpa que os lidera!

O Bolsonaro é um político de ocasião, como muitos, talvez a maioria, dos políticos brasileiros. Nem ele mesmo acredita nele porque nunca teve como objetivo chegar onde chegou. Chegou sem querer, sem buscar, sem acreditar. Jogou os dados e deu certo. Só isso. Disputa, agora,a reeleição porque é o caminho mais óbvio (todo tolo só enxerga e busca o óbvio), e não porque tem algum projeto ou ideal político ou o que quer que seja. Sumirá nas brumas da história como mais um que foi sem nunca ter sido.

2 de janeiro de 2023, bozo entrará na embaixada mais próxima e vai pedir asilo político para não ser preso. Não vai sobrar nada desse lixo, nem suas memórias, nem suas ideias, e nem suas mentiras. Semente podre não germina.

O bolsonarismo vai colapsar a partir da derrota acachapante em São Paulo. O forasteiro não vai para o segundo turno e o turista espacial vai voltar a vender travesseiros. O bolsonarismo não é sustentável bem ao estilo Jared Diamond, falta inteligência, sobra ineficiências, negacionista, destrutivo e violento. Deverá entrar em processo de colapso em breve, ainda com impactos muito fortes no primeiro turno.

bolsonarismo e um so ,o mito não mitos

Tirar o brochonaro no primeiro turno é útil para salvar vidas ameaçadas por suas armas e seu machismo.. há aqueles que se sentem no direito de bater ou estuprar ou matar mulheres e crianças indefesas...

A democracia permite o fascismo (perseguição de minorias). Contudo estimo que representa uns 20% da população, que em certos momentos consegue aglomerar mais uns 35% por conveniência. Tenentismo é positivista. Militares ineptos não entendem isto, e JB conseguiu algum apoio, nunca maioria entre militares. Vai ficar esta mancha fascista, sem consistência e sem qualquer futuro em nosso país. E espero que se houver Justiça sejam presos pelos crimes que cometeram.

A TFP bolsonarista era no fundo uma oportunidade política para o alto funcionalismo, mercado, ruralistas e seus parasitários. Por trás de simbolos e bandeiras havia o estado minimo do neoliberalismo e o controle do estado pelo estado. Não resistiram a primeira crise, perderam centenas de milhares de brasileiros, o controle da economia e, pior, do fantoche. O que vai exisitir são as ameaças de crises economicas que renovam as oposições politicas extremas como acontece hoje no hemisferio norte.